Contrariamente ao que vários meios de comunicação referiram hoje, alegando que a GSMA ia avançar com a realização do Mobile World Congress (MWC), tal não corresponde à verdade. Até porque agora é oficial: o evento está oficialmente cancelado. A culpa é, claro, do coronavírus.
Em comunicado oficial, John Hoffman, CEO da GSM Association, referiu que o surto tornou impossível a realização do certame. Sabe-se que esta sexta-feira estava previsto que a organização do evento se reunisse para discutir a situação atual da realização ou não do evento, mas, agora que o MWC foi oficialmente cancelado, tal já não deverá acontecer.
Esta decisão não é propriamente surpreendente. Após as desistências da A10 Networks, Accedian, Amazon, Amdocs, AppsFlyer, ARCEP, France’s FCC, AT&T, Ciena, Cisco, CommScope, Dali Wireless, Deutsche Telekom, Ericsson, F5 Networks, Facebook, Gigaset, iconectiv, Intel, InterDigital, Interop Technologies, KMW Communications, LG, McAfee, MediaTek, Nokia, NTT Docomo, Nvidia, Orange, Radwin, Rakuten Mobile, Royole Corporation, Sony, Spirent, Sprint, Ulefone, Umidigi, Viber, Vivo, Vodafone e Volvo, entre outras, tornava-se difícil justificar a realização do certame.
Outras marcas, como é o caso da TLC, já tinham cancelado a respetiva conferência de imprensa, porém o plano passava por manter o stand da feira em funcionamento. Até à data, marcas como a Samsung, Huawei, Oppo, Xiaomi, Realme e Motorola não tinham dito que não ao Mobile World Congress.
A organização esperava que o MWC, que deveria acontecer entre 24 e 27 de fevereiro, atraísse cerca de 100 mil visitantes de 200 países e gerasse cerca de 14 mil empregos temporários na cidade espanhola de Barcelona. Os prejuízos só entre os participantes ultrapassam os 500 milhões de euros.
Até agora, e segundo números da Comissão Nacional de Saúde chinesa, estão confirmados 44.653 casos do novo conoravírus. O surto já matou 1.113 pessoas na China.
