Street food asiática, feita à mão, para partilhar.
Quem vive em Lisboa e já se tenha deslocado para os lados do Príncipe Real, mas apenas depois de ter saído na estação de Metro do Rato, é bem provável que, indo a pé, já se tenha deparado por um pequeníssimo espaço, mas onde tudo é feito com muito carinho. Sim, falamos do restaurante asiático Madam Bō, que tem novidades para apresentar.
Aquele que é considerado o primeiro restaurante em Lisboa com o conceito de dumplings asiáticos reabriu portas no passado mês de fevereiro, em regime de soft opening. Entretanto já a funcionar em modo “normal”, a razão do fecho do Madam Bō durante algum tempo deve-se ao facto de o restaurante ter efetuado obras no seu interior.
Se, antes, apenas sentava 12 pessoas, agora senta 24. O dobro. A razão? É que agora, em redor do balcão, também há seis lugares disponíveis. Depois mais uma mesa et voilà, chegou-se ao número mágico.
Ainda em relação ao interior do restaurante, foi produzido por artesãos portugueses para não perder o toque nacional, mais especificamente a loiça, as mesas e os balcões. As paredes estão cobertas por azulejos encarnados, que contrastam com a madeira clara dos adereços e os acessórios, com um tom mais escuro para rematar.
E de facto, quando visitámos o espaço, tivemos oportunidade de perceber isso mesmo. Mas há um problema: a playlist musical em nada condiz com o conceito. Não temos problema em dizer que as músicas que ouvimos durante o nosso almoço eram, efetivamente, terríveis. Sugerimos algo mais calmo, a pender para o jazz, ou algum rock ligeiro. Hip Hop e rap de qualidade duvidosa é que não.
Felizmente, esta situação é algo esquecível graças ao menu apresentado. É simples e vai direto ao assunto, embora conte agora com novidades além dos dumplings.
Essas novidades passam pelos Bao de Porco e Kimchi e Bao de Cogumelos Shitake, mas que chegam à mesa com uma apresentação diferente. Quem já devorou um Bao noutro qualquer restaurante, saberá que este pão, cozido a vapor, é servido ao cliente como se de uma espécie de taco se tratasse, uma vez que é aberto ao meio, e deixando-nos ver o seu “recheio”. No caso das opções apresentadas pela Madam Bō, os Baos são servidos “espalmados”, como se tivessem sido unidos. O sabor está lá, atenção – somente achámos esta apresentação fora do normal.
Há mais novidades para breve, como é o caso dos Wontons, que são folhas muito finas de uma massa de farinha de trigo e ovos, e duas saladas: a de Beringela e a Salada Fria de Frango Picante. Não as conseguimos provar, pelo que teremos de voltar ao espaço em breve.
Mas foi já com uma Taça de arroz ao vapor na mesa que nos chegaram à mesa todos os dumplings: camarão & coentros, frango & shitake, porco & sichuan, novilho & hoisin e vegetariano (legumes e tofu). São sempre servidos em 3 unidades, todos eles feitos à mão. Se são bons? São pois, e o difícil é mesmo resistir a mandar vir uma segunda e terceira rodada.
A acompanhar, três novos cocktails, todos eles uma novidade da Madam Bō: Ice Spice, Madame Bo’s Mule (inspirado no Moscow Mule, pois claro) e Jaden T. Normalmente desconfiamos de cocktails que são preparados em apenas um ou dois minutos, mas o desafio foi superado. Deste trio, destacou-se o Ice Spice, perfeito para dias de muito calor.
A terminar em beleza, as sobremesas. A Matcha Mousse é daquelas que se estranha, mas depois entranha, e o Chocolate Bao… bom, é como se fosse o Bao do início da refeição, mas desta vez com chocolate gostoso no meio. Gostámos!
Foi um almoço muito rápido, o que mostra que na Madam Bō é sempre a andar. E nos minutos em que lá estivemos, os lugares livres foram sendo ocupados principalmente por turistas, mas não só, o que demonstra que este é um conceito que funciona nesta Lisboa tão cosmopolita.
Localizada na Rua Maestro de Pedro Freitas Branco 26B, a Madam Bō está a funcionar todos os dias, das 12h às 14h30 e das 19h às 22h. Para reservas, podem ir ao site oficial ou ligar para o 213950231. Caso vivam em Lisboa, e relativamente perto, podem ainda receber os vários pratos em casa via entrega ao domicilio.
