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É magnífico poder constatar que, num ano tão atribulado, se há algo que nunca nos falha é a música.

Depois de um ano a ouvir dezenas atrás de dezenas de álbuns e ter falado sobre 137 deles ao longo de 11 artigos, que cobriram os lançamentos essenciais de cada um dos 12 meses que compuseram 2022, eis os 50 álbuns mais “fortes”, que chegaram à ilustre seleção de melhores do ano.

Ao longo desta seleção vão poder encontrar produções dos mais variados géneros e de artistas que vão do expoente máximo do mainstream aos confins mais fundos do alternativo, porque a música é isto mesmo: um soma de várias partes que forma um todo. Não há polaridade, porque qualidade pode ser encontrada em todo o lado, basta que para isso saibamos onde procurar e, sobretudo, respeitar e apreciar o processo criativo de cada artista e género.

50. Beyoncé – Renaissance

Beyoncé – Renaissance
Renaissance é um bom álbum (animado e dançante) que pertence a Beyoncé, mas que da alma da maior estrela de Pop tem pouco ou nada – em todo o caso, na categoria de álbuns dançantes é uma das estrelas do ano. (ler mais)

49. Earl Sweatshirt – Sick

Earl Sweatshirt - Sick
Rap sóbrio, puro e consciente do valor que tem. Mais um trabalho de qualidade exímia por parte de Earl Sweatshirt, que há muito que está ciente do seu potencial e valor. (ler mais)

48. Maggie Rogers – Surrender

Maggie Rogers – Surrender
O bloqueio de escrita que teve no início de carreira e a atrasou, parece estar definitivamente apagado. Posto isto, em Surrender, a única coisa a que Maggie Rogers se rendeu foi à sua capacidade lírica e de composição musical, num álbum que marca o primeiro triunfo da sua carreira. (ler mais)

47. The 1975 – Being Funny In A Foreign Language

The 1975 – Being Funny In A Foreign Language
É o álbum que vem consolidar o legado dos The 1975 num ponto em que conseguem um equilíbrio quase perfeito entre a arte que os define e o mainstream que os eleva. Isto porque continua a existir um quê de experimentalismo, mas dá para perceber que há outra maturidade na hora de perceber até que ponto é possível ir, sem perder contacto com a realidade e lógica musical. (ler mais)

46. Harry Styles – Harry’s House

Harry Styles – Harry’s House
Diria que Harry’s House é o melhor e mais completo álbum do artista, dado que há mais atenção ao detalhe, que inevitavelmente acaba por colocar quase todas as músicas ao mesmo nível, conferindo-lhes um potencial semelhante de virar single. (ler mais)

45. Nas – King’s Disease

Nas - King's Disease
King’s Disease III é um álbum 100% a solo, onde a escrita de Nas e o jogo de sampling que foi tendo com Hit-Boy, fez dele o melhor da “série” e, mesmo aceitando que este era um álbum digno de fim de carreira, acredito que o melhor ainda está para vir. (ler mais)

44. The Beths – Expert In A Dying field

The Beths – Expert In A Dying field
Expert In A Dying Field é um álbum completo, tocante, diverso e cativante que, apesar de ter Indie Rock escrito “na testa”, consegue distanciar-se dos clichês do género. Em 2020 também disse “Uma carreira a começar, mas que promete trazer muitas coisas boas ao panorama Indie” e, para já, não falhei. (ler mais)

43. Kathryn Joseph – For You Who Are Wronged

Kathryn Joseph – For You Who Are Wronged
For You Who Are Wronged tem tanto de aconchegante como de perturbador, dando origem a uma experiência ímpar. De uma ponta à outra, é possível encontrar beleza, numa chama que arde sem se ver, que aquece, mas também pode queimar. (ler mais)

42. Laufey – Everything I Know About Love

Laufey – Everything I Know About Love
Tudo o que sabemos sobre o amor é agridoce, porque aprendemos tanto quando estamos apaixonados, como quando o fim se aproxima. E depois de acabar? Sobram as memórias de sensações que vivemos, que podemos reviver ao ler este álbum e descobrir qual era o som dessas memórias. (ler mais)

