Este é o nosso resumo da nossa primeira cobertura de um festival de cinema internacional.
Quando relembro o considerado Dia Zero do festival Sundance, não consigo deixar de me sentir muito orgulhoso pela minha primeira cobertura de um festival internacional, ainda mais um tão importante e influente como este. Das 20 críticas de longas-metragens que planeei, fui capaz de entregar 19 (perdão, Night of the Kings) enquanto suportava as restrições temporais, falta de sono e fadiga geral. Tenho que elogiar a equipa do Sundance pela sua excelente organização, programação bem planeada e resposta rápida aos raros problemas que inevitavelmente surgiram. Espero sinceramente que os próximos festivais olhem para o Sundance como um exemplo de como fazer um evento online desta magnitude.
Costuma-se dizer que “as primeiras vezes são sempre memoráveis” e a verdade é que nunca esquecerei estes últimos dias. A minha rotina diária consistia em acordar, tomar o pequeno-almoço, reescrever algumas críticas do dia anterior, preparar os artigos do dia atual e, de seguida, entrar num ciclo de filmes-crítica até à hora de ir dormir. Apesar de ter adorado todos os segundos do festival, admito que cheguei a um ponto stressante, começando a sentir a exaustão nos últimos dias. Desde o meio-dia até à duas da manhã, a minha vida ficou reduzida a uma sequência cansativa, mas satisfatória e divertida, de assistir e escrever sobre filmes de todo o mundo criados por cineastas incrivelmente talentosos.
A minha cobertura é definida pela sua variedade. Desde filmes em preto-e-branco a outros em língua estrangeira, passando por vários géneros distintos, dei o meu melhor para organizar uma programação diversificada. Fazendo uma retrospetiva, não deixa de ser engraçado que o primeiro filme do festival, CODA, acaba por ser um dos meus favoritos absolutos. Ainda me lembro de, no primeiro dia, os restantes críticos brincarem sobre como estávamos todos a colocar a fasquia demasiado alta para um filme que acabou por, depois, varrer os prémios todos. No entanto, não me arrependo de uma única visualização, mesmo daquelas que não gostei tanto como antecipava.
Quero agradecer ao Sundance Institute por me ter oferecido a oportunidade de cobrir o seu festival, ao qual espero regressar fisicamente quando a pandemia global finalmente desaparecer. No final, por mais que tenha adorado assistir a tantos filmes, sinto-me extremamente sortudo por ter conhecido algumas pessoas extraordinárias através deste evento online. Espero, um dia destes, poder conhecê-los a todos pessoalmente.
E assim foi o Sundance para mim. Deixo abaixo os meus filmes favoritos do festival, assim como todas as outras críticas que escrevi durante estes dias fantásticos. Até ao próximo festival!
Filmes favoritos
- CODA
- On the Count of Three
- Mass
- Marvelous and the Black Hole
- Land
- Prisoners of the Ghostland
- Judas and the Black Messiah
