Já abriu o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes

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Uma das componentes diferenciadoras do MIAA é a reconstituição de contextos históricos para uma melhor compreensão do passado através de um arco cronológico.

Foi inaugurado, na passada quarta-feira, o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA). O novo museu está instalado no antigo Convento de S. Domingos, peça central do património construído da cidade de Abrantes, que foi restaurado e reabilitado para espaços museológicos, através de projeto do arquiteto Carrilho da Graça.

Em termos de vocação, o MIAA é um museu interdisciplinar de Arqueologia, História e Arte que integra peças do acervo municipal de arqueologia e arte do Município de Abrantes, recolhido desde os anos vinte do século XX; espólio de pintura e desenhos da pintora Maria Lucília Moita (doado ao município para fruição pública, através de contrato) e parte da Coleção Arqueológica Estrada, de propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada Filhos (peças cedidas para fruição pública, através de contrato de comodato).

Com projeto de museologia de Fernando António Batista Pereira, de Luiz Oosterbeek e do Município de Abrantes, são peças dessas coleções que dão forma à Exposição Permanente representadas nas seguintes salas: Escultura Romana; Pré-História; Idades do Bronze e do Ferro; Antiguidade; Tesouro; Arte da Idade Média e Idade Moderna; Escultura da Idade Média e do Renascimento de Abrantes e Maria Lucília Moita.

Uma das componentes diferenciadoras do MIAA é a reconstituição de contextos históricos para uma melhor compreensão do passado, através de um arco cronológico, incluindo a evolução da representação da figura humana, ou de elementos da natureza, permitindo ao visitante conhecer um pouco mais sobre a vida quotidiana de diversas populações do mundo antigo em vários territórios da Península Ibérica, entrelaçando a história local, iniciando na Pré-história e culminando na Arte Contemporânea.

O cruzamento do discurso da Arqueologia e a Arte Antiga com a Arte Contemporânea, enquanto porta aberta tanto para o futuro como para o passado, está patente nas salas que recebem as Exposições Temporárias:

  • Objetos Específicos” – Obras da Coleção Figueiredo Ribeiro – Parte 1”, com curadoria de Ana Anacleto e João Silvério, com produções artísticas de 38 autores num cruzamento de gerações através da apresentação de obras que cobrem um vasto período da produção artística nacional contemporânea. Estará patente até 19 de julho de 2022;
  • Memórias FuturasColeção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), sendo a primeira mostra pública do conjunto de obras adquiridas em 2019 pelo Estado Português, no âmbito do programa anual de aquisição da Comissão para Aquisição de Arte Contemporânea. Com curadoria de David Santos e dos membros da Comissão designados para o biénio 2019-2020, apresenta trabalhos de 19 artistas e está patente até 3 de abril de 2021.

O museu tem um investimento global de 6,3 milhões de euros. Na obra de requalificação física do convento, cuja empreitada foi de 3,6 milhões de euros, a Câmara Municipal contou com um apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 2,5 milhões de euros. O Município assumiu o diferencial da comparticipação comunitária e o restante investimento relativo a estudos, elaboração e conceção do projeto, investimento em obras, a par de processos de investigação, promoção e divulgação das diversas coleções do acervo, num investimento de 3,8 milhões de euros.

Com entradas gratuitas até ao final de março, o MIAA está aberto ao público de terça-feira a domingo, das 10h às 12h30 e 14h às 17h30. Encerra à segunda-feira e em dias feriados.

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