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Opiniões concisas sobre os filmes que assisti durante o quinto dia do festival Sundance 2021, incluindo links para as respetivas críticas.

Sundance 2021

À semelhança dos dias anteriores, está na altura de fazer um breve resumo do que consegui ver neste quinto dia do conhecido festival de cinema. Em baixo, poderão ler um breve resumo dos dois filmes que fizeram parte das nossas escolhas: Judas and the Black Messiah e The World to Come.

Judas and the Black Messiah

Judas and the Black Messiah

Judas and the Black Messiah merece todo o hype que tem recebido e muito mais. Shaka King e Will Berson entregam um filme inspirado em eventos reais com todas as qualidades que este tipo de peça necessita: esclarecedor, inspirador, estimulante e tremendamente impactante.

Possuindo uma prestação que terminará, com certeza, como uma das melhores do ano (Daniel Kaluuya), a história de Fred Hampton e William O’Neal é contada através de uma narrativa incrivelmente cativante, preenchida até ao limite com discursos e diálogos absolutamente épicos, fascinantes e arrepiantes que não deixarão nenhum espectador indiferente. Ambas as personagens trazem temas atuais e oportunos de volta aos holofotes, que geram uma conversa essencial sobre liberdade, direitos humanos e igualdade.

Para além de Kaluuya, Lakeith Stanfield merece igualmente imensos elogios e não me posso esquecer da cinematografia persistente e focada nas personagens, elevando todas as cenas. Apreciação final para a banda sonora de Mark Isham e Craig Harris, que é inesquecível e viciante, desempenhando um papel significativo na narrativa. (link para a crítica)

The World to Come

The World to Come

The World to Come é mais um drama romântico situado há centenas de anos atrás que, infelizmente, não me convenceu totalmente. A realização de Mona Fastvold é bastante assertiva e mostra um excelente controlo do ritmo propositadamente lento. No entanto, o argumento de Ron Hansen e Jim Shepard depende em demasia da narração detalhada que, apesar de adicionar algumas camadas de desenvolvimento às personagens, acaba por se tornar repetitivo, dominante e cansativo.

Katherine Waterston e Vanessa Kirby tentam manter a narrativa acima da linha de água com duas prestações notáveis, mas não compensam a narrativa pouco surpreendente e algo desapontante. Produção artística, cenografia e guarda-roupa deslumbrantes elevam o filme, mas é a banda sonora vital, sem a qual teria imensas dificuldades em manter-me investido, que salva a visualização.

Relativamente à história, o melhor elogio que posso oferecer é que esclarece os espectadores sobre como as mulheres eram maltratadas na época respetiva e como as relações homossexuais têm tanta ou mais química como as heterossexuais. Como não faço parte do público-alvo, recomendo a fãs do género. (link para a crítica)

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