Horizon Forbidden West Complete Edition (PC)

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A conversão de Horizon Forbidden West da Nixxes Software para PC glorifica ainda mais as conquistas técnicas da Guerrilla Games.

Horizon Forbidden West Complete Edition para PC é absolutamente incrível. Já falámos dele aqui, aquando do seu lançamento em fevereiro de 2022, e mais tarde com a chegada da sua expansão, Burning Shores. E apesar de gabarmos os seus incríveis visuais de nova geração – agora geração atual – em retrospetiva, sinto que não tinha experienciado Horizon Forbidden West na sua verdadeira forma até agora.

Mesmo com colossos tecnológicos lançados em 2023, como Alan Wake 2, Cyberpunk 2077: Phantom Liberty ou Avatar: Frontiers of Pandora, a Nixxes Software relembra-nos com esta conversão que a PlayStation 5, e agora os PCs, contam também com um dos mais impressionantes e satisfatórios jogos a nível visual desta geração.  E mais impressionante ainda se torna quando Horizon Forbidden West, mesmo nesta nova versão, não chega a tirar partido de técnicas visuais modernas como Ray-Tracing, revelando assim também a impecável harmonia entre a direção artística e a tecnologia que suporta o jogo: o Decima Engine (Horizon Zero Dawn, Death Stranding, Death Stranding 2: On the Beach).

Já falei por aqui como adorei Horizon Forbidden West na sua versão original, numa sequela de um jogo que parecia já ter respondido a quase todas as questões por detrás da razão pela qual o mundo, 1000 anos no futuro, se encontra invadido por máquinas. Novamente com Aloy no comando, a Guerrila Games optou por expandir o mundo e mitologia desta saga para novos territórios muito emocionantes e, ainda assim, com portas para um futuro narrativo que me deixou a salivar por mais. Poderão ler sobre tudo isso na nossa análise ao jogo, lançado originalmente na PlayStation 5.

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Horizon Forbidden West Complete Edition – PC

Esta conversão para PC de Horizon Forbidden West Complete Edition é, na sua base, exatamente o mesmo jogo, com melhorias lançadas em atualizações posteriores, e com a adição da expansão, que foi exclusiva para a versão da PlayStation 5 devido a técnicas de processamento que necessitavam do poder adicional da mais recente consola da Sony. Já no PC, os limites parecem desaparecer, com a Nixxes Software não só a abrir a compatibilidade a um número maior de máquinas – das mais modestas às mais poderosas -, mas, acima de tudo, com uma fantástica otimização.

Para o meu teste, usei três configurações: a Steam Deck OLED da Valve e o meu PC pessoal, neste caso com dois GPUs distintos. Usei, assim, um computador que, na primeira configuração, era composto por um processador Intel Core i9-10900X; 32GB de memória RAM DDR4 a 3200Mhz e uma NVIDIA GeForce RTX 3080Ti, e na segunda configuração com uma GeForce RTX 4090 GAMING OC 24G, gentilmente cedida pela Gigabyte – podem ficar a saber mais sobre esta placa gráfica no seu site oficial.

Horizon Forbidden West Complete Edition não é um jogo propriamente pesado para oferecer uma experiência satisfatória no PC. De facto, para a maioria dos jogadores de PC ainda no mundo do 1080p, tudo o que necessitam é de um PC composto por um processador, no mínimo, como um Intel Core i5-8600 ou AMD Ryzen 5 3600, emparelhado com uma NVIDIA GeForce RTX 3060 ou AMD Radeon RX 5700. No fundo, um sistema de 2020/2021, que promete entregar uma experiência fluida a 60FPS. Algo que também a PlayStation 5 oferece no seu modo de desempenho.

Para uma experiência mais elevada, próxima do modo de Qualidade da consola, a parada sobe, com um sistema recomendado composto por um processador Intel Core i7-9700 ou AMD Ryzen 7 3700X, ou semelhantes, emparelhados com uma NVIDIA GeForce RTX 3070 ou AMD Radeon RX 6800, de modo a obter uma experiência com maior fidelidade, já com promessa dos 4K, ainda que a 30FPS.

E é, de facto, nestas configurações mais elevadas, onde Horizon Forbidden West Complete Edition brilha. Se já era bonito e corria belissimamente na consola, no PC é possível elevar ainda mais a fasquia, as resoluções, o detalhe e a taxa de frames, naquela que é a derradeira experiência Horizon Forbidden West, onde a fidelidade visual já se aproxima daquilo que esperamos de uma produção CGI, com detalhe granular, como texturas, efeitos de partículas, e penugem e vegetação mais densa, rica e realista, tudo aliado a uma direção de arte extremamente sólida e visualmente diversificada – elementos extremamente importantes para criar um mundo visualmente convincente e imersivo.

No meu primeiro sistema, com a NVIDIA GeForce RTX 3080Ti e com recurso a um monitor 1440p, pouco foi necessário para começar a jogar sem qualquer problema ou sacrifício. Graças a tecnologias como o DLSS 3, em modo Qualidade, foi-me possível começar a jogar acima dos 60 FPS nas definições máximas. Salvo raras exceções de algumas sequências de diálogo, onde o jogo dobra mais os músculos e se revela mais exigente. Mas, o mais impressionante, comparado com muitas conversões para PC, é a estabilidade com que estas taxas de frames são conseguidas, com tempos de resposta constantes e baixos, sem quebras ou soluços, mesmo quando se verifica alguma flutuação, e onde o esforço de hardware é concentrado, na sua maioria, no GPU e na memória RAM, que puxa mesmo pelos 16GB mínimos que requer.

