Análise – KFA2 GeForce RTX 3060 (1-Click OC)

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Numa era de escassez de GPUs de alta gama, uma GeForce RTX 3060 pode ser uma aposta segura para os jogos da atual geração.

Estamos em 2022 e, enquanto a AMD e a NVIDIA já preparam a próxima geração de placas gráficas, os consumidores continuam um pouco às escuras no que toca a opções devido à escassez de stock e aos preços elevados das placas gráficas de última geração.

Está quase a fazer um ano desde que a NVIDIA tentou aliviar a situação com o lançamento de mais uma placa gráfica da sua família da série RTX 30, a GeForce RTX 3060, uma placa gráfica de entrada de gama, mas preparada para o alto desempenho, ao nível do que encontramos na PlayStation 5 e Xbox Series X. Pelo menos na teoria.

Esta (e as suas variantes, como a 3060 Ti) é também a placa gráfica que a NVIDIA espera levar até mais consumidores ao longo da atual geração, à semelhança do sucesso da RTX 2060 e da GTX 1060, que ainda hoje lideram as tabelas de utilização da Steam.

Com um pequeno truque na manga, como os seus absurdos 12GB de memória GDDR6, que na altura do seu lançamento ainda eram mais do que os 10GB de memória da RTX 3080, esta é uma aposta curiosa, uma vez que pretendia chegar aos utilizadores a um custo mais baixo. Porém, tal tornou-se impossível com a alta procura de placas gráficas para minerar criptomoedas e o aproveitamento dos revendedores com o aumento dos preços.

Felizmente, existem marcas que tentam manter o custo acessível com sacrifício de extras e softwares de outras marcas. É o caso da KFA2, que nos forneceu uma GeForce RTX 3060 (1-Click OC).

Na base temos uma GeForce RTX 3060 de 12GB comum que, pelo nome, podemos ver que já vem preparada e afinada para o melhor desempenho possível. Sem RGBs, sem extras, apenas o coração embrulhado nas interfaces necessárias para correr os últimos jogos. É assim que esta solução se apresenta.

De pequenas dimensões, conta com um chassi em alumínio e duas ventoinhas de 90mm que funcionam em conjunto com os blocos de dissipação incluídos; e quatro ligações de vídeo, três DisplayPort e uma HDMI 2.1 preparada para output de resolução até 8K e o futuro standard 4K a 120Hz.

Na prática, é das apostas mais simples que podem existir, algo comprovado durante a sua instalação quase plug-and-play e olhando para o seu simples manual que apenas recomendava a instalação dos drivers da NVIDIA.

Antes de passarmos para a experiência no seu desempenho, olhemos para as características da KFA GeForce RTX 3060, preparada para as últimas novidades da NVIDIA, como suporte para G-Sync em monitores compatíveis, NVIDIA DLSS, Ray-Tracing de alta qualidade, suporte para VR e pequenos extras da NVIDIA como o Ansel, GPU Boost e NVIDIA Broadcast.

Estamos, assim, perante um GPU com 3584 CUDA Cores, uma frequência base de 1320MHz, memória de frequência de 7501MHz, velocidade de memória de 15Gbps e, claro, 12GB de VRAM (192-bit) para dar e vender.

Esta é uma placa desenhada para o alto desempenho, mas com algumas contenções, especialmente se estivermos a pensar numa utilização em monitores de resoluções 1080p e 1440p, resoluções essas também estandardizadas no mundo do PC Gaming, onde a procura de melhores framerates é mais popular que a qualidade de imagem mais pristina possível.

Ainda assim, a KFA GeForce RTX 3060 vai um pouco mais longe para os utilizadores que querem mais uns frames por segundo, com a sua aplicação Xtreme Tuner. Disponível para PC e smartphones, com esta app é possível ativar o overclock seguro da marca, elevando a velocidade base do GPU para os 1777Mhz.

O utilizador comum não irá notar muita diferença se não estiver também constantemente a afinar as definições de cada jogo. Dito isto, a nossa experiência com a KFA GeForce RTX 3060 baseou-se meramente em predefinições com alguns jogos mais ou menos recentes e populares.

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Para este teste, usámos uma configuração composta por uma motherboard Gigabyte X299 Aorus Master, processador Intel Core i9-10900X @3.70Ghz, 32GB de memória RAM a 3200MHz, disco SSD M.2 de 4.7Gbs, a KFA GeForce RTX 3060 de 12GB VRAM (obviamente) e com recurso a um monitor Gigabyte Aorus com resolução máxima de 1440p a 165Hz compatível com tecnologia G-Sync.

Começando por um dos jogos mais bonitos deste início de geração, fomos até ao México dar uma volta em Forza Horizon 5. Tivemos resultados bem simpáticos para quem quer simplesmente ligar o jogo e correr em direção ao horizonte.

Comecei por usar um preset personalizado, com configurações semelhantes ao que a Xbox Series X apresenta (com dados da cobertura da Digital Foundry). Ao apontar para os 1440p obtive uns satisfatórios 60FPS, mais precisamente 65FPS, flutuando com picos nos 79FPS. Desempenho sólido, que poderia ser ainda melhor nos presets sugeridos de High e Ultra, com o primeiro a elevar a fluidez de jogo aos 95FPS de média (com mínimos de 82,8FPS) e o segundo aos 70FPS (com mínimos de 61,1FPS). Dados obtivos com a excelente ferramenta de benchmark. De notar que este é um jogo extremamente bem otimizado para várias máquinas e que não conta com opções exclusivas da NVIDIA.

