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Colocando o ano de 2020 em revista, pode-se constatar que, apesar de ter sido duro para o setor, também o revitalizou a nível de conteúdo.
Este ano, apesar de muitos artistas terem decidido manter o registo do costume, outros optaram em mergulhar nos pensamentos e experiências derivadas desta pandemia, que obrigou o mundo a isolar-se. Enquanto os primeiros ajudaram, em muito, na distração que forçosamente nos remetia para tempos melhores e mais despreocupados, os segundos lembraram-nos que, mesmo longe de toda a gente que nos fazia bem, nunca estamos realmente sós nesta luta onde a melhor forma de lutar era não sair sequer de casa.
Graças a tudo isto houve um misto de proximidade à distância, juntamente com empatia para com pessoas que nunca conhecemos. Tivemos um ano triste e complicado, embora após uma reflexão ponderada, a palavra que me vem à cabeça seja: “bonito”. É evidente que falo por mim e uso como contexto o que foi a música este ano. E a verdade é que, após oito anos a ouvir música nova com regularidade, 2020 deu-me tempo e vagar para realmente ouvi-la. E não podia ter sido mais feliz.
Deixem-me partilhar a minha felicidade convosco!
50. Cults – Host
“Os Cults brotam, assim, numa bela flor em pleno outono, após vários anos presos na frieza do inverno.” (Link para a análise completa )
49. AC/DC – Power Up
“Este álbum volta a provar que não foi por acaso que a banda entrou no Hall of Fame do Rock and Roll (em 2003), pois não se resignou ao pelourinho que ocupa há 17 anos.” (Link para a análise completa )
48. Haiku Hands – Haiku Hands
“Haiku Hands é sinónimo de diversão e excessos com batidas intensas e ritmos acelerados.” (Link para a análise completa )
47. Mac Miller – Circles
“O mais impressionante foi ver Mac Miller a crescer com a música que produzia e perceber que a música sempre retribuiu o favor e foi crescendo com ele (…)” (Link para a análise completa )
46. Megan Thee Stalion – Good News
“Good News é, de facto, boas notícias para os fãs de rap com sonoridades mais clássicas e para os fãs de álbuns longos de qualidade.” (Link para a análise completa )
45. Laura Veirs – My Echo
“É objetivo e conciso, conjugado na perfeição com o talento vocal e multi-instrumental de Laura Veirs .” ( Link para a análise completa )
44. Rose City Band – Summerlong
“Summerlong é um “One Man Show ” que nos transporta numa viagem por extensos instrumentais que transpiram aquela psychedelic-rock clássico, com a voz fantástica de Johnson de complemento.” (Link para a análise completa )
43. The Weeknd – After Life
“Apesar de ser provido de vários êxitos que chegaram à rádio, After Hours é o trabalho mais equilibrado em nove anos.” (Link para a análise completa )
42. Taylor Swift – Evermore
“Evermore carimba, mais uma vez, os pontos fortes que elogiei em julho: a escrita, a produção composta por instrumentais orgânicos e, sobretudo, a predisposição de Swift no que nos transmite a cada música.” ( Link para a análise completa )
41. Bruce Springsteen – Letter To You
“Depois de um regresso triunfante em 2019 com o álbum Western Stars , Bruce Springsteen é semelhante a um bom vinho e está de volta com mais um álbum de extrema qualidade. ” (Link para a análise completa )
40. Bad Bunny – YHLQMDLG
“Podem organizar uma festa e, só com YHLQMDLG , têm uma hora de diversão assegurada.” (Link para a análise completa )
39. Hayley Williams – Petals For Armor
“Este álbum(…), é uma viagem consistente pelos pensamentos, vulnerabilidades e inseguranças que a artista foi acumulando ao longo dos anos (…)” (Link para a análise completa )
38. Jay Electronica – A Written Testimony
“Não se vêem álbuns de estreia de rappers com esta complexidade e qualidade de conteúdo (…)” ( Link para a análise completa )
37. Dream Wife – So When You Gonna…