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Horizon Forbidden West Complete Edition – PC (Menus)

Horizon Forbidden West Complete Edition também é uma conversão que se destaca pela quantidade de opções configuráveis e como elas são apresentadas ao utilizador nos menus. Sem necessidade de reiniciar ou abrir e fechar o menu, a Nixxes criou uma interface onde a alteração de cada definição não só é extremamente bem detalhada e fácil de perceber, como podemos ver num dos lados do ecrã as ditas alterações, facilitando assim a escolha do utilizador no que sacrificar para ajustar a sua experiência.

Com os monitores a ganharem diferentes formas, também é de gabar o trabalho da adaptação de Horizon Forbidden West Complete Edition para formatos diferentes. Se na consola estamos limitados ao 16:9, no PC a Nixxes dá-nos a oportunidade de usar aspetos de 21:9, 32:9 e até 48:9 – um pouco como Death Stranding: Director’s Cut para PC -, independentemente do tipo de monitor ou de ecrã que usemos. Jogar em 21:9, mesmo num ecrã 16:9, é uma experiência bastante interessante e que se ajusta extremamente bem à estética cinemática de Horizon. E, como extra, ganhamos também um campo de visão melhorado, uma vez que estes formatos expandem a imagem para os lados, em vez e cortar em cima ou em baixo. Estes formatos revelaram-se um desafio de produção para a Nixxes, que, para garantir que nada faltava, revisitou todas as cinemáticas e interações do jogo, para que estas também pudessem ser assim experienciadas.

Horizon Forbidden West Complete Edition, apesar de não adotar, como já indiquei, novas técnicas visuais como o Ray-Tracing em sombras, iluminação ou reflexos, tira partido de algumas das tecnologias mais avançadas em GPUs modernos. Para além do DLSS 3, do AMD FSR e do Intel XeSS, para a reconstrução de imagem para resoluções mais altas é possível também tirar partido do DLAA – solução Anti Aliasing nativo para uma imagem mais perfeita – e da Geração de Frames por AI, exclusivo para placas da NVIDIA da série RTX 4000.

Com o meu segundo sistema, através da GeForce RTX 4090 GAMING OC 24G, foi-me possível por essa funcionalidade mágica à prova, naquela que é experiência Horizon Forbidden West definitiva. Com a geração de frames, que é virtualmente impercetível a olho nu, foi-me possível jogar Horizon Forbidden West no máximo, a 4K, com DLAA, para lá dos 100 FPS – numa média de 87 FPS -, sem qualquer tipo de esforço. Um valor que se multiplica com a adoção de DLSS em modo Qualidade, atirando o desempenho médio para os 96 FPS em 4K ou a 135 FPS em 1440p. A fluida experiência também é suportada por técnicas exclusivas da NVIDIA, como o G-Sync em monitores compatíveis, e com o NVIDIA Reflex, para diminuir a latência e aumentar a responsividade durante a jogabilidade.

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Horizon Forbidden West Complete Edition – PC (Requisitos)

Como extra, e como não podia faltar numa conversão da PlayStation, Horizon Forbidden West Ultimate Edition traz de volta a compatibilidade com as capacidades aumentadas do DualSense, que funcionam tal e qual como na PlayStation 5. O único senão é que continuamos a ter que usar cabo para tirar partido dessas funcionalidades.

A parte menos positiva desta versão de Horizon Forbidden West é a sua compatibilidade com a Steam Deck. Como já reportámos, Horizon Forbidden West corre, de facto, na Steam Deck. No sistema da Valve – onde terão que, tal como no PC, garantir que têm pelo menos 150GB de espaço – é possível jogar Horizon Forbidden West com taxas de frames entre os 30 FPS e até os 40 FPS. Mas o meu tempo passado on the go não foi satisfatório o suficiente para continuar lá a minha aventura.

O sacrifício para tornar Horizon Forbidden West jogável na Steam Deck é demasiado elevado. Não só as definições têm que ser niveladas para o mínimo, como é necessário aplicar técnicas de reconstrução de imagem, como o FSR, que tornam o jogo num borrão em movimento. O que, francamente, faz um gigante desserviço a esta obra original da Guerrilla Games, e é uma pena, porque o ecrã OLED da Steam Deck é perfeito para tirar partido do seu incrível HDR em jogos desta categoria. Por isso, se pretendem jogar Horizon Forbidden West em modo portátil, a minha recomendação é que arranjem uma forma de o jogar via streaming, diretamente de uma PlayStation 5.

Na generalidade dos PCs, Horizon Forbidden West Complete Edition corre espetacularmente bem, como também já podemos observar um pouco por toda a Internet. Não é um jogo particularmente exigente, mas um que aproveita as capacidades das máquinas mais avançadas para mostrar a versatilidade do Decima Engine para apresentar a rica e deslumbrante visão artística da Guerrilla Games nesta sua saga.

Se nunca jogaram Horizon Forbidden West, este é o momento perfeito para mergulharem com Aloy no Oeste Proibido. Se já o fizeram na PlayStation, então preparem-se para voltarem a ficar de queixo caído, com uma versão ainda mais bela e sólida.

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Cópia para análise (versão PC) cedida pela PlayStation Portugal.
GeForce RTX 4090 GAMING OC 24G cedida pela Gigabyte.

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