Opções mais saudáveis, mas onde o sabor não falta.
Falar do Honest Greens, cadeia de restaurantes com um total de sete espaços a funcionar em Portugal (seis em Lisboa, um no Porto), é falar de um conceito reconhecido pela qualidade e requinte dos seus pratos e elaborados à base de produtos sazonais.
Para quem não sabe, o Honest Greens nasceu do sonho de três viajantes, o norte-americano Christopher Fuchs, o dinamarquês Rasmus B. e o chef de origem gaulesa Benjamin Bensoussan, que se viram insatisfeitos por não existir um espaço que juntasse comida saudável e saborosa no mesmo prato. A partir daí, o processo de criação durou três anos e envolveu a seleção manual de ingredientes de pequenos agricultores e viagens por todo o mundo, em busca de inspiração culinária, para a criação de pratos saudáveis e inovadores que respeitem todos os tipos de dietas e carteiras.
Não admira, por isso, a tal sazonalidade que referimos anteriormente, com os restaurantes a adaptarem-se a cada estação, com novos pratos, novos sabores, cores e temperos, com novos ingredientes selecionados criteriosamente pela equipa de chefs que, em cada confeção, aplica técnicas utilizadas em restaurantes estrela Michelin.
O Honest Greens está também de parabéns, pois celebrou a 7 de fevereiro quatro anos desde que chegou a Portugal. E como seria de esperar, o sucesso tem sido imenso, pelo que novas aberturas vão acontecendo ao longo do tempo, como a mais recente abertura no Princípe Real, que promete conquistar com um esplanada ao ar livre com 80 lugares e com vista desafogada para a cidade de Lisboa. Tem tudo para ser um ponto bem concorrido da cidade naqueles dias mais quentes.
Aqui no Echo Boomer, com todos os restaurantes que conhecemos mensalmente, torna-se difícil, por vezes, conseguir descobrir outros locais, como é o caso do Honest Greens. Felizmente, essa estreia no Honest Greens aconteceu no mês passado, no restaurante do Chiado, a propósito da carta de inverno.
O espaço é gigante – contam-se mais de 200 lugares sentados – e bem acolhedor, convidando-nos a abraçar um estilo de vida mais saudável. Desengane-se, porém, que essa ideia passa por abraçar um estilo de vida onde o consumo de carne ou peixe não existe. Acima de tudo, há que fazer um equilíbrio… e o nosso corpo agradece.
Efetuar um pedido no Honest Greens é bem fácil, pois o funcionamento não é exatamente igual ao de um típico restaurante. Basicamente, agarram num menu, vão até à zona de pagamento, dizem o que pretendem comer, efetuam o pagamento e, depois, já com um alarme na mão, basta aguardar pela vibração e recolher o pedido – embora alguns elementos do staff também entreguem os pedidos nas mesas dos clientes.
Quanto ao menu, tudo começa na secção Para Partilhar, onde se destacam as duas novidades: Portobello Chili Crunch (Cogumelos, pesto de limão e salsa, amêndoas, sal de limão, chilli crunch e crème-fraîche plant-based) e Abóbora com canela e tahini (Abóbora assada no forno Josper, servida com canela, glaze de balsâmico, tahini de limão em conserva, castanhas, sementes de abóbora caramelizadas e raspas de laranja). E que bela forma de começarmos a nossa refeição.
Sendo que pedimos ambas estas entradas, por assim dizer, apraz-nos dizer que o Portobello Chili Crunch é um prato que ganha imensa vida pela adição de dois elementos em particular: pesto de limão e salsa e crème-fraîche plant-based. Não só casam na perfeição, como dão um gosto inesquecível ao cogumelo, já de si de imensa qualidade. E mais, por aqui se nota a popularidade do Honest Greens: aqui não há natas, mas sim um creme feito à base de plantas, o que torna este prato perfeito para os intolerantes à lactose. No caso da Abóbora com canela e tahini, cuja apresentação mais fazia lembrar uma batata de um tamanho generoso, veio perfeitamente bem assada graças ao forno Josper, eletrodoméstico muito popular nos dias de hoje, e com um gostinho meio doce/amargo graças ao glaze de balsâmico. A sério, não deixem de pedir estas iguarias.
Claro, podem pedir na mesma a opção Ben’s Sweet Potatoes Fries, top seller da casa, que consiste em Batata-doce com beet ketchup (ketchup de beterraba), healthy alioli e coentros.
