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Opiniões concisas sobre os filmes que assisti durante o quarto dia do festival Sundance 2021, incluindo links para as respetivas críticas.

Sundance 2021

Tal como fiz nos dias anteriores, está na altura de fazer um breve resumo do que consegui ver neste quarto dia do conhecido festival de cinema. Em baixo, poderão ler um breve resumo dos cinco filmes que fizeram parte das nossas escolhas: The Dog Who Wouldn’t Be Quiet, Prisoners of the Ghostland e Violation.

The Dog Who Wouldn’t Be Quiet

The Dog Who Wouldn't Be Quiet

Lindamente filmado em preto-e-branco e acompanhado por uma banda sonora interessante (Nicolas Villamil), The Dog Who Wouldn’t Be Quiet é suposto ser um estudo de personagem sobre a resiliência, determinação e perseverança de uma pessoa humana quando confrontada com as piores situações que acontecem ao longo da vida. Apesar da mensagem ser transmitida com sucesso, a personagem de Daniel Katz está longe de ser um protagonista convincente devido à sua aparente indiferença em relação a todos os eventos negativos.

Aceitação e “seguir em frente” são atos compreensíveis e até motivacionais, mas se o filme não retrata os momentos que definem estes passos, torna-se realmente complicado sentir sequer pena pela personagem principal, quanto mais inspiração. Ana Katz demonstra os seus atributos talentosos como realizadora, mas o seu argumento admitidamente criativo co-escrito com Gonzalo Delgado carece de consistência e energia. (link para a crítica)

Prisoners of the Ghostland

Prisoners of the Ghostland

Prisoners of the Ghostland é tudo aquilo que se espera de um filme protagonizado por Nicolas Cage. Possuindo atributos técnicos de fazer os maiores estúdios de Hollywood esconderem-se descaradamente com inveja, este filme de Sion Sono é tão ilógico, absurdo, ridículo, estúpido e insanamente divertido como esperava que fosse.

Ao misturar dezenas de géneros distintos, a premissa direta é sugada para dentro de um mundo de anarquia total, onde samurais, cowboys, explosões nucleares, carros modernos e muito mais colidem, rodeando uma narrativa simples com histórias secundárias sem nexo, mas hilariantes e sequências de ação incríveis.

Sofia Boutella e Bill Moseley ajudam Cage a enfrentar o caos, mas este último é o destaque absoluto devido à sua notável experiência em filmes de loucura total. Apesar de ocasionalmente ultrapassar a minha linha pessoal do exagero – torna-se seriamente confuso – desde que os espectadores estejam bem preparados para aceitar todos os novos desenvolvimentos de fazer cair o queixo, o entretenimento está garantido com esta sátira brilhante. (link para a crítica)

Violation

Violation

Violation é um dos filmes mais visualmente chocantes, macabros e nojentos que vi nos últimos tempos. Madeleine Sims-Fewer partilha créditos de realização e argumento com Dusty Mancinelli, mas também retrata a protagonista um pouco divisiva. Embora entenda as suas razões e despreze absolutamente o que lhe acontece, não é exatamente uma personagem fácil de criar uma ligação ou até de se torcer por ela.

A narrativa segue um caminho vingativo extremamente sombrio, contado através de uma estrutura narrativa não linear interessante. No entanto, o seu setup é ligeiramente apressado e é desenvolvida para além do meu limite de lógica ficcional e compreensão. Apesar de ser excessivamente violento por vezes, a maioria das sequências brutalmente cruéis parecem justificadas.

Agradeço imenso pela cinematografia persistente e a banda sonora sinistra. Recomendo a espectadores pouco sensíveis que gostariam de ver uma perspetiva com mais significado sobre o subgénero da vingança. (link para a crítica)

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