“Isto é o que acontece quando se junta talento e paixão: um álbum de qualidade que passa por todos os estados de espírito possíveis.” (Link para a análise completa )
36. Haim – Women In Music, Pt. III
“Todas as músicas têm potencial para serem hits , ainda que toquem em géneros muito distintos.” (Link para a análise completa )
35. Caribou – Suddenly
“O que é certo é que Snaith está constantemente a testar novas sonoridades (neste trabalho toca em blues/soul/indie pop) e consegue atingir um ponto na sua carreira muito interessante, onde não desilude quem já o acompanha há quase 20 anos.” (Link para a análise completa )
34. Adrianne Lenker – Songs
“De repente damos por nós na cabine junto a Lenker, enquanto esta nos narra histórias suas, na voz mais doce e tenra, acompanhada de uma melodia reconfortante.” (Link para a análise completa )
33. ChloexHale – Ungodly Hour
“É bom que Beyoncé não adormeça no “trono”, pois este duo chegou cheio de garra e ânsia por agarrar esta oportunidade e espremê-la ao máximo.” (Link para a análise completa )
32. Porridge Radio – Every Bad
“Os Porridge Radio adaptaram o seu som a um público mais mainstream , conseguiram ao mesmo tempo agarrar-se à estranheza própria que os caracteriza, não perdendo nenhum fragmento de identidade.” ( Link para a análise completa )
31. Laura Marling – Songs For My Daughter
“As boas notícias é que Song For Our Daughter é o trabalho mais maduro da cantora até agora e a sua ternura e beleza é exatamente o que o mundo precisava neste momento.” ( Link para a análise completa )
30. Soccer Mommy – Color Theory
“Com este álbum, Soccer Mommy , mostra um lado muito sombrio e desmotivado, mas sem nunca perder a ternura que a torna especial.” (Link para a análise completa )
29. Fontaines D.C. – A Hero’s Death
“A jovem banda de Dublin optou por aprofundar o seu conteúdo e sonoridade a um ponto transcendente onde reina a melancolia e nostalgia.” (Link para a análise completa )
28. Grimes – Miss Anthropocene
“Claire consegue tornar qualquer música em arte, encontrando beleza escondida nos beats mais agressivos.” (Link para a análise completa )
27. Don Bryant – You Make Me Feel
“Este tipo de música é mais do que arte. É contexto social, contacto com a realidade de uma época e experiência de vida.” (Link para a análise completa )
26. Marilyn Manson – We Are Caos
“Já lá vão quase 20 anos e Marilyn Manson (agora com 51 de idade) irrompe agora por estes tempos de loucura e confusão com um álbum bastante humano, recheado de doses de clareza, calma e de perdão.” (Link para a análise completa )
25. Georgia – Seeking Thrills
“É certo que a artista tem os genes para vingar neste género musical, mas também é preciso ser-se sagaz para saber usar os recursos disponíveis. Georgia tem essa sagacidade.” ( Link para a análise completa )
24. J Hus – Big Conspiracy
“”Apenas ao segundo álbum, J Hus (de 23 anos) já é a maior promessa do Rap britânico. ( Link para a análise completa )
23. Fleet Foxes – Shore
“Shore é um género de álbum de estreia para esta nova forma de encarar a vida por parte da banda e tem tudo para dar certo daqui para a frente.” (Link para a análise completa )
22. Creeper – Sex, Death & Infinite Void
“A ousadia contida neste álbum é impressionante, face a curta longevidade da banda.” (Link para a análise completa )
21. The Avalanches – We Will Always Love You
“We Will Always Love You é um álbum composto de forma peculiar, com ritmos distintos, mas que funcionam com bastante consistência, transformando este álbum numa viagem bastante prazerosa.” ( Link para a análise completa )
20. Freddy Gibbs – Alfredo
“”Atualmente, posso dizer que é ousado apostar neste tipo de rap (lírico).” (Link para a análise completa )
19. Pearl Jam – Gigaton
“Não há muitas bandas célebres a conseguir este tipo de feito, o de se reinventarem ao fim de várias décadas de carreira.” (Link para a análise completa )
18. Another Sky – I Slept On The Floor
