Pistol Whip (PlayStation VR2)

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Pistol Whip apresenta uma potente combinação de música e de jogos de tiro, numa experiência que podia muito bem ser um fantástico tie-in a John Wick.

Após a semana de lançamento do PlayStation VR2, com os jogos que me foram cedidos para a cobertura do novo dispositivo de realidade virtual da PlayStation 5, parti em busca de mais títulos que pudessem ocupar o meu tempo em espaços virtuais. Do, para já, modesto catálogo, encontrei Pistol Whip, por recomendação de outros internautas, um jogo anteriormente lançado noutras plataformas VR (incluindo o PS VR original) que se podia descrever como “jogo de tiros e de ritmo”. Enquanto Beat Saber não surge no PlayStation VR2, lancei-me assim, meio às cegas, para esta aposta da Cloundhead Games. E fiquei imediatamente vidrado.

Já joguei muita coisa fantástica no PlayStation VR2. Já tive que desistir de Resident Evil: Village pela sua camada imersiva de horrores, não passa um dia em que não faça uns quilómetros em Gran Turismo 7 e Horizon Call of the Mountain é um excelente exclusivo, mas, neste momento, Pistol Whip é, sem dúvida alguma, a minha experiência VR favorita.

Pistol Whip cumpre a sua premissa de jogo de tiros e ritmo e é tão direto como podem imaginar. Tem como base aqueles jogos de arcadas como Time Crisis, onde surgem inimigos de todo o lado para disparar contra a nossa cabeça, mas aqui viajamos pelos ambientes sempre em movimento de forma automática e linear, em níveis de minuto e meio a cinco minutos de duração. É como uma atração turística de um parque temático, que vem por à prova as nossas habilidades de disparo e de movimento.

Podendo usar uma arma apenas ou duas – uma em cada mão –, o jogador, para além de apontar e disparar, tem que se desviar das balas disparadas em direção da sua cabeça, enquanto que, outras vezes, tem que se desviar de obstáculos e também usar gestos para eliminar inimigos que possam surgir pela frente. Tudo isto parece algo relativamente simples, até que o jogo nos propõe jogar ao som do beat das músicas.


Disparar e acertar nos inimigos ao som da música não é um fator determinante para o sucesso de cada nível, mas certamente ajuda e revela o quão incrível e viciante Pistol Whip é, obrigando-nos não só a mexer ativamente, com desvios, agachos e esticando os braços para disparar, como também nos convida a dançar, pelo menos na nossa imaginação.

Esta característica é conseguida pelo posicionamento preciso dos inimigos ao som do beat, resultando em sequências bem desafiantes e divertidas, tudo isto acompanhado por uma eletrizante banda sonora eletrónica, com artistas como Black Tiger Sex Machine, HVDES, Apashe ou BONES UK (que surgem em destaque na banda sonora de Arcane).

Esta mescla de ação e ritmo resulta de forma tão satisfatória que transforma qualquer jogador numa estrela de ação. Uma forma muito simples de definir Pistol Whip é enquanto “simulador de Keanu Reeves”, pois no mesmo nível tanto nos desviamos de balas como Neo no The Matrix, como começamos a gesticular e tentar dar os tiros mais certeiros como John Wick. Na verdade, chega a parecer um desperdício enorme não termos uma espécie de tie-in do jogo com esta saga de filmes.

A jogabilidade é simples e intuitiva, graças a um sistema magnético de mira muito satisfatório e um sistema de reload que é basicamente um “apontar” rapidamente para baixo. Ainda assim, Pistol Whip não se poupa em desafios. Com três níveis de dificuldade, temos acesso a uma série de modificadores, dos divertidos aos desafiantes, como cabeças gigantes, sem reload, armadura máxima, sem assistente de mira, reload só após murros, respawn de inimigos aleatórios, entre outros.

Visualmente, Pistol Whip aposta numa estética simples e futurista, com ambientes “virtuais” em low-polly, cheios de cores e diferentes temas, mas tudo é claro e consistente. O jogo opera numa taxa de atualização bem alta e, mesmo não tendo controlo do movimento linear em frente e apesar da ação frenética, Pistol Whip nunca me deu a sensação de enjoos. Mas cansa bastante após 3 ou 4 níveis.

O aspeto menos positivo de Pistol Whip, para mim, é a sua longevidade. Se, por um lado, é um jogo que vive muito da experimentação com diferentes modificadores, com as suas leaderboards e desafios diários, semanais e mensais, peca pela lista de níveis limitada que se explora facilmente num dia. Pistol Whip conta também com duas mini-campanhas, uma inspirada numa space-opera e outra num western, mas uma vez completadas, pouca motivação existe para as revisitar, a não ser as suas porções em busca de pontuações mais altas.

Ainda assim, apesar de limitado, a simples vontade de gesticular e aperfeiçoar a pontaria e a pontuação de cada nível ao som de música eletrizante, neste modelo de arcada old-school, é o suficiente para não passar um dia sem dar um pezinho de dança em Pistol Whip. Até porque é uma excelente alternativa aos tão necessários exercícios de cardio.

Pistol Whip pode ser jogado na PlayStation 4 com o PS VR, na PlayStation 5 com o PS VR2 e no Oculus Quest.

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