E já a partir de junho.
Em novembro de 2022, a ANACOM aprovou um sentido provável de decisão em que determinava aos prestadores de serviços de acesso à Internet (PSAI) a cessação das ofertas zero-rating e similares que discriminassem, com fundamento em questões de ordem comercial, entre o tráfego relativo a aplicações zero-rated e o restante tráfego.
Anos antes, em 2018, a ANACOM tinha recomendado às operadoras de telecomunicações uma aproximação dos volumes de tráfego entre os diferentes plafonds de utilização, preferencialmente por via do aumento dos volumes de tráfego dos plafonds gerais.
Tudo isto para referir que os tarifários que violam a neutralidade da rede ficaram com os dias contados. Aliás, foi a partir do início de abril/início de maio de 2023 que aquelas ofertas de “apps sem gastar net” (que na verdade nunca foram verdadeiramente ilimitadas) desaparecem de vez.
Olhemos para o caso da Yorn, que conhecemos bem, até porque somos clientes.
Por exemplo, no caso do Yorn X 5GB, que contemplava 5GB de dados móveis de uso geral, 15 GB para apps e 5 GB para apps de vídeo, dava um bolo total de 25GB. Com as alterações, esta tarifário passou a contar com um total de 30GB de internet móvel. Na prática, falamos de um ganho de 5GB/mês.
Já para quem tinha o tarifário Yorn X 10