“O instrumental é complexo, imaginativo e denso, fazendo do Post-Rock o novo Pop.” (Link para a análise completa )
17. Rina Sawayama – Sawayama
“Apesar de eu ter um carinho especial pelo nu-metal puro, fica o desejo de ver o que vai resultar desta nova mistura com o pop .” (Link para a análise completa)
16. Sault – Untitled (Rise)
“De repente damos por nós a bater o pé, enquanto absorvemos as letras que cativam a reflexão sobre temas sensíveis.” (Link para a análise completa )
15. Tame Impala – The Slow Rush
“Mesmo com uma mudança abrupta de instrumentos chave, está aqui mais um álbum de extrema qualidade.” (Link para a análise completa )
14. The Killers – Imploding The Mirage
“Imploding the Mirage supera qualquer um dos trabalhos anteriores da banda.” ( Link para a análise completa )
13. Róisín Murphy – Róisín Machine
“Enquanto o início é mais profundo e calmo, à medida que o espectáculo avança, Róisín presenteia-nos com ritmos dignos de uma festa que 2020 não nos permite participar.” (Link para a análise completa )
12. Yves Tumour – Heaven To A Tortured Mind
“Com Heaven to a Tortured Mind , Bowie parece ter encontrado um porto seguro onde pode abstrair-se de tudo o que o rodeia e concentrar-se em novos truques onde nenhuma emoção é de menos.” (Link para a análise completa )
11. Taylor Swift – Folklore
“Os anos passam e cada vez mais tenho certezas de que Taylor Swift é das artistas pop mais completas, talentosas e, sobretudo, inteligentes da atualidade.” (Link para a análise completa )
10. Moses Sumney – Grae
“Rico em conteúdo, diversidade de musicalidade e mais poderoso e ousado que o seu predecessor, Aromanticism .” (Link para a análise completa )
9. Glass Animals – Dreamland
“Tão fresco como um mergulho no mar naquela hora onde o sol está mais alto e tão prazeroso como a nossa bebida preferida, com a brisa fresca do mar a revitalizar-nos a alma.” (Link para a análise completa )
8. Perfume Genius – Set My Heart On Fire Immediately
“O álbum como um todo, não só é dotado de músicas que empregam uma simbiose entre a melodia e a melancolia incentivando à reflexão, como também de músicas onde os ritmos dançantes são predominantes e carregam consigo uma aura de dream pop puxando da vontade de bater o pé.” (Link para a análise completa )
7. Deftones – Ohms
“Após uma década de trabalho de desenvolvimento e exploração musical, os Deftones reinventam-se e continuam no auge, ao mesmo tempo que continuam a fazer justiça ao bom nome do Metal.” (Link para a análise completa )
6. Phoebe Bridgers – Punisher
““Doçura na tristeza” é, sem dúvida, a melhor forma de descrever Punisher , que tem o poder de encantar quem valoriza a escrita.” (Link para a análise completa )
5. Bob Dylan – Rough and Howdy Ways
“Dylan continua muito forte no que toca a produzir pedaços belíssimos de storytelling em forma de música, com a capacidade de ombrear com alguns dos seus maiores clássicos, gravados há mais de 40 anos.” (Link para a análise completa )
4. Run The Jewels – RTJ4
“RTJ4 surge em modo explosivo, desenvolvendo em crescendo com músicas dotadas batidas fortes e colaborações muito bem conseguidas, só fechando com uma bomba atómica.” (Link para a análise completa )
3. Dua Lipa – Future Nostalgia
“Dua Lipa lança Future Nostalgia e ficou claro que há um campeonato à parte (…)” (Link para a análise completa )
2. Waxahatchee – Saint Cloud
“Katie mostra estar mais confiante que nunca e em total controlo de Saint Cloud , num paralelismo poético com o controlo que tomou na sua vida.” (Link para a análise completa )
1. Fiona Apple – Fetch The Bolt Cutters
“Não é um álbum fácil de ouvir, porque é complexo quer na sua composição sonora, quer no teor das letras. Mas se o explorarem devidamente e dedicarem tempo a compreender as mensagens por detrás dele, vão perceber que a genialidade associada a Fiona Apple não é obra do acaso.” (Link para a análise completa )