41. Megan Thee Stallion – Traumazine

Megan Thee Stallion – Traumazine
Com o lançamento de Traumazine, já não dá mais para arranjar desculpas para justificar o porquê de não considerar Megan Thee Stallion a melhor rapper feminina da atualidade. (ler mais)

40. Hurray For The Riff Raff – Life On Earth

Hurray For The Riff Raff – Life On Earth
Life On Earth é um trabalho muito intimista proveniente do “eu” mais profundo de Segerra, que tem uma capacidade lírica fenomenal e, acima de tudo, aborda temáticas que conseguem tocar na alma de quem passou ou está a passar momentos menos bons. (ler mais)

39. The Smile – A Light For Attracting Attention

The Smile – A Light For Attracting Attention
Fico, sobretudo, feliz por Thom Yorke, que prova mais uma vez que, independentemente do contexto, consegue sempre vingar e ser bem sucedido. (ler mais)

38. Tomberlin – I Don’t Know Who Needs To Hear This…

Tomberlin – I Don’t Know Who Needs To Hear This…
A perceção da realidade que rodeia a artista é assombrosa, num álbum sobre inseguranças e dissabores que muitos viveram, mas poucos têm a capacidade e frieza para os decompor e expor da forma que ela faz. (ler mais)

37. Vince Staples – Ramona Park Broke My Heart

Vince Staples – Ramona Park Broke My Heart
Dentro desde registo, mais afastado de sonoridades eletrónicas, este é o álbum no qual houve um maior capricho no que toca a brio com a produção musical, destacando Ramona Park Broke My Heart um dos melhores álbuns de Vince Staples até à data. (ler mais)

36. Soccer Mommy – Sometimes, Forever

Soccer Mommy – Sometimes, Forever
Sometimes, Forever por vezes tem variações de tom e sonoridade (entre o confortável e o depressivo), porém, isso acaba por ser mais uma virtude do que um defeito, dado que demonstra a capacidade de adaptação de Soccer Mommy a uma indústria em constante mutação. (ler mais)

35. Yeule – Glitch Princess

Yeule – Glitch Princess
Glitch Princess é uma produção perturbadora, chegando por vezes a ser mórbida. Não obstante, expõe Natasha a nú, sem filtros ou convencionalismos, transparecendo todas as suas fragilidades de forma artística e criativa. (ler mais)

34. Rina Sawayama – Hold The Girl

Rina Sawayama – Hold The Girl
Mais importante que produzir músicas para se manter relevante é produzir música que signifique algo para o artista, e nesse campo Rina Sawayama é exímia, oferecendo mais um álbum muito bom – 2 em 2! (ler mais)

33. FKA Twigs – Caprisongs

FKA Twigs - Caprisongs
O que dizer de FKA Twigs quando constatamos que este é o álbum menos bom da artista e, ainda assim, continua a ser um álbum “muito bom”? (ler mais)

32. Julia Jacklin – Pre Pleasure

Julia Jacklin – Pre Pleasure
Jacklin, agora com 32 anos, demonstra ter atingido um novo nível de maturidade. O mais cativante é que chega a esse nível sem nunca perder de vista o seu “eu” mais sonhador. “Eu” esse que a leva a divagar sobre hipóteses hipotéticas com os resultados que almeja. (ler mais)

31. Dry Cleaning – Stumpwork

Dry Cleaning – Stumpwork
Stumpwork continua a viagem instrumental que começou com New Long Leg, sempre na boa companhia da voz hipnotizante de Shaw. O destino é só um, mas a viagem tem sempre o seu quê de diferente com texturas instrumentais sem regra, mas com sentido. (ler mais)

30. Yeah Yeah Yeahs – Cool It Down

Yeah Yeah Yeahs – Cool It Down
Desaceleraram e deixaram de querer surpreender a cada esquina, no entanto o efeito é o oposto, pois continuam a surpreender. Agora mais pela escrita, que em algumas das faixas presentes no álbum é mais caprichada e profunda, mas também pelas sonoridades deslumbrantes e sentidas. (ler mais)

29. Pusha T – It’s Almost Dry

Pusha T – It’s Almost Dry
It’s Almost Dry está longe de estar “seco”, servindo o simples propósito de fazer uma exposição ao talento de Pusha T na implementação de “samples” sacados com um corte e cose digno dos melhores alfaiates do universo Rap. (ler mais)

