Pumpkin Jack – O Cabeça de Abóbora salta de plataformas na nova geração

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As plataformas e o horror estão novamente de regresso para a estreia de Pumpkin Jack nas novas consolas com um jogo mais polido.

Parece que temos um novo ritual de Halloween. Depois do lançamento no PC e nas consolas da geração passada, Pumpkin Jack recusa-se a morrer. O jogo de plataformas, produzido por Nicolas Meyssonnier, marca uma vez mais presença no Dia das Bruxas, mas não traz consigo uma sequela ou uma expansão da experiência original, antes um relançamento para as atuais consolas de última geração. Não existem novidades, novas funcionalidades ou mecânicas, mas sim um limar do desempenho e uma maior fluidez geral, culminando em tempos de carregamento quase inexistentes e numa experiência muito mais rápida e coesa do que vimos anteriormente.

A minha experiência com Pumpkin Jack resume-se à sua estreia no PC, ainda durante 2020, e pouco mais. Devo admitir que não o terminei, muito devido à estrutura linear dos níveis – que se desdobram entre sequências de plataformas, de combate e de pequenos puzzles –, mas também pela ausência de desafios interessantes e de uma falta de cuidado adicional nos controlos, que aqui pareciam criar um pequeno atraso nos tempos de resposta e na fluidez dos movimentos da personagem titular. Senti que algo não estava a funcionar, uma verdadeira deceção, especialmente por querer reviver este lado clássico e nostálgicos dos títulos de plataformas, onde é impossível não relembrar-nos de jogos como MediEvil.

Talvez seja um efeito placebo, mas senti que Pumpkin Jack ficou muito mais sólido e fácil de controlar com a passagem para as novas consolas. Os tempos de carregamento cortaram as longas esperas entre níveis e a campanha ficou ligeiramente mais fluída entre as suas sequências. Com estes retoques técnicos, vi-me a apreciar mais a linearidade e a focar-me na descoberta de colecionáveis – personificados pelas caveiras dos corvos e de gramofones, que, por sua vez, possibilitam a aquisição de novos fatos –, com os seis níveis a oferecerem regularmente desafios únicos, como sequências de carrinhos de minas e corridas contra fantasmas. É uma fórmula muito clássica, mas consigo ver finalmente o que levou tantos jogadores a apreciarem o mundo de Pumpkin Jack, com a jogabilidade a não conseguir surpreender, mas mantendo-se suficientemente sólida do princípio ao fim, seja nos saltos pouco desafiantes ou nos combates por rondas contra bosses pouco imaginativos.

Mas o que continua a não me convencer é o combate. Há qualquer coisa na sua simplicidade que me leva a concluir que seria muito mais satisfatório se não existissem quaisquer confrontos ao longo da campanha. Talvez esteja a exagerar, mas Pumpkin Jack oferece várias armas, como uma espingarda e uma foice, incluindo o seu corvo companheiro – que pode atacar inimigos e objetos ao longe –, mas faz pouco com elas. As armas têm praticamente as mesmas combinações e utilizações em combate, alterando ligeiramente o ritmo dos seus golpes e pouco mais. Sinto que é uma oportunidade perdida e Nicolas podia ter utilizado estes recursos em mais sequências de puzzles, onde controlamos Jack em formato abobora com tentáculos, ou então para injetar ainda mais momentos de destaque aos níveis.

Mas Pumpkin Jack consegue ser divertido. Não é um supra-sumo do género e não é a sua revitalização, mantendo-se confortavelmente nostálgico e tradicional, seja na sua direção de arte ou no design dos seus seis níveis. Continuo a não ser o seu maior fã, mas compreendo melhor a popularidade que ganhou ao longo deste ano, especialmente para um projeto de paixão, criado por apenas uma pessoa e ao longo de vários anos. Podia ser mais, podia ser tudo, mas é divertido e perfeito para aqueles que procuram um jogo com a temática de Halloween sem cair necessariamente no horror e na tensão que geralmente associamos à época.

Cópia para análise (PlayStation) cedida pela Plan of Attack

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