Ao nível dos Market Plates, não há novidades, mas é sempre uma opção a considerar, pois têm pratos com frango, vitela, salmão e atum, além de opções vegetarianas e plant-based.
A outra novidade surge nas Garden Bowls, e dá pelo nome de Winter Curry. Só para terem noção, eis os ingredientes: Erva-príncipe, leite de coco, cenoura assada, couve-flor roxa, lentilhas caviar, kale, grão, malagueta, coentros, cogumelos, repolho, relish de beterraba, hortelã, pêra, sésamo negro e passas. É uma bowl plant-based e com algum picante graças à malagueta. Vem maravilhosamente bem servida, pelo que, se passarem pelo Honest Greens e forem diretos a esta bowl, farão uma escolha mais que acertada, ficando com o estômago bem aconchegado. Estava ótima, e daqui destacamos não só a cenoura assada, como a couve-flor roxa.
Aliás, e no caso das bowls, referir que, e contrariamente aos Market Plates, só entram aqui opções plant-based, ou seja, vegetais, não havendo lugar para bowls com ingredientes de origem animal. A exceção é apenas a bowl Ginger Honey Goat, que leva queijo de cabra.
A partir daqui, as novidades são ao nível da proteína, onde encontramos o Hot Honey Halloumi (grelhado e caramelizado com mel, levemente picante), numa opção Keto, isto é, uma opção rica em proteínas e gorduras, mas com poucos carbohidratos; e ao nível das guarnições, com o Arroz Marroquino (Grãos ancestrais de arroz negro e integral, lentilhas caviar, batata-doce, açafrão, hortelã, salsa e mix de especiarias mediterrânicas. Amêndoas, romã, grão e glaze de caril de laranja), Batata-doce assada maple-tahini (Assada em carvão vegetal no forno Josper com molho maple syrup, tahini, avelãs, arandos semi-secos, aji moído e micro-ervas) e Chilli sem carne (Batata-doce assada, ragú de nozes e lentilhas, abacate, coentros, cebolinho, crème-fraîche plant-based, milho crocante, jalapeño e ají).
Escusado será dizer que pedimos tudo isto, e é mais que sabido que os fãs de queijo irão adorar o Hot Honey Halloumi, como foi o nosso caso. Ao nível das guarnições, destaca-se o Arroz Marroquino, muito graças ao mix de especiarias, que lhe dão aquele toque africano. Ah, não esquecer que também há uma novidade plant-based a nível de molhos, neste caso o Chili Crunch, que é picante, pois claro. Mas nada de exagerado.
A nível das sobremesas é que não há novidades – surgem a cada dois anos, mais coisa menos coisa -, mas é impossível não pedir opções como a Chocolate Chip Cookie, a Matcha Love (Tarte de chá Matcha, coulis de maracujá e ají moído) ou o Cupcake Vanilla-Caramel Cream (Cupcake de baunilha, recheio de “Red Velvet” e cobertura creme de cacau e avela caramelizada). Novamente, a atenção nos ingredientes utilizados é levada à letra, uma vez que todas as sobremesas são plant-based, sem açúcares refinados e sem glúten. Se são daquelas pessoas habituadas unicamente às sobremesas mais convencionais, vão certamente estranhar a falta de sweetness destas opções da Honest Greens, mas se estiverem com mente aberta e com vontade de abraçar novas possibilidades, vão certamente adorar estes bolos.
Já para começar o dia, têm sempre o Breakfast Combo, no qual podem optar por duas opções rápidas e práticas: banana bread com café ou americano por 3€; e banana bread com latte por 3,5€.
Ir ao Honest Greens é muito isto – saber que estamos a comer produtos da época, confecionados sempre de forma saudável, e cheios de sabor. Numa cozinha cujo forte passa pelas dietas Keto (onde se inclui a proteína animal), vegetariano e plant-based, sem esquecer a atenção ao glúten e frutos secos, ir ao Honest Greens é daquelas experiências que nos vão fazer olhar para a gastronomia de outra forma.
Além de poderem comer nos restaurantes da marca abertos em Portugal, podem ainda pedir os pratos através do serviço delivery, nas plataformas Uber Eats ou ao serviço de takeaway, cujo pedido pode ser realizado online.