28. Big Thief – Dragon New Warm Mountain I Believe In You

Big Thief – Dragon New Warm Mountain I Believe In You
Em 2022, os Big Thief chegam com uma nova surpresa, num álbum gravado ao longo de 2020 em quatro sítios distintos, que se estende ao longo de 80 minutos e muda por completo a perceção musical que temos da banda de Brooklyn. (ler mais)

27. Ethel Cain – Preacher’s Daughter

Ethel Cain – Preacher’s Daughter
Numa mistura entre a beleza do dream pop e a aspereza de ethereal wave, que conjuga mensagens românticas mais pesadas, com guitarradas de tonalidade obscura e linhas de baixo entre down e mid-tempo, gera-se um resultado final muito único. (ler mais)

26. Bad Bunny – Un Verano Sin Ti

Bad Bunny – Un Verano Sin Ti
Un Verano Sin Ti, musicalmente, reflete a capa do álbum num misto de uma panóplia de cores que advém de todos os elementos e géneros com quais o raggaeton se mistura, mais concretamente géneros típicos das Caraíbas, tais como reggae, bomba, Dominican dembow, Dominican mambo e bachata. (ler mais)

25. Alex G – God Save The Animals

Alex G – God Save The Animals
God Save The Animals não só mantém a carreira de Alex G no auge em que este a deixou há 3 anos, como prova que House of Sugar não foi obra do acaso nem um rasgo esporádico de genialidade. Neste álbum, que consegue ser ainda mais diverso que o anterior a nível de géneros, tudo parece funcionar bem. (ler mais)

24. Florist – Florist

Florist – Florist
Florist é um álbum que pode não entrar à primeira, mas, quando entra, é como se fosse um abraço apertado que não sabíamos que precisávamos. Um refúgio onde o tempo passa mais devagar e nos deixa refletir e pensar, livres de preocupações ou amarras, nem que seja apenas por uma hora. (ler mais)

23. Just Mustard – Heart Under

Just Mustard – Heart Under
Este ano, Just Mustard rebentaram todas as barreiras que talvez nem os fãs da banda sabiam que existiam, sacando uma obra-prima do meio de um barulho constante que funciona a totalmente a favor deste projeto. (ler mais)

22. Noah Cyrus – The Hardest Part

Noah Cyrus – The Hardest Part
O melhor de The Hardest Part é ser um álbum direto e sincero. Através de um construção melódica acústica deveras agradável (a pender para o Folk) e de uma escrita sensível e vulnerável, Noah consegue expor e decompor assuntos e pensamentos contra os quais teve de lutar e aprender a lidar ainda em muito tenra idade. (ler mais)

21. Kevin Morby – This Is A Photograph

Kevin Morby – This Is A Photograph
O facto de Kevin Morby lançar álbuns com tanta frequência acaba por diluir um pouco a perceção que se tem relativamente à qualidade do artista, mas verdade seja dita: quem produz um álbum assim, tão bom e equilibrado, não o faz por sorte. (ler mais)

20. Sampa the Great – As Above, So Below

Sampa the Great – As Above, So Below
As Above, So Below encontra muita da sua força na performance, nas referências e colaborações, o que é legítimo. Para além disso, Sampa Tembo apoia-se nas letras para celebrar a força da herança cultural com a qual cresceu, dando origem a uma ótima produção com faixas muito importantes. (ler mais)

19. Beach House – Once Twice Melody

Beach House – Once Twice Melody
Ainda que tenha achado os quatro capítulos equilibrados, saliento o “Masquerade”, onde a poeira estelar que Victoria Legrand e Alex Scally produzem sem qualquer esforço brilha com mais intensidade. Once Twice Melody vai assim colocar os Beach House no lugar para o qual navegaram desde que começaram a sua ilustre carreira: na estrela mais brilhante da galáxia. (ler mais)

18. The Weeknd – Dawn FM

The Weeknd - Dawn FM
Dawn FM marca o alvorecer de um novo pico reluzente na carreira do músico canadiano (pun intended) e, ao fim de cinco álbuns e outras tantas Mixtapes e Extended Plays, consegue o álbum mais sólido da sua carreira. (ler mais)

