Análise – Maono AU-MH601

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A Maono apresenta-nos mais uma opção da sua linha de auscultadores que, infelizmente, pouco faz para se destacar no mercado.

Depois da experiência muito positiva com o PD400X, chega-nos a oportunidade de testar a gama de auscultadores da Maono, que continua a posicionar-se em Portugal como uma marca que procura alinhar os mercados profissionais e casuais para uma maior variedade de utilizadores. Os AU-MH601 são isso mesmo: auscultadores versáteis, de acabamento robusto e com uma conetividade que os tornam numa opção consistente para aqueles que procuram algo acessível, seja um novo modelo para os videojogos ou sessões de música, mas também para os músicos e curiosos que fazem da produção musical a sua carreira profissional. No entanto, os AU-MH601 acabam por ser mestres de nenhuma dessas opções.

Os Maono AU-MH601 apresentam um modelo dinâmico, closed-back, com um raio de frequência entre 20Hz-20kHZ, que os tornam automaticamente em auscultadores que não se focam apenas num tipo de utilização. No que toca às suas especificações, a impedância acústica está nos 32 ohms, a sensibilidade chega aos 105 db em 1mW e o máximo de input que ronda os 100mW – que a Maono descreve como alta definição nos seus materiais promocionais. A verdade é que os AU-MH601 são muito competentes, especialmente se tivermos em conta o preço (menos de 50€ atualmente), sendo que a definição é muito consistente entre testes, apresentando graves definidos e um som mais suave, ainda que lhes faltem a textura e clareza de modelos puramente profissionais e que exigem um investimento mais avultado.

A versatilidade dos AU-MH601 não se fica apenas pelas especificações técnicas. Com uma headband robusta e reguladores de largura, que nos permitem ajustar os auscultadores a qualquer formato craniano, os AU-MH601 procuram estar à altura de qualquer tipo de utilização. No entanto, estas opções são, como podem depreender, incontornáveis num par destes, seja uma gama premium ou apenas casual – não se tratam de novidades ou funcionalidades únicas. A Maono demonstra a dupla-identidade do seu modelo através da rotatividade de cada phone, que podem ser girados até 180º. Esta é uma funcionalidade que escapará aos utilizadores mais casuais, mas que fará a diferença aos editores profissionais, que poderão, ao mínimo esforço, girar um dos phones para monitorizarem melhor a qualidade de som, como efeitos sonoros, correções e outros processos da gravação. Por outro lado, a rotatividade dos phones também ajuda na sua arrumação, bastando dobrá-los para que se tornem mais ergonómicos.

A Maono também incluiu um cabo de três metros que se torna bastante aceitável em utilização. É um cabo robusto, em espiral, o que significa que se molda de acordo com a vossa distância. E por falar em conetividade, os AU-MH601 trazem um mini-jack de 3.5mm (stereo), mas também um adaptador 6.35mm, demonstrando, uma vez mais, o quanto a Maono procurou injetar esta ideia de dupla-identidade num modelo que é maioritariamente acessível. Isto torna-se ainda mais claro quando percebemos que ambos os phones têm, de facto, entradas para ambos os tipos de mini-jack, com o lado esquerdo a apresentar uma entrada de 6.35mm e o direito a ficar-se pelos 3.5mm. Desta forma, este modelo é compatível com uma maior variedade de dispositivos e equipamentos, desde uma mesa de mistura, até ao monitor de um PC ou aos comandos das consolas. Aliás, até podem conectar os auscultadores a outro modelo e partilhar o som sem grandes perdas de qualidade.

Apesar dos seus pontos positivos, tenho um enorme problema com os AU-MH601. Penso que é um problema que irá variar de consumidor para consumidor, mas é o suficiente para me impossibilitar de recomendar esta aposta da Maono. Se a qualidade de som é sólida, ainda assim com menos definição do que pensava – algo que também poderá depender de utilizador para utilizador, visto que prefiro sons graves mais pronunciados -, o que incomoda mesmo é o seu conforto. Apesar da headband ajustável e da variedade de conetividade, a verdade é que os AU-MH601 tornam-se pesado, desconfortáveis e até dolorosos se os utilizarem durante várias horas. As esponjas dos phones não são muito suaves e o seu tamanho reduzido não combina, de todo, com o formato das minhas orelhas. Cheguei a um ponto em que não consigo utilizar estes auscultadores durante mais do que uma ou duas horas, até mesmo quando estou em trabalho, algo que não aconteceu com outros modelos. O material das esponjas também aquece a região em torno das orelhas, o que não ajuda nada. Talvez tenha sido um sacrifício premeditado no que toca ao conforto, visto que as esponjas conseguem, de facto, isolar muito bem o som.

Os Maono AU-MH601 demonstram a sua versatilidade em quase todas as suas funcionalidades, mas nunca conseguem assumir-se como obrigatórios, seja para o mercado profissional ou casual. A sua maior vantagem é a relação qualidade-preço, visto que chegou ao mercado com um preço convidativo e um número de opções que os colocam acima de vários modelos da mesma gama. No entanto, não são auscultadores confortáveis, seja para que tipo de utilização, e esse aspeto tornam os Maono AU-MH601 um produto peculiar.

Este dispositivo foi cedido para análise pela Maono.

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