Análise – Two Point Hospital

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Lançado em 2018 para PC, Two Point Hospital chega agora às consolas da geração atual, com controlos adaptados e alguns conteúdos extra lançados originalmente como DLC para a versão PC.

Inspirado em jogos de gestão, mas particularmente num antigo jogo de 1997, chamado Theme Hospital, Two Point Hospital convida os jogadores a serem os administradores de diferentes hospitais, e, para isso, não só têm de construir divisões e departamentos, contratar pessoal médico e de manutenção, curar doenças, caçar fantasmas, enfrentar uma panóplia de problemas e muito mais, como também salvar vidas e manter um lucro estável para avançar para novos hospitais e para pagar a toda a gente.

Two Point Hospital é um jogo de brincar aos médicos e pacientes cheio de charme, algo que se nota na sua apresentação cartoonesca, nas peripécias que vamos encontrando nas nossas sessões de jogo, nas doenças inventadas e no caos espalhado por fantasmas. É como uma Anatomia de Grey em formato animado, onde não seguimos só a vida de quatro ou cinco personagens, mas sim de um hospital inteiro, ou neste caso cerca de 15 deles, que se vão desbloqueado ao longo da campanha, cada um com os seus objetivos únicos. É algo que aumenta a variedade de situações e mantém a promessa de nos dar algo diferente a cada sessão.

Two Point Hospital

Como qualquer jogo deste género, especialmente para quem não está muito habituado, Two Point Hospital pode ser intimidante. Mesmo com os seus níveis introdutórios, parece haver muito para explorar. Felizmente, o jogo faz um excelente trabalho em explicar as bases de forma orgânica e sem barreiras, permitido a experimentação e exploração das ferramentas de forma satisfatória.

Nos primeiros hospitais, talvez não seja logo percetível, mas Two Point Hospital rapidamente funciona como um gigante puzzle. A criação de salas merece uma atenção especial, a alocação de pessoal tem que ser medida e ponderada e todo o espaço e itens usados têm que ser explorados de forma bastante cerebral para o nosso sucesso, num jogo muito imprevisível com as suas pandemias e quantidade de utentes que vão aparecendo nos nossos hospitais.

Two Point Hospital

A dedicação e o tempo passado a construir um hospital é extremamente satisfatória, especialmente para os jogadores mais perfecionistas, e, ao longo do tempo, é adorável a forma como se ganha empatia pelos personagens que escolhemos. Cada contrato deve ser pensado em função do perfil de cada candidato, sendo que muitas vezes somos convidados a dar-lhes tarefas de acordo com as suas capacidades, como por exemplo criar uma sala de formação para estagiários, antes de estes se tornarem enfermeiros e médicos.

A evolução das personagens, os problemas que os utentes vão revelando, as escolhas que tomamos e o cuidado na criação dos hospitais tornam o jogo também muito diferente de jogador para jogador, um pouco como a série Sims, porém com um nível de personalização menos profundo, mas igualmente divertido.

Two Point Hospital é um delicioso jogo de gestão com muitos objetivos para explorar e imensas personagens para conhecer. A liberdade de escolha e a imprevisibilidade das situações tornam o jogo orgânico, vivo e o seu charme e ritmo são extremamente convidativos para passar um belo serão, a solo ou acompanhado no sofá.

Nota: Muito Bom - Recomendado

Two Point Hospital

Plataformas: PC, Xbox One, PlayStation 4 e Nintendo Switch
Este jogo (versão PlayStation 4) foi cedido para análise pela EcoPlay.

Cheio de charme, situações hilariantes e um sistema de gestão que tornam o jogo num puzzle à sua propria maneira, Two Point Hospital é obrigatório para qualquer fã do género.

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