Análise – Daemon X Machina

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No inicio de setembro, a Nintendo Switch recebeu Daemon X Machina, um jogo de ação direcionado aos fãs do género mecha.

Produzido pela Marvelous, que no inicio do ano nos trouxe Travis Strikes Again, Daemon X Machina é um jogo com missões de estrutura linear, que nos leva até a um mundo futurista, onde a humanidade está no limite da sua sobrevivência confrontada por uma guerra com máquinas inteligentes e fações terroristas, que surgiram depois da Lua ter explodido.

Esta premissa serve de base para um jogo com uma apresentação ao estilo de animes, que traz consigo todos os clichés do género, com um leque de personagens estereotipadas, uma arte muito animada e colorida, muito melodrama e uma narrativa aparentemente mais complicada e complexa do que aquilo que realmente é.

Também o jogo recorre a clichés do seu género, mas de forma mais equilibrada e com um toque até nostálgico. Podendo ser jogado a solo ou cooperativamente, via Nintendo Switch Online, Daemon X Machina tem uma progressão relativamente linear, onde saltamos de missão em missão, pelas várias partes do mundo, para investigar eventos e limpar essas áreas de inimigos. A história é contada via briefings animados, onde podemos ver o elenco de personagens a interagirem de forma básica, ou através de conversas de texto que inundam o ecrã antes e durante cada missão, ao ponto de se tornar tão enfadonho que o botão de skip é a solução.

Daemon X Machina

É claro, desde o início, que a história não é o forte nem a prioridade de Daemon X Machina, um jogo onde pilotamos, destruímos e roubamos armas e armaduras a um leque variado de robots e mechs. É, do início ao fim, um jogo sobre mechs (os Arsenals), com um grande foco na personalização e na captura de armamento, de pontos de experiência e de moedas para comprar melhorias ou investigar novas armas e armaduras, para além das que apanhamos.

Com a sua estrutura de missões, que permite e motiva à repetição de cada uma, vamos poder melhorar o nosso desempenho e colecionar todos estes elementos para usar no hangar, onde também podemos personalizar e melhorar as características da nossa personagem humana, que em algumas situações pode sair do seu Arsenal e lutar contra os inimigos.

A repetição de níveis e das áreas também serve de oportunidade de experimentação do nosso Arsenal e dos seus equipamentos, algo que também pode ser feito no modo de treino, mas com a vantagem de voltar a adquirir mais pontos moedas e outros equipamentos largados pelos Arsenals inimigos.

Com uma jogabilidade relativamente simplista e acessível, vamos saltar de nível em nível com objetivos um pouco semelhantes, seja em áreas abertas ou corredores por vezes labirínticos. Temos drones, tanques e robôs gigantes para abater e ainda outros Arsenals, que serão a nossa maior dor de cabeça.

Daemon X Machina

A simplicidade de jogo torna-se por vezes irritante, com um sistema de lock nos inimigos pouco eficaz e com uma velocidade de jogo que dá a ideia de que estamos atrás de moscas e mosquitos. O jogo também não faz um bom trabalho com as mecânicas adicionais, como o recurso de habilidades especiais ou de escudos, que durante a maioria do tempo parecem ineficientes.

Colocando estas habilidades extras de lado, a simplicidade da jogabilidade, a progressão ao longo do jogo, relativamente semelhante de nível para nível, e uma história mediana acabam por tornar o jogo repetitivo e por vezes aborrecido, sem grandes motivações para jogar mais um nível, para além do acumular de pontos e de elementos para personalizado o nosso Arsenal.

Visualmente, Daemon X Machina até surge como um título bastante apelativo na Nintendo Switch, com cores vibrantes e níveis visualmente variados. Há sempre uma componente anime e uma camada de cellshading em cima que assenta na perfeição no registo “mecha” do jogo e que deixam o nosso Arsenal brilhar com todas as suas personalizações.

Daemon X Machina pode ser bastante divertido e, de certa forma, recupera um pouco de nostalgia de jogos mecha antigos que surgiram no PC no final dos anos 90. Se explosões, ação, e destruição de dezenas de inimigos no ecrã, um a seguir ao outro, é o que procuram num jogo de ação, então Daemon X Machina faz o serviço.

Nota: Bom

Daemon X Machina

Plataforma: Nintendo Switch

Daemon X Machina é um jogo de ação futurista onde lutamos contra exércitos de robôs num mundo à beira de destruição. Composto por missões isoladas e objetivos repetidos, a personalização e a experimentação de armas e armaduras acabam por ser os pontos mais interessantes deste título da Nintendo Switch.

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