Thrustmaster T128 – Uma opção válida low budget

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Um ano depois do lançamento do Thrustmaster T248, que trouxe novidades intrigantes juntamente com um design premium, eis que surge o T128, um triunfo a nível de custo-benefício para iniciantes.

A frase chave para mim é: 150€ mais barato que o T248 (o qual vou usar muito como elo de comparação neste artigo). E com isto, começo a debitar o que é que o Thrustmaster T128 tem de especial para merecer a vossa atenção e no que perde para o set da gama superior, tendo como base os jogos GT Sport, F1 2022, Dakar Desert Rally e WRC Generations.

Há uma série de características com que podem contar, das quais algumas já são bem conhecidas há muitos anos, tornando-as imprescindíveis. Já outras são relativamente recentes.

O Force Feedback hybrid drive está presente e acho que não há diferenças notáveis para o modelo superior, o que são ótimas notícias. Mas desenganem-se se estão à espera que o force feedback seja linear, porque não o é. Para cada veículo, mediante a sua constituição e frenagem, há uma configuração distinta. Até para os diferentes tipos de pisos, elevações e inclinações há um force feedback personalizado, exponenciado pela vibração imposta pelo volante.

Uma das características mais recentes, que foi apresentada há um ano, é o sistema de patilhas magnéticas H.E.A.R.T, que permite a mudança de velocidades quase instantânea (com um tempo de resposta de 30 milisegundos). Para quem não leu a minha análise do T248, a tecnologia H.E.A.R.T, para além de ter um tempo de resposta magnífico, baseia-se num sistema magnético sem fricção ou contactos que, por sua vez, oferece uma longevidade maior. Considero que houve um upgrade nesta área, visto que, no T248, umas das minhas queixas era o barulho que as patilhas magnéticas faziam, e foi reduzido em muito neste novo modelo. A sensação no “clique” também foi melhorada.

Ao contrário do modelo superior, o T128 não conta com um ecrã mostrador de várias informações associadas com a prova/corrida em questão. Em contrapartida, mantém as luzes LED de velocidade do motor a quatro cores (verde, laranja, vermelho, azul). Enquanto ter o ecrã é interessante a nível visual, na prática não tem muita utilidade, visto que é preciso direcionar atenção para ler a informação exposta nele. Já a informação transmitida pelos LEDs de cor é fácil de absorver sem focar a atenção. Basicamente, acabam por poupar umas dezenas de euros num extra ao qual não iam dar muito uso…

No que toca à estrutura e aspeto, este novo volante assemelha-se em muito ao lançado há um ano, seguindo inclusive o mesmo esquema de cores. No entanto, é também aqui que se percebe a diferença de preço, visto que o aro (desta vez 100% circular) é completamente revestido em plástico rígido em vez de pele sintética ligeiramente almofadada. Claro, visualmente faz diferença, mas a verdade é que, se não usam luvas, o atrito deste aro em plástico (rugoso) confere um maior grau de aderência. No volante existem existem ainda 13 botões de ações com uma disposição diferente do habitual e, ainda que o L2 e R2 sejam acessíveis, não sou fã desta disposição. Não acho intuitiva a posição das teclas “options” e “share”, mas isso já vai do hábito e gosto pessoal de cada um.

Ainda relativamente ao volante, apesar de trazer furos roscados (idealmente para parafusos sextavados interior) para prender devidamente a um cockpit de condução, podem contar também com um grampo ajustável, adequado a tampos até 5,5cm de espessura. Já a montagem é extremamente fácil de se fazer e facilita em muito a aplicação, sem ser preciso recorrer a chaves.

Avançando para os pedais, pode-se constatar que foi nesta “secção” que a Thrustmaster fez a 3ª e última otimização de recursos para permitir um preço final mais acessível. Primeiramente porque, em vez de 3 pedais, só tem 2, e depois porque toda a sua estrutura visível é em plástico duro. Atenção que ser em plástico não condiciona em nada a experiência, visto que sets como este duram anos, mesmo com um uso continuado. Serem só dois pedais também não muda grande coisa, visto que, graças aos gatilhos no volante para aumentar e reduzir velocidades, o 3º pedal perde toda a utilidade. Posso dizer que, quando comprei o meu primeiro set, procurei especificamente por um com 3 pedais para adicionar o shifter, e nem um mês depois vendi o shifter, porque não o usava… de todo.

A minha única reserva com os pedais prende-se com a proximidade entre o pedal de aceleração e travagem, que pode ser chato para quem tiver/comprar um cockpit com ferro central. Em contrapartida, os pedais magnéticos T2PM são ótimos a nível de precisão e responsividade (até mais que o volante). Questionam-se sobre o porquê e passo já a explicar. Ao contrário dos pedais mais tradicionais que funcionam com potenciómetro, que consiste num sensor mecânico que converte a deslocação do pedal para definir a força de travagem, os T2PM funcionam com Hall Effect, onde, através do posição de um íman, a deslocação do pedal é convertida num sinal elétrico, tornando-os mais precisos e menos suscetíveis a falhas.

Voltando à frase chave 150€ mais barato que o T248″, está na hora de pesar as características e chegar a um veredicto:

  • Force Feedback Hybrid Drive: Empate
  • Sistema H.E.A.R.T: T128
  • Mostrador/LED: T248
  • Estrutura/Design: T248
  • Grip: T128
  • Montagem: Empate
  • Pedais: T248

Resultado final: T128 (2 – 4) T248

Na característica mais importante para a sensação de condução, que é o Force Feedback, considero que o T128 está ao nível do modelo mais caro. Perde apenas no mostrador que é inexistente, na estrutura e design (por causa da disposição das teclas) e nos pedais (tendo só dois) – tudo coisas que não são fundamentais, apenas extras e extras que têm um preço. No entanto, ganha em grip (importante para quem não gosta de usar luvas) e no sistema H.E.A.R.T presente nas patilhas, que foi otimizado e melhorado – sendo este último um triunfo enorme.

À semelhança do T248, o T128 não permite mudar o volante ou a sua carcaça (coisa que é possível em sets mais caros), por isso também entra na categoria de sets para principiantes, casuais ou low-budget drivers. Tento isto em conta, diria que, se estão a começar neste mundo, a decisão entre comprar o T128 (por 199.99€) ou o T248 (por 349.99€) deve ser feita meramente pelo dinheiro que pretenderem gastar e pelo valor que os extras que referi acima têm para vocês. Pessoalmente, se estivesse a começar agora e tivesse de escolher um dos dois, iria para o T128 sem pensar muito.

Se for para comparar com sets da mesma gama da concorrência, onde idealizo o G29 da Logitech com conhecimento de causa, iria na mesma para o Thrustmaster T128, por duas razões simples. A primeira prende-se com as patilhas magnéticas do T128 serem mais responsivas e fiáveis do que as patilhas mecânicas do G29. A segunda é que os pedais do deste set são também magnéticos, oferecendo uma precisão de força de aceleração e travagem muito mais fiel e realista do que os pedais do G29 (que ainda têm a tecnologia obsoleta de potenciómetro). Por fim, o preço… Enquanto a Thrustmaster vos oferece um produto novo, atualizado com nova tecnologia por 199.99€, a Logitech oferece um set com sete anos de mercado, com tecnologia ultrapassada, e que, em dois anos, subiu de 229.99€ para 279.99€, de forma injustificada.

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Este equipamento foi cedido para cobertura pelo Thrustmaster.

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