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Após um 2020 que obrigou todo o mundo a ficar por casa, tinha a esperança que isso trouxesse muita diversidade de álbuns de qualidade. A minha intuição estava correcta, de facto!
Neste artigo apresento-vos uma coletânea dos 50 melhores álbuns do ano, mas bem podia incluir 100, porque este ano foi, de facto, qualquer coisa de surpreendente. Outro problema foi o tempo que passei a debater de que forma devia organizar os três álbuns que se sentam no pódio, este ano.
No fim, optei por privilegiar o álbum que representa uma luta mental, pelo bem-estar psicológico. Um álbum que aborda uma problemática real, que é o impacto dos abusos durante relações amorosas – neste caso concreto o da artista, enquanto vítima. Esta produção musical de batidas animadas é uma alegoria ao que se esconde por detrás, isto é, todas as inseguranças, dúvidas e medos. Ao longo de 13 faixas, toda essa negatividade é exposta e expulsa de forma categórica. O ano de 2021 está a acabar e, na minha opinião, independentemente da problemática, a postura mostrada neste álbum que se senta no trono é mais do que essencial para sermos a melhoria que queremos ver no mundo.
Os dois álbuns que completam o top 3 prezam pela sua produção. Um deles pela forma como está construído e como usa os interludes de forma exímia para saltar entre abordagens musicais. O outro pela produção sonora que derrete qualquer amante de música.
Introdução feita, vamos a isso!
50. Easy Life – Life’s A Beach
“Da capa à sonoridade, passando pelo nome do álbum e até da banda, Life’s A Beach parece um trabalho simples e superficial, mas não podia estar mais longe da realidade.” (ir para o artigo )
49. Nick Cave & Warren Ellis – Carnage
“Nick Cave igual a ele próprio, com o protagonismo dividido com Warren Ellis (com quem já trabalhou muitas vezes antes), num álbum fantástico – outro. Este senhor não produz música ao acaso.” (ir para o artigo )
48. James Blake – Friends That Break Your Heart
“Este novo álbum é uma pintura fiel a James Blake – uma vez mais, com letras muito pessoais que cortam como facas, mesmo quando a voz do artista transparece um conforto melancólico.” (ir para o artigo )
47. Biffy Clyro – The Myth Of The Happily Ever After
“Para além de ser poderoso na progressividade sonora de cada música e em como estas vão ganhando dimensão ao longo da sua duração, é também poderoso na atenção com o detalhe e na emoção transportada de uma ponta à outra do álbum.” (ir para o artigo )
46. Sons Of Kemet – Black To The Future
“Tudo neste álbum está polido como um diamante, a tal simbiose entre géneros que tiram o melhor um do outro, das passagens e até as letras.” (ir para o artigo )
45. CHVRCHES – Screen Violence
“A destreza instrumentista de Martin Doherty e Iain Cook atinge um novo nível de maturidade e a voz da maravilhosa Lauren Mayberry continua a derreter e a encantar, como se de uma poção mágica se tratasse.” (ir para o artigo )
44. Goat Girl – On All Forms
“Vem dar um novo fulgor ao Post-Punk Revival com harmonias refinadas e bastante equilibradas.” (ir para o artigo )
43. serpentwithfeet – Deacon
“Este álbum segue a linha romântica do seu predecessor, aprofundando-a a um nível quase espiritual.” (ir para o artigo )
42. Olivia Rodrigo – Sour
“Acredito que Olivia tenha um futuro brilhante pela frente, dada a sua capacidade de story-telling, à qual dá uso para expor episódios amargos da sua vida, mas sempre de forma doce.” (ir para o artigo )
41. Faye Webster – I Know I’m Funny Haha
“Harmoniosa, sincera e com um ritmo muito próprio, Faye Webster consegue mais um trabalho de excelência mantendo a linha do álbum anterior.” (ir para o artigo )
40. Genesis Owusu – Smiling With No Teeth