17. Phoenix – Alpha Zulu

Phoenix - Alpha Zulu
O que aconteceu aos Phoenix foi claramente uma maturação extrema, tanto que conseguem ser mais fantásticos que nunca, sem que para isso tenham tentado ser uma versão deles próprios do passado.
Tudo em Alpha Zulu é fresco e revigorante, não ofuscando a nostalgia, mas sem fazer dela um sentimento repetitivo e usado. (ler mais)

16. Black Country, New Road – Ants From Up There

Black Country, New Road – Ants From Up There
Ants From Up There é um álbum emocional e honesto, com remates instrumentais imprevisíveis com a capacidade de criar uma bolha dotada do seu próprio ecossistema, que difere de música para música. Irrepreensível o impacto que a banda cria em apenas dois álbuns. (ler mais)

15. Kae Tempest – The Line Is A Curve

Kae Tempest – The Line Is A Curve
The Line Is A Curve é, provavelmente, o melhor álbum para se entrar e ambientar com o universo de Tempest, que mistura poemas fantásticos com sonoridades mais apetecíveis, com o toque especial de colaborações, que trazem mais luz ao tom das músicas, quase fazendo esquecer que Tempest é “apenas” uma poeta, que debita poesia com música de fundo. (ler mais)

14. Nova Twins – Supernova

Nova Twins – Supernova
Nova Twins trazem ao mundo um álbum puro de Nu Metal, que não só prova o potencial da dupla britânica, como demonstra que o Nu Metal não está ultrapassado (longe disso) e que é a vez das mulheres mostrarem como se faz! (ler mais)

13. Taylor Swift – Midnights

Taylor Swift – Midnights
Swift está em total controlo da sua música a todos os níveis e não há nenhuma editora que possa exigir o que quer que seja dela, porque a chave do sucesso já foi descoberta e está bem guardada, presa por um fio de ouro, junto ao coração da artista. (ler mais)

12. Denzel Curry  – Melt My Eyes See Your Future

Denzel Curry  – Melt My Eyes See Your Future
Este álbum não é tão vívido como trabalhos passados, afastando-o de voos mais comerciais. Contudo, o nível de introspeção deste novo trabalho, recheado de referências fantásticas, é um autêntico bilhete vitalício para voos em primeira classe – “All these beats go dumb in the stereo, But I’m just too smart for the radio”. (ler mais)

11. Weyes Blood – And in the Darkness, Hearts Aglow

Weyes Blood - And in the Darkness, Hearts Aglow
O segredo para desfrutar e apreciar deste tipo de música, é compreender o espetro de Weyes Blood e entrar no seu universo. Isto porque tudo o que foi produzido desde Titanic Rising são clássicos instantâneos suportados por uma orquestralidade magistral, que fazem sentido ouvir indefinidamente. (ler mais)

10. Jockstrap – I Love You Jennifer B

Jockstrap – I Love You Jennifer B
I Love You Jennifer B contém nele irreverência juvenil, criatividade envolta em divagação e plenitude sem origem. A grande sensação que fica é que este é um produto com orientação claramente ligada com o género Pop, todavia, a composição musical surge envolta em arranjos mais complexos e delicados em simultâneo. (ler mais)

9. Angel Olsen – Big Time

Angel Olsen – Big Time
Big Time é um trunfo de emoção e vulnerabilidade que resulta num triunfo, pois melhor que apenas ter um álbum para ouvir, é ter um álbum para absorver e, neste disco, temos muito de Angel Olsen para absorver e assimilar. Um clássico instantâneo, pelo seu esplendor de beleza de composição e transparência para a alma da artista. (ler mais)

8. Alvvays – Blue Rev

Alvvays – Blue Rev
Numa música ou outra nota-se a confiança no que está a ser interpretado, sem que a emoção seja descartada..
A nível de escrita e produção pouco ou nada há apontar. O jogo de Rankin e Alec O’Hanley continua a surpreender pela positiva, mantendo-os no topo da cadeia alimentar. (ler mais)

7. Sudan Archives – Natural Brown Prom Queen

Sudan Archives – Natural Brown Prom Queen
Este é um daqueles álbuns “1 num milhão” que trazem algo novo e inesperado, que prova que há artistas que conseguem oferecer muito mais do que talento vocal. Com este álbum, Parks vai bem para além disso, apresentando um repertório recheado de afirmações corajosas daquilo que a inventividade musical deve ser. (ler mais)

