A empresa japonesa não desiste.
Todas as grandes empresas são altamente protetoras da sua propriedade inteletual, mas até hoje não vimos uma tão protetora como a Nintendo. A empresa japonesa é conhecida por ser particularmente agressiva quando se trata de lidar com o que, mesmo que remotamente, se assemelhe a uma violação dos seus direitos de autor. Mesmo um vídeo do YouTube que fale sobre um jogo Zelda nunca lançado não é seguro e garantido que se mantenha online durante muito tempo. Neste contexto, facilmente entendemos que a empresa está em guerra contra os emuladores da Switch, aquela que ainda é a sua principal consola.
Depois de deixá-lo relativamente sozinho por alguns anos, a Nintendo apresentou uma queixa contra os programadores do Yuzu no final do passado mês de fevereiro. É um dos programas mais conhecidos do género e não demorou muito para se curvar, já que, apenas uma semana após a apresentação da queixa, o emulador fechou as portas para sempre. E, como não podia deixar de ser, outros decidiram assumir esse legado para garantir a sustentabilidade do seu produto e vimos, por exemplo, um emulador de Nintendo DS que se tornou gratuito e de código aberto… até a empresa o ter mandado abaixo. E fiquem já a saber que a Nintendo não ficou por aí.
Quando um programa popular desaparece da Web, não demora muito para que várias cópias apareçam. O Yuzu não é exceção, e é muito fácil encontrar uma versão do mesmo com um pouco de pesquisa. Ou melhor, “era” fácil. A Nintendo entrou com um pedido de DMCA por violação de direitos de autor no GitHub, plataforma na qual os programadores publicam as suas criações e os seus códigos. E mais uma vez, a decisão no site foi muito rápida.
Depois dos emuladores, Nintendo ataca o MIG Switch
Segundo está a ser revelado, o GitHub removeu 8.535 cópias do Yuzu do seu repositório. Não há como ser complicado, correndo o risco de irritar ainda mais a empresa japonesa. Sendo a Internet o que é, é muito provável que este duro golpe não marque o fim dos emuladores para a Switch. Enquanto espera que outro faça o seu nome, a Nintendo agora está a direcionar os seus esforços para o MIG Switch, um cartão flash que supostamente permite executar qualquer jogo na consola. A empresa quer que a Google remova os sites que oferecem esse dispositivo dos seus resultados de pesquisa.
