MLB The Show 22 – Continua a ser o melhor simulador de basebol, mas pouco melhorou

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MLB The Show 22 não falha em nada em comparação com o capítulo anterior, nem piorou em nada, mas também não houve melhorias notáveis.

Se há coisa em MLB The Show que não falha é a elaboração da imagem do jogo, na hora de escolher o jogador para a “capa”. Desta vez conta com Shohei Ohtani, a estrela japonesa emergente que, aos 26 anos, começou a tornar-se num caso sério na MLB. Sendo oriundo do Japão, existe toda uma ética de trabalho por detrás da consistência que o direcionou rumo ao sucesso. Claro que os responsáveis de MLB The Show 22 aproveitaram isso (e bem) para montar o vídeo de abertura do jogo, que consegue trazer tanto ou mais hype que o do ano passado (com Fernando Tatis Jr.), mesmo que os jogadores sejam oposto extremos.

No que toca a modos de jogo, continua quase tudo igual neste novo capítulo, o que não é mau, porque há variedade para todos os gostos, mas também não é particularmente bom, sendo particularmente percetível quando as coisas não são polidas. Com a exceção do modo co-op online, que ainda precisa de ser trabalhado, este jogo não tem nada de novo nos modos já existentes. Para quem está a pensar comprar o jogo pela primeira vez, March To October e Road To The Show são os melhores modos para começar a jogar, caso não estejam muito por dentro do baseball enquanto desporto e a MLB enquanto organização. Com o tempo, a Diamond Dynasty e o modo Franchise vão acabar por “crescer em vocês”.

Em relação à dificuldade de adaptação e exigência de jogo, se nunca tiverem jogado, sugiro que invistam forte no Custom Practice para começar a ganhar tato. Lá podem testar todas as mecânicas de jogo com calma e escolher os métodos de pitching, batting e fielding com que melhor se entenderem – tenho a dizer que são vários e muito distintos. É certo que esses métodos também vos são apresentados mal entram no jogo, mas por desconhecimento e entusiasmo em saltar para o campo, há a tendência em tomar decisões aleatórias sem tomar muita atenção. Acreditem que é fundamental olhar para os métodos existentes com olhos de ver. O meu conselho é que levem o tempo que precisarem e, na hora de escolher método a usar, tenham em conta o que mais vos satisfizer e se adaptar à vossa preferência de jogo.

Pessoalmente, este é o segundo ano que jogo MLB The Show e continuo a achar incrível a variedade de métodos disponibilizados para escolha, dando para todos os gostos. Para contrariar um pouco a experiência do ano passado, selecionei métodos diferentes, mas ao fim de algumas horas de jogo, cheguei à conclusão que o Pulse e o Analog, para pitching e batting, respetivamente, são os que melhor se enquadram com o meu estilo de jogo.

Nesta edição, a melhoria mais notável que me saltou à vista foi mesmo a aproximação dos gráficos à margem que as consolas de nova geração oferecem, ainda que continue um bocado atrás de outros jogos desportivos, como FIFA (EA) ou NBA (2K). O que torna esta discrepância gráfica mais notável é mesmo o trabalho de saturação de cor e contraste. Somando alguns bugs visuais nas animações, fica uma sensação de falta de preocupação em revolucionar o realismo do jogo. O ponto positivo é que trabalhando isto, o contacto dos jogadores com o chão e a resposta do “campo” à interação com os jogadores (poeiras, nomeadamente), tenho a certeza absoluta que este jogo vai dar o salto.

Este ano existe compatibilidade com a Nintendo Switch, o que é bom, pois vem adensar a utilidade do crossplay e permitir mais competição. Acaba também por ser um mimo para os aficionados, que vão poder levar o basebol para todo o lado e jogar onde bem lhes apetecer. Não posso, no entanto, dar o meu parecer sobre a qualidade do jogo para essa consola, porque testei a versão da PS5.

Fora isto, diria que está tudo igual. Como já referi, não é algo mau, pois este é o melhor simulador de Basebol que vão encontrar no mercado e, a meu ver, consegue captar a essência do desporto com distinção. Foi MLB The Show que me fez começar a apreciar o Basebol e na época que passou acabei por assistir a alguns jogos, inclusive ao All-Star Game e ao Home Run Derby.

No entanto, se compraram a versão anterior, não vejo grande motivo para investir em MLB The Show 22, a não ser que sejam colecionadores da versão física, gostem mesmo de basebol, queiram experimentar o co-op online ou queiram um update de roosters e classificações de jogadores.

Cópia para análise (versão PlayStation 5) cedida pela PlayStation Portugal.

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