Fórmula 1 – Grande Prémio de Espanha com o regresso da Mercedes

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Não é novidade para ninguém que a Mercedes não tem apresentado o desempenho ao qual habituou os fãs durante uma boa parte da era híbrida da Fórmula 1, com a Red Bull a chegar-se à frente e, este ano principalmente, a apresentar um carro que está a anos-luz de toda a competição. No entanto, depois do cancelamento de Imola e de um Mónaco que não deixa perceber como é que os upgrades aos carros estão a funcionar, a Mercedes finalmente conseguiu mostrar aquele que é o “novo” carro para a temporada durante o Grande Prémio de Espanha e o resultado foi surpreendente, com Lewis Hamilton a conseguir P2 e George Russell P3 após ter começado em P12. Max Verstappen, como habitual, venceu a corrida.

Se a Mercedes surpreendeu com as atualizações que trouxe ao seu carro e se o carro de Max Verstappen voltou a estar uma categoria à parte, equipas como a Ferrari e a Aston Martin acabaram por surpreender também, mas pela negativa: numa corrida em que se esperava ter pelo menos um piloto espanhol no pódio, ambas as equipas acabaram por estar longe das posições que queriam. Com os carros a não responderem bem ao reformulado circuito de Barcelona, Carlos Sainz terminou em P5 e Fernando Alonso não passou de P7 depois de ter dito à equipa que não ia ultrapassar o seu colega de equipa nas últimas voltas do Grande Prémio de Espanha.

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Crédito: Formula1.com

Fórmula 1

Sim, o Red Bull de Max Verstappen, mas passemos à frente. Depois de deixarem escapar o campeonato do mundo de pilotos na última corrida de 2021, mas a continuarem a ter o campeonato do mundo de construtores, a Mercedes nunca mais foi a mesma. Em 2022 nem campeonato de pilotos, nem construtores, com a Red Bull a dominar em ambos os campos. 2023 começou da mesma forma, com uma Red Bull super-humana e uma Mercedes a lutar para conseguir acabar com carros no top 5, agora pressionados também pela Aston Martin.

Os upgrades estavam prontos para Imola e chegaram, pela primeira vez, no Grande Prémio do Mónaco. No entanto, foi durante o Grande Prémio de Espanha que ficaram, verdadeiramente, visíveis. Se durante a qualificação nem tudo pereceu perfeito – com Lewis a começar a corrida em P4 (Gasly contou com duas penalizações de 3 posições cada) e Russell em P12 -, a verdade é que o carro se portou lindamente e os pilotos responderam ao mesmo nível tendo Russell acabado em P3 e Lewis Hamilton em P2.

Ainda lentos para o Red Bull de Max Verstappen, ambos os Mercedes mostraram-se mais rápidos (mesmo em reta) que os Ferraris e os Aston Martin pela primeira vez esta época. Um excelente desempenho de uma equipa que, para lutar por vitórias, ainda tem que conseguir descobrir mais de 0.300s por volta e esperar que a Red Bull não consiga meter o seu carro ainda mais rápido.

Espero, ansiosamente, pelo Grande Prémio do Canadá para perceber se, de facto, a Mercedes voltou à luta por pódios agora que conseguiu ultrapassar a Aston Martin e está em 2º no campeonato do mundo de construtores.

Ah, mais uma vez um obrigado ao desportivismo de Fernando Alonso e à sua preocupação para com a equipa que representa.

Fórmula 1.5

Podia ser todos os 19 pilotos atrás de Max Verstappen, mas não. Aqui gostava de dar destaque à Alpine que conseguiu meter dois carros nos pontos (numa época em que 8 dos lugares estão normalmente ocupados por Red Bull, Aston Martin, Ferrari e Mercedes), mas também à Alfa Romeo que conseguiu nas últimas três corridas pontuar e está agora com os mesmos pontos que a Haas no campeonato.

Lance Stroll, com o seu Aston Martin, conseguiu também o resultado que tanto precisava. O piloto canadiano conseguiu voltar aos pontos tendo acabado em P6, isto depois de não ter conseguido pontuar nos últimos dos GPs. Lance precisa agora de manter o foco e conseguir dar à equipa resultados consistentes.

Andar de Kart ao domingo

Ferrari. Ferrari. Ferrari. É impressionante como é que uma equipa que o ano passado andou, por um bom pedaço da época, a lutar pelo campeonato e com esperanças até de ganhar o título de pilotos consegue agora ter fins de semana em que o resultado é ter apenas um carro nos pontos e numa posição onde não quer estar: P3.

Carlos Sainz partiu em P2 para a corrida, mas não teve velocidade suficiente para se defender dos dois Mercedes e do Red Bull de Sergio Pérez, tendo acabado numa posição que apenas lhe dá 10 pontos. Já Charles Leclerc conseguiu um tempo de qualificação que apenas lhe serviu para separar os Williams na parte de trás da grelha. Partiu da Pit Lane depois de precisar de substituir peças no carro e não conseguiu melhor que uma P11.

Só deixar a nota: A Ferrari tem 100 pontos para dividir entre os seus dois pilotos. Fernando Alonso, sozinho, está apenas a um ponto da Ferrari.

Destaque, pela negativa, também para os carros da AlphaTauri e da McLaren. Bem percebo que nem todos podem pontuar, mas têm pelo menos que estar mais perto. A AlphaTauri ainda só conseguiu somar dois pontos e a McLaren teve um carro a partir em P3 e outro em P9, mas a velocidade em qualificação não se transformou em desempenho de corrida e ficaram ambos fora dos pontos. A maior desilusão foi Lando Norris (P3), que ao julgar mal o espaço que tinha em pista acabou por bater na traseira do carro de Lewis Hamilton e teve que parar para trocar de asa logo no fim da primeira volta. Uma pena.

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 10 por pilotos

PosiçãoPilotoEquipaPontos
1Max VerstappenRed Bull Racing RBPT170
2Sergio Pérez Red Bull Racing RBPT117
3Fernando AlonsoAston Martin Aramco Mercedes99
4Lewis HamiltonMercedes87
5George RussellMercedes65
6Carlos SainzFerrari58
7Charles LeclercFerrari42
8Lance StrollAston Martin Aramco Mercedes35
9Esteban OconAlpine Renault25
10Pierre GaslyAlpine Renault15

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 5 por equipas

PosiçãoEquipaPontos
1Red Bull Racing RBPT287
2Mercedes152
3Aston Martin Aramco Mercedes134
4Ferrari100
5Alpine Renault40
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