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NBA 2K23 celebra as Lendas com um jogo que faz jus à grandeza de um dos maiores jogadores de sempre: Michael Jordan.

À semelhança de FIFA e outros jogos desportivos anuais, a 2K tem uma missão complicada com o jogo mais famoso da NBA. Sendo que o modo mais lucrativo é o MyTeam (equivalente ao Ultimate Team), que envolve milhões em microtransações, é normal que os jogadores sejam mais exigentes. Caso as melhorias a nível de jogabilidade/mecânicas de jogo não sejam notáveis, as críticas chovem, com legitimidade, visto que está mais dinheiro em jogo do que o jogo custa.

Depois da versão do ano passado ter introduzido a cidade para substituir o bairro, no MyCareer, um pouco por polir, este ano há uma otimização necessária e bem sucedida. Para além das melhorias no MyCareer, há dois modos que fazem este jogo valer muito a pena: MyNBA Eras e Jordan Challenge. Tecnicamente falando, ainda que a nível gráfico não se note grandes diferenças, a nível de mecânicas de jogo há melhorias. Onde também houve melhorias foi nas animações da arena em dia de jogo.

O MyTeam é um modo que nunca explorei muito porque não gosto do modelo de jogo. Este ano dei uma vista de olhos e até joguei um bom punhado de horas para perceber que, apesar dos desafios single player serem divertidos e originais, não é para mim. Este modo é para jogadores mais dedicados que querem e podem dedicar muito tempo útil a este jogo, não sendo, de todo, o meu caso. Ainda assim, confesso que, como colecionador de cromos de longa data, vejo o fascínio em juntar dinheiro para packs e depois abri-los. No entanto, dinheiro do meu bolso é algo que nunca vou meter no jogo para alimentar este modo porque, como disse acima, não sou um jogador tão dedicado. Para esses, vão gostar de saber que foram eliminados os contratos nesta nova versão do jogo.

No MyCareer, o maior elogio vai para a cidade e tudo o que a envolve. Este ano, o layout foi alterado, foram adicionados pontos de interesse e muitas missões interessantes para progredir na carreira em vários aspetos e construir um império fora de campo, enquanto há evolução dentro dela. Este ano, a cidade é mais organizada, intuitiva, personalizada e agradável. Para quem não tem muito paciência para fazer sidequests, vai gostar de saber que os edifícios chave para fazer uma carreira focada no tempo útil de jogo dentro de campo ficam todos localizados num diâmetro de 50 metros. Outra coisa que melhorou bastante, a meu ver, e que ajuda a tornar a experiência mais agradável e fluida, são os tempos de carregamento.

Ainda dentro dos novos modos de jogo de NBA 2K23, é possível explorar o MyNBA ERAS, cuja base de funcionamento é a mesma dos jogos anteriores, mas com as particularidade de ser possível escolher uma “era” de quatro opções: The Magic vs Bird Era; The Jordan Era; The Kobe Era; The Modern Era.

Em The Magic vs Bird Era, o arranque dá-se em 1983 e o desafio passa por conseguir captar o talento emergente de Michael Jordan. Na The Jordan Era, que começa em 1991, serve para confirmar se o 3-peat acontece e quem consegue assegurar o poderoso Shaquille O’Neal. Já na The Kobe Era, que começa em 2002, fica a dúvida do ar de entre Lebron James, Carmelo Anthony, Dwyane Wade e Chris Bosh, quem vai conseguir juntar-se à equipa ideal e vingar mais rápido. Por fim, a The Modern Era permite-vos começar no ano presente e escrever o futuro. A escolha é vossa, reviver e reescrever o passado ou abraçar o futuro.

O outro modo de jogo chama-se Jordan Challenge e é um modo cinemático que celebra um dos jogadores mais competitivos a passar pela NBA, revisitando os pontos chaves da sua carreira. Soa bastante a The Last Dance, passando por várias fases da sua vida, desde o basquetebol universitário até ao segundo three-peat. No início de cada um, há o testemunho de um dos jogadores presentes nesses momentos e, depois disso, entram em campo para o recriar, tenho em conta o desafio por jogo. Ao cumprir os desafios, podem ganhar entre 1 e 3 estrelas. Há 45 possíveis, conseguindo 40 dessas, desbloqueiam conteúdo para o MyCareer e MyTeam (em que este vale muito a pena!).

Falando de um panorama mais prático, diria que os gráficos não melhoraram consideravelmente, mas há muitas animações novas que ajudam a proporcionar uma experiência mais fiel ao que é a NBA. Desde a entrada em campo para o aquecimento no MyCareer, ao modo cinemático do The Jordan Challenge, cujo recebeu um filtro de câmara para fazer quem está a jogar sentir que está mesmo nos anos 80/90 (não se preocupem que é possível desligar no menu pausa). O leque de mecânicas introduzidas também aumentou e, este ano, foi dado mais poder ao estilo de jogo em que se ataca o cesto, para combater o desequilíbrio que se verificou no jogo anterior, que se baseava mais no perímetro.

Dentro das mecânicas por detrás disto, mais concretamente, foi melhorado o pro-stick e agora são permitidos mais movimentos com os “double-throws” e os “switchbacks”, que através do uso repetidos de movimentos no analógico, permitem uma panóplia de novos lançamentos e controlo de bola. Com o uso do analógico, agora também é possível controlar as formas de agarrar o cesto durante o afundanço. Estes dois, para mim, são os mais interessantes, mas existe uma série de novidades neste campo que, caso queiram aprofundar o vosso conhecimento neste jogo, vos vão deixar de mãos cheias, metafórica e literalmente, porque o tempo que vão passar agarrados ao comando vai aumentar exponencialmente.

Defensivamente também houve melhorias, principalmente na hora de contestar a bola, que agora é feita com mais precisão e, por sua vez, justiça. Existe também agora uma barra debaixo de quem está a atacar que indica com um esquema de cores, dividido em três secções onde ele pode atacar – a verde se puder ser feito com sucesso, a vermelho caso o insucesso seja certo. Os bloqueios foi uma das melhorias que mais me agradou, pois não só fazem mais sentido os timings, como há uma diversidade maior de tipo de bloqueios adoptados à posição dos dois jogadores, nos quais estão incluídos os bloqueios “fly-by” para “contra-por” o upgrade que foi dado aos afundanços.

Outras áreas que sofreram melhorias, mas que para mim são mais secundárias, foi o sistema de crachás, que atualmente obriga a escolhas mais difíceis; o Team Takeover foi redesenhado, que agora inclui a equipa toda na barra de progresso e ativa também para a equipa toda; e o gameplay da IA também sofreu melhoria, que faz com que o jogo deste ano se aproxime mais das decisões estratégicas que se verificam na NBA, mediante as performances de determinados jogadores.

Posso dizer que já não estava tão entusiasmado por um jogo NBA 2K desde o de 2015. Há novidades que melhoram, em muito, a experiência de quem gosta de jogar offline, mas sobretudo de quem gosta do basquetebol como desporto. O modo cinemático do Jordan foi bem pensado, funcionando lindamente, e juntar várias eras ao MyNBA também foi bem pensado, conferindo um experiência direcionada para todas as gerações de jogadores.

No entanto, diria que só devem comprar este jogo se tiverem tempo para o jogar, porque todos os modos fantásticos e novidades de gameplay exigem tempo e dedicação.

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Cópia para análise (versão PlayStation 5) cedida pela Capital Games.

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