Festivaleiro que se preze já foi a várias edições de vários festivais. Um desses é o Super Bock Super Rock, que começou em 1995 na Gare Marítima de Alcântara, tendo passado depois para o Passeio Marítimo de Alcântara, para o Passeio Marítimo de Algés, para o Parque Tejo em Lisboa, no Estádio de Restelo, no Meco (perto de Sesimbra) e, mais recentemente, no Parque das Nações. Pelo meio teve ainda umas edições no Porto. Ou seja, o festival nunca teve uma “casa”, sempre foi muito camaleónico.
E parece que isso pode mudar novamente já em 2019.
Diz novamente o Agente Infiltrado do site Blitz que, para 2019, ano em que celebra a 25ª edição do Super Bock Super Rock, a organização está a pensar em algo em grande, com artistas bem mais revelantes do que aqueles que passaram por cá este ano. O objetivo? Dar novamente ao festival uma imagem mais descontraída, fora do ambiente citadino.
Ora, analisemos este rumor. Se tivermos em conta a edição deste ano, em que assistimos a um dos piores concertos que há memória no festival por parte dos The Voidz, e o facto da organização ter disponibilizado 1000 bilhetes para o último dia aos portadores do passe geral ou do bilhete para esse dia, para que estes pudessem levar amigos, não foram bons indicadores de um evento que, para os fãs, deixou a desejar em termos musicais, e, para a organização, deve ter deixado a desejar em termos de afluência de público.
Depois, tem havido sempre aquela sensação de que os diversos espaços do Parque das Nações onde se realiza o Super Bock Super Rock têm sido gigantescos tendo em conta os festivaleiros que vão passando por esses palcos. Ora, isto nem é uma imagem muito agradável de se ver, muitos menos quando se toca apenas para 50 ou 100 pessoas.
Apesar de tudo, a ida do Super Bock Super Rock para o Parque das Nações em 2015 está, muito provavelmente, relacionada com o facto do ex-Pavilhão Atlântico ter sido adquirido pelo consórcio Arena Atlântico, constituído por Luís Montez, dono da Música no Coração e, consequentemente, do Super Bock Super Rock, em 2012, por 21,2 milhões de euros, o que pode ter feito que, por um lado, conseguissem poupar bastante dinheiro a nível de aluguer do espaço, mas, por outro, pode também ter limitado o orçamento do festival para alguns anos.
A verdade é que, apesar festival ainda ser um dos mais importantes a nível nacional, não tem conseguido captar grandes nomes da indústria, deixando-os escapar para o rival NOS Alive. Por exemplo, a edição deste ano, apesar de ter trazido os the xx (estiveram cá no NOS Alive em 2017) e Benjamin Clementine (quase se pode dizer que é português), além de Travis Scott, para os mais jovens, não foi capaz de gerar tanta atenção como em edições anteriores.
Por isso, é natural que a organização queira não só mudar de sítio, como apostar num cartaz bem forte. Aliás, muitos festivaleiros consideram o Meco o local ideal para a realização do SBSR, que chegou a levar nomes como Arcade Fire, Arctic Monkeys, Queens of the Stone Age, Portishead, Massive Attack, Tame Impala, The Killers, Lana del Rey, The Strokes, Prince, The National, Vampire Weekend, entre tantos outros.
Sabe-se que o Super Bock Super Rock irá decorrer nos dias 18, 19 e 20 de julho, pelo que muito em breve devem surgir as primeiras informações.