“Há muitas faixas memoráveis difíceis de descrever, mas posso confirmar que a amplitude musical deste álbum vem revolucionar o género.” (ir para o artigo )
39. Dawn Richard – Second Line
“Com 37 anos (Dane Richard), continua o legado com a frescura e brilho de quem acabou de começar a carreira” (ir para o artigo )
38. Julien Baker – Little Oblivious
“Instrumentais mais pesados e compostos, que ao mesmo tempo contrastam e funcionam em sintonia com uma voz carregada de ternura.” (ir para o artigo )
37. Kacey Musgraves – Star-Crossed
“Sobre o álbum, pode-se dizer que é um trabalho melancólico e reluzente ao mesmo tempo recheado de storytelling.” (ir para o artigo )
36. Ghetts – Conflict Of Interest
“Conflict of Interest surge com a capacidade de compilar a realidade dura e crua do que se vai passando nos subúrbios de Londres com o brilho da vida de excessos em primeiro plano.” (ir para o artigo )
35. Remi Wolf – Juno
“O groove de Juno é o seu ponto mais forte, potenciado pelo carisma e confiança de Remi Wolf.” (ir para o artigo )
34. Helado Negro – Far In
“Apesar de não haver qualquer esforço por parte do artista, tudo resulta e encaixa como num jogo de tetris perfeito.” (ir para o artigo )
33. IDLES – Crawler
“Crawler é um álbum mais introspetivo, fugindo um bocado da norma mais selvagem da banda.” (ir para o artigo )
32. Summer Walker – Still Over It
“Para além de Summer Walker ser uma storyteller excitante, é bastante honesta ao longo das suas letras introspetivas, tornando mais fácil a missão de cativar os seus ouvintes.” (ir para o artigo )
31. Squid – Bright Green Light
“Não sei o que é que dão de comer às crianças das ilhas Britânicas, mas está a resultar e a despontar num período sensacional de renascentismo do punk rock.” (ir para o artigo )
30. Laura Mvula – Pink Noise
“Laura Mvula caminhou, devagar, mas caminhou sem nunca parar. Finalmente chegou ao destino que sempre almejou e certamente onde merece estar.” (ir para o artigo )
29. Illuminati Hotties – Let Me Do One More
“Este álbum, apesar de começar a um ritmo alucinante e ter mais momentos desses pelo meio, é vulnerável no seu todo.” (ir para o artigo )
28. Iron Maiden – Senjutsu
“A dimensão tónica é pesada e sombria, talvez a mais sombria até à data. Contudo, a produção, cheia de riffs brutais, é extremamente dinâmica, positiva e aprazível, quer dentro do leque de álbuns da banda, quer dentro do género.” (ir para o artigo )
27. Ray BLK – Access Denied
“Propositadamente ou não, este álbum de estreia é coeso, sem momentos baixos ou passagens inconsistentes, trazendo uma visão completamente diferente de Ray BLK.” (ir para o artigo )
26. The Killers – Pressure Machine
“Muda a década e, subitamente, somos presenteados com a melhor versão dos The Killers.” (ir para o artigo )
25. Lana Del Rey – Chemtrails Over The Country Club
“Ao fim de uma década, continua a ser impressionante as sensações que Lana Del Rey consegue proporcionar com a sua voz.” (ir para o artigo )
24. Deafheaven – Infinite Granite
“Caracterizado por melodias belíssimas e profundas, extremamente bem compostas, vem provar que a alma do início de carreira dos Deafheaven continua toda cá.” (ir para o artigo )
23. Dave – We Are In This Together
“A meticulosidade de WAAITT, elevado pela forte capacidade liricista de Dave, coloca-o na discussão dos melhores rappers da atualidade.” (ir para o artigo )
22. Silk Sonic – An Evening With Silk Sonic
“A química entre Paak e Mars é algo digno de ser ver neste primeiro álbum em conjunto, magia pura!” (ir para o artigo )
21. St. Vincent – Daddy’s Home
“Uma exposição a nu, introspetiva e uma sonoridade perfeita para deixar absorver tudo o que Clark quer partilhar connosco.” (ir para o artigo )
20. Adele – 30
“Liricamente falando, 30 consegue superar todos os trabalhos anteriores, contudo, é a instrumentalização dessas letras que distanciam tanto este álbum dos anteriores.” (ir para o artigo )
19. Cassandra Jenkins – An Overview On Phenomenal Nature
“A nível de composição musical, podem esperar músicas sem filtros, mas algo cósmicas, com poder de revitalizar a alma de qualquer um.” (ir para o artigo )
18. Arlo Parks – Collapsed In Sunbeams
“Um instant classic , adaptado a público de todas as idades, com a capacidade de se tornar intemporal.” (ir para o artigo )
17. Low – Hey What
“Esta capacidade de surpreender ao fim de tantos anos de carreira e tanta música produzida é algo completamente estonteante.” (ir para o artigo )
16. Lucy Dacus – Home Video
“Ao longo de 11 capítulos, a artista partilha connosco páginas do seu diário relativas a memórias, sempre com a sua perspetiva emocional bem patente.” (ir para o artigo )
15. Billie Eilish – Happier Than Ever
“Happier Than Ever ganha outra profundidade graças a uma Billie Eilish que sabe exatamente em que ponto está, com uma perceção fantástica de como os outros a vêem, agarrando nas rédeas dos media e dominando a opinião pública com uma certeza sem igual.” (ir para o artigo )
14. For Those I Love – For Those I Love
“Um livro de memórias sem filtros ou embelezamento que vos vai fazer querer revisitá-lo independentemente do quão angustiante possa ser.” (ir para o artigo )
13. Lil Nas X – Montero
“Uma estrela em crescimento vertiginoso, inevitável para uma indústria musical que já o tentou cancelar mais do que uma vez.” (ir para o artigo )
12. The War On Drugs – I Don’t Live Here Anymore
“Os The War On Drugs, com I Don’t Live Here Anymore, conseguem manter o som hipnótico de sempre, mas aprendem a guiar-nos através dele.” (ir para o artigo )
11. Snail Mail – Valentine
“O conceito está lá, bem como a destreza em tornar uma simples emoção num produto final tão agradável, intenso e com tanta atenção ao detalhe lírico.” (ir para o artigo )
10. Jazmine Sullivan – Heaux Tales
“Heaux Tales é, como o nome indica, uma coletânea de contos da autoria de Jazmine, que tem uma capacidade admirável de storytelling .” (ir para o artigo )
9. Turnstile – Glow On
“Há seis anos estavam a lançar o primeiro álbum que os metia no radar em solo norte-americano. Agora? Já não há radar que os acompanhe.” (ir para o artigo )
8. Floating Points – Promises
“Peguem nuns bons auscultadores, sentem-se no conforto da vossa casa, esvaziem a vossa mente e deixem-se levar por este trabalho exímio.” (ir para o artigo )
7. Japanese Breakfast – Jubilee
“Quem diria que um projeto que teve início no tumblr, como muitos outros que conheci enquanto tive o meu blog de partilha de música ativo, chegaria a este ponto tão glorioso.” (ir para o artigo )
6. Dry Cleaning – New Long Leg
“A forma como Florence Shaw se atira a cada canção, com serenidade, indiferença e ponderação não só cria uma aura cool, como dá espaço ao resto da banda para brilhar nos respetivos instrumentos.” (ir para o artigo )
5. Tyler. The Creator – Call Me If You Get Lost
“Call Me If You Get Lost consegue capturar toda a qualidade lírica do Tyler, que continua a mostrar quem ele realmente é.” (ir para o artigo )
4. The Weather Station – Ignorance
“O que é conseguido com este álbum apanha facilmente qualquer um de surpresa num misto e exuberância e estranheza.” (ir para o artigo )
3. Wolf Alice – Blue Weekend
“Este álbum, que parece uma coletânea (uma das boas), reserva assim um lugar para os Wolf Alice no Hall of Fame do Rock, que só não será preenchido se algo de muito fora do normal acontecer.” (ir para o artigo )
2. Little Simz – Sometimes I Might Be Introvert
“Este novo álbum é um trabalho fruto de muitas horas de estúdio num corte e cose digno dos maiores alfaiates musicais.” (ir para o artigo )
1. Self Esteem – Prioritise Pleasure
“Sem querer saber, pegou no seu diário e transcreveu-o na perfeição para um álbum.” (ir para o artigo )