Lisboa deve receber 320 navios de cruzeiro até ao final do ano

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É, inclusive, um número superior a 2019. Mas deverá registar-se uma quebra nos passageiros.

320 navios de cruzeiros vão passar este ano pelo Terminal de Cruzeiros, em Santa Apolónia, em Lisboa. É quase o triplo que em 2017 e mais 10 que em 2019. Este é um número indicado pela Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros (CLIA), que espera conseguir “eliminar todas as emissões nos portos” de escala na Europa até 2030, disse a diretora da CLIA para a Europa, Marie-Caroline Laurent, à Lusa.

Na verdade, e de acordo com um estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente, divulgado em 2019, Lisboa já ocupava, em 2017, o sexto lugar entre as cidades europeias mais expostas à poluição dos navios de cruzeiro. Na prática, os navios que passaram pela capital portuguesa libertaram bem mais óxidos de enxofre que os automóveis que circulam diariamente na cidade.

Presentemente, as companhias têm vindo a trabalhar em navios mais amigos do ambiente. É o caso do MSC World Europa, que será o primeiro navio movido a LNG da frota da MSC Cruzeiros e o mais avançado a nível ambiental até hoje. O combustível que utiliza, o gás natural liquefeito (LNG), é um dos combustíveis marítimos mais limpos do mundo disponíveis e deve desempenhar um papel fundamental na descarbonização (ou transição para zero emissões) do transporte marítimo internacional. Ele praticamente elimina as emissões locais de poluentes atmosféricos, como óxidos de enxofre, e reduz os óxidos de nitrogénio em até 85%.

O mesmo acontece com o Valiant Lady, da Virgin Voyages, que passou por março por Lisboa, que conta com um sistema depurador para gestão de resíduos de dióxido de enxofre.

Porém, e se o número de navios de cruzeiros a passar por Lisboa cresce, o contrário acontece com o número de passageiros, que se estima ser de 450 mil este ano. Um decréscimo de 50 mil, face aos 500 mil registados em 2019. Porém, e para Marie-Caroline Laurent, a meta é voltar aos valores de 2019 até ao final de 2022, uma vez que “há cada vez mais portugueses interessados em fazerem cruzeiros”.

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