Fórmula 1 – Grande Prémio do Canadá dá vitória 100 à Red Bull

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A este ritmo, a Red Bull vai acabar o Campeonato do Mundo de 2023 com 114 vitórias. Para além da vitória 100 para a equipa, Max Verstappen igualou também o número de vitórias de Ayrton Senna (41) ao vencer o Grande Prémio do Canadá liderando da primeira à última volta. No entanto, equipas como a Mercedes e a Aston Martin aparentam estar mais próximas do único Red Bull que parece ter velocidade para estar na frente.

Antes da corrida de domingo, Fernando Alonso já tinha dito que o Red Bull de Max Verstappen não ia ter uma vantagem de 20 segundos no fim do Grande Prémio. A Aston Martin, pelo menos um dos carros, estava pronta para dar um pouco mais de trabalho ao piloto holandês. Do outro lado, tinha a motivação de Barcelona, mas também a pressão de mostrar que o carro estava, de facto, melhor, e que o que se passou em Espanha era para continuar. No fim do Grande Prémio do Canadá, Max Verstappen continuou a ganhar, mas o Aston de Alonso estava mais perto do que normal, e a Mercedes mostrou que os upgrades feitos ao carro foram, finalmente, o começar a andar na direção certa.

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Crédito: Formula1.com

Fórmula 1

Começar por dar um pequeno destaque à Mercedes e à Aston Martin (pelo menos Fernando Alonso) por estarem a conseguir aproximar-se da Red Bull. Mesmo que o ritmo de aproximação não seja suficiente, é bom ver que os upgrades feitos aos carros começam a dar frutos e que, muito provavelmente, nos vão dar corridas bastante interessantes daqui até ao fim do campeonato.

Mas o rei, o Senhor piloto, o mestre de ontem, foi Alexander Albon, até porque a Williams não começou bem. Ainda não estávamos na volta 10 do Grande Prémio quando o carro de Logan Sargeant teve problemas mecânicos e a equipa pediu ao piloto norte-americano para parar o carro imediatamente. Com apenas um carro, o de Alex Albon, a estratégia tinha que ser bem pensada para conseguir, pelo menos, ficar nos pontos. Alex, que começou em P9, sabia o que estava a fazer e, assim que viu o Red Bull de Sergio Pérez a aproximar-se, pouco tentou defender, pois sabia que a luta dele não estava ali. No entanto, quando foi a vez de carros como de Valtteri Bottas ou o de Esteban Ocon, a conversa já foi outra: com uma gestão de pneus impressionante e uma defesa eficaz, o piloto tailandês conseguiu controlar os carros que o seguiam, de DRS aberto nas retas, na tentativa de conquistar mais pontos.

Se Albon consegue, com este Williams, conquistar uma fantástica P7, imaginem o que é que conseguirá fazer se o carro da Williams, se a equipa até, receber investimento que ajude a melhorar, por exemplo, aquele floor que mais parece uma prancha. Albon + investimento + conhecimento estratégico de James Vowles podem muito bem trazer a Williams até ao midfield.

Fórmula 1.5

Podia falar de tanta equipa ou piloto (Olá McLaren, Sergio Pérez ou Lance Stroll estou a olhar para vocês). Mas vou-me focar na Ferrari. Como é que é possível uma das equipas de topo, com um dos melhores carros na grid, não conseguir melhor que um P4 e P5. Como? E bem sei que, se existirem mais carros no topo, os lugares do pódio não chegam para todos, mas o problema nem é esse. O problema é que a Ferrari nem sequer esteve na luta pelas posições do pódio, parecia que estavam contentes ali, a lutar por uma P4 e P5, mas sem lutar, na verdade, porque mesmo dentro da equipa as ordens eram claras: Carlos Sainz Jr. não podia atacar Charles Leclerc… mesmo que o espanhol estivesse mais rápido.

Carlos Sainz conseguiu passar Russell no Campeonato do Mundo de pilotos, mas apenas porque o britânico não concluiu a corrida após ter que retirar o carro como consequência de um embate contra um dos muros do circuito. O problema é que mesmo estas pequenas “vitórias” só acontecem porque os adversários ajudam…

A sorte da Ferrari é que Sergio Pérez aparenta estar a trabalhar como agente de Daniel Ricciardo. O atual nº 2 da Red Bull está esforçar-se ao máximo para conseguir dar ao piloto australiano um lugar na Red Bull… quem sabe antes de acabar a temporada.

Olhando de fora para a Scuderia, parece que estão a proteger um piloto extremamente sobrevalorizado e a deixar para trás alguém com garra suficiente para lutar pelos lugares da frente. A Ferrari precisa de mudar – o problema não era, apenas, Mattia Binotto.

Oh ferrari, che sciocco.

Andar de Kart ao domingo

A semana passada deixei passar, mas esta semana não consigo. Como é que Nico Hulkenberg tem velocidade suficiente para conseguir uma P2 em qualificação (começou em P5 depois de penalização), mas depois em corrida o Haas parece um bom carro para lavrar? Guenther Steiner tem que perceber que a qualificação, ou até a fama de Drive to Survive, não dão pontos e que a equipa norte-americana precisa urgentemente de trabalhar num carro mais equilibrado que consiga lutar por lugares de topo na Q2 e que, depois, consiga usar essas posições para fazer uma boa corrida e acabar nos pontos, pelo menos de vez em quando.

Hulkenberg começou em P5, acabou em P15. Kevin Magnussen começou em P13, acabou em P16. Isto não é sustentável. Gene Haas começa a ver a sua equipa numa boa posição para ser ultrapassada pela Williams no campeonato de construtores e, de certeza, que não está feliz com a situação.

Bem sei que o investimento, e tamanho da equipa, é menor quando comparado com outras equipas no midfield, mas os resultados inconsistentes fazem com que a desilusão seja maior, ao mesmo tempo que mostram que algo não está bem dentro da equipa.

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 10 por pilotos

PosiçãoPilotoEquipaPontos
1Max VerstappenRed Bull Racing RBPT195
2Sergio Pérez Red Bull Racing RBPT126
3Fernando AlonsoAston Martin Aramco Mercedes117
4Lewis HamiltonMercedes102
5Carlos SainzFerrari68
6George Russell Mercedes65
7Charles LeclercFerrari54
8Lance StrollAston Martin Aramco Mercedes37
9Esteban OconAlpine Renault29
10Pierre GaslyAlpine Renault15

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 5 por equipas

PosiçãoEquipaPontos
1Red Bull Racing RBPT321
2Mercedes167
3Aston Martin Aramco Mercedes154
4Ferrari122
5Alpine Renault44
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