Unilever, dona da Ben & Jerry’s e da Olá, vai desfazer-se dos gelados e despedir mais de 7000 pessoas

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A separação da fatia gelada da Unilever faz parte de um plano para melhorar as finanças da empresa.

A Unilever, dona de marcas bastante conhecidas como a Dove, Helmman’s ou Olá (em Portugal, noutros países é conhecida com outros nomes), prepara-se para dar uma volta de 180 graus, que envolve o despedimento de muitos funcionários e a separação de uma parte significativa da empresa.

A empresa anunciou esta terça-feira, 19 de março, que o novo CEO Heins Schumacher tem em marcha um plano de reestruturação que implica a separação de parte da empresa e o despedimento de 7500 trabalhadores. Assim, a Unilever vai desfazer-se da sua secção de gelados, onde se encontram marcas populares como a Magnum e a Ben & Jerry’s – trata-se de um spin off, como refere a agência noticiosa Reuters.

O negócio de gelados representa cerca de 16% das vendas globais da Unilever e, em alguns países, contribui com um terço ou 40%.

A separação terá início imediatamente e deverá estar concluída até ao final de 2025, informou a Unilever, atualmente cotada em Londres. A empresa de gelados está “em vias de se mudar para uma sede separada em Amesterdão“, mas Hein Schumacher disse, num telefonema aos jornalistas, que estava “aberto a opções” relativamente ao local onde poderia ser cotada.

O grupo lançou também um programa de redução de custos de cerca de 800 milhões de euros (869 milhões de dólares) durante os próximos três anos. As alterações propostas terão um impacto em cerca de 7500 postos de trabalho a nível mundial – ou seja, cerca de 5,9% da força de trabalho da Unilever -, prevendo-se que o total dos custos de reestruturação seja de cerca de 1,2% do volume de negócios global durante o período.

Estamos a analisar toda a organização, tanto na nossa sede, no centro corporativo, como nos pontos de coordenação de grupos empresariais, bem como nas unidades de negócios nos países“, disse o CEO, sem detalhar que regiões seriam mais atingidas por cortes de pessoal.

Esta decisão foi bem recebida pelos investidores, levando a que as ações da Unilever, uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, subissem quase 6% a certa altura.

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