Para tirar partido de algumas dessas opções voltámos as atenções para outro belo horizonte, Horizon Zero Dawn, um dos jogos que definiu visualmente a geração da PlayStation 4. Lançado originalmente num estado menos ideal no PC, agora é também um ótimo teste e já inclui o DLSS, a tecnologia de reconstrução de imagem com recurso aos Cuda Cores das placas RTX. Através da ferramenta de benchmark interna, no preset mais alto, com o jogo completamente no máximo, a KFA GeForce RTX 3060 não apresenta nenhum compromisso, com o jogo a correr confortavelmente bem acima dos 60FPS, numa média de 87FPS, onde qualquer flutuação é visualmente eliminada graças ao uso do G-Sync em monitores compatíveis, como o que usámos.

Para explorar algumas capacidades de Ray-Tracing (em particular nas pesadas sombras) e o DLSS, experimentámos também as ferramentas de benchmark de Shadow of the Tomb Raider. No preset Custom, já definido pelo jogo, atingimos uma média de 73FPS, mas o surpreendente foi ver que mesmo em Ultra – apenas perdemos 2FPS. E no caso de queremos jogar este último capítulo do reboot de Tomb Raider de forma ainda mais fluida sem recurso a sompras Ray-Tracing, conseguimos uma média de 99FPS. Estes resultados foram conseguidos, no entanto, graças ao excelente DLSS, que apresenta o jogo com uma fidelidade visual incrível a 1440p.

Na busca de desempenho com as funções exclusivas da NVIDIA ligadas fomos até Night City em Cyberpunk 2077, um belo jogo no PC, mas que sofre ainda de uma otimização dúbia que depende imenso das restantes características do PC para lá do GPU, como é o caso de um bom processador para aguentar com o mundo aberto.

O título da CD Projekt Red foi, na altura de lançamento, um dos jogos marketizados em conjunto com a NVIDIA e, no caso da RTX 3060, Cyberpunk 2077 mostra algum do seu potencial, mas com sacrifícios. No nosso caso, tirando partido de Ray-Tracing e DLSS (em qualidade) com o preset High, o jogo em situações mais agitadas fluta entre os 45-50FPS, algo que melhora com a excelente implementação do G-Sync, que elimina ajuda a tornar a experiência mais consistente. Já sem o Ray-Tracing com os seus reflexos e sombras mais realistas, o jogo atinge facilmente os 77FPS em média.

Control, da Remedy, foi outro jogo que, desde o seu lançamento, se tornou um titulo obrigatório para tirar partido das tecnologias da NVIDIA, que viu a sua versão do DLSS a melhorar e que se encontra agora melhor do que nunca. Revisitei o jogo pela primeira vez desde o seu lançamento, onde o joguei com uma modesta GTX 1060, e regressar com a RTX 3060 foi como saltar uma geração. Graças aos modelos mais detalhados, texturas mais ricas e melhores efeitos de partículas (devido à existência de mais VRAM) e, claro, devido à excelente implementação do DLSS, que reduz o esforço do GPU e dos reflexos e sombras a cargo do RTX. A cereja no topo do bolo é conseguir uma fluidez na casa dos 60fps, com flutuações dependendo do cenário, mas com um desempenho extremamente satisfatório e sem compromissos para quem quer simplesmente descobrir os mistérios da Oldest House.

Termino a viagem com um jogo recente, mas que, aparentemente, não está nas melhores condições no PC devido à otimização ainda a precisar de algum trabalho, revelando assim que o desempenho de um jogo está diretamente ligado às capacidades das nossas máquinas. Refiro-me a Halo Infinite, belo e aparentemente não muito exigente, uma vez que foi até desenhado para duas gerações de consolas e GPUs que datam até 2014 (pensemos na data em que a Xbox One original foi lançada). Sem funcionalidades exclusivas da NVIDIA, o jogo no online comporta-se de forma brilhante. Já no modo campanha as coisas mudam, com zonas interiores a mostrarem um desempenho na casa dos 70-80FPS, enquanto que, no mundo aberto, há uma flutuação extrema entre 45 a 60FPS.

De notar também dois aspetos importantes durante esta experiência com a RTX 3060: o de que é uma placa relativamente silenciosa, “levantando voo” quando a carga é elevada e atinge os 100% de utilização, mas sem distrair as nossas atenções; e o da temperatura, com o GPU a atingir um máximo de 75 a 80 graus celsius em condições de utilização normal.

Assim, a RTX 3060, em particular esta da KFA2, revela-se uma consola capaz e cumpridora da sua promessa de utilização simples, direta e segura. Não só essencial para experienciar os jogos mais recentes de forma satisfatória, especialmente neste campo dos 1080p/1440p com alvo nos 60FPS, mas também com pulmão suficiente para o que o resto da geração nos possa atirar para cima da mesa, especialmente com a aposta em tecnologias como o DLSS.

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Este dispositivo foi cedido para análise pela KFA2.

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