6. Fontaines D.C. – Skinty Fia

Fontaines D.C. – Skinty Fia
Da Irlanda para o mundo, Skinty Fia é o mais recente triunfo de Fontaines D.C. que completam assim uma trilogia que surgiu em crescendo constante de qualidade e de profundidade. (ler mais)

5. Rosalía – Motomami

Rosalía – Motomami
Com Motomami, continua a quebrar barreiras ao seu próprio passo, sem dever nem temer. Alusivo a esse estado de espírito, no desfecho do álbum, Rosalía canta “​​Solo hay riesgo si hay algo que perder” e sendo que a artista catalã está na sua própria liga, não tem nada a perder. Se o resultado for semelhante ao dos primeiros álbuns, que venha uma carreira cheia de riscos destes! (ler mais)

4. Wet Leg – Wet Leg

Wet Leg – Wet Leg
Este self-titled album, como álbum de estreia do duo britânico, é um êxito frenético cheio de criatividade no que toca a ritmos musicais empregados e um crescendo de emoção na forma como Teasdale e Chambers se atiram, agarram e usam cada faixa. (ler mais)

3. SZA – S.O.S.

SZA - S.O.S.
S.O.S. é um daqueles álbuns longos que justificam a sua dimensão de forma contínua. Cada faixa tem a sua identidade, mas todas funcionam muito bem juntas, fazendo 67 minutos passarem a voar como uma brisa ligeira e aprazível.
O trabalho de escrita é sensacional, parecendo que tudo o que Solána Rowe faz tem um propósito de ser. (ler mais)

2. Kendrick Lamar – Mr. Morale & The Big Steppers

Kendrick Lamar – Mr. Morale & The Big Steppers
Nota máxima para Mr. Morale & The Big Steppers, por todo seu desempenho lírico, que é absolutamente fabuloso e bate todos os álbuns anteriores.
Não sei se já pensaram nisto, mas somos uns afortunados por poder apreciar a carreira de Kendrick Lamar em primeira mão. Porque rappers deste nível, aparece um por década, se tanto. (ler mais)

1. Nilüfer Yanya – Painless

Nilüfer Yanya – Painless
Este álbum está envolto numa imprevisibilidade excitante, no qual apesar de nunca haver certeza de como será a próxima faixa, a surpresa é garantidamente positiva. A forma como os vocais e os arranjos musicais se complementam e transmitem energia cósmica entre si chega a ser hipnotizante. Aliada a isto está a impressionante capacidade lírica de Yanya, que a cada trecho parece estar a dar tudo de si, mas a cada faixa parece que o que tem para dar provém de uma fonte infindável de pensamentos – todos eles interessantes. (ler mais)

Notas finais

A música é um fenómeno ímpar para a humanidade, pois independentemente do país e cultura, é uma das artes menos divisivas quando apreciada em conjunto. Dá cor a memórias, ritmo a atividades, motivação no dia a dia, força em momentos difíceis, une desconhecidos e faz-nos sentir inúmeras emoções fantásticas de forma gratuita.

Posto isto, considero ouvir música um privilégio sem igual e nada me deixa mais concretizado do que partilhar o que ando a ouvir com vocês e dar-vos um empurrão na esperança de vos ajudar a encontrar algo que não sabiam que gostavam ou até o vosso próximo artista favorito.

Este ano foi de Nilüfer Yanya, que desde 2019 se tem vindo a tornar uma das artistas que mais admiro e, ao segundo álbum, tirou mesmo um coelho da cartola. Prova disso é que ainda que tenha assistido à apresentação de 9 destes 50 álbuns ao vivo, Yanya foi o único concerto que vi duas vezes – uma delas no NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, e outra na Magyar Zene Háza, em Budapeste. No entanto, é de salientar que o concerto mais brutal que vi foi o de Kendrick Lamar na Accor Arena, em Paris, e para o ano em vai estar no Porto, por isso aproveitem, pois vale cada cêntimo.

Sem mais a acrescentar, vou mergulhar na seleção das 100 melhores músicas deste ano. E acreditem, vai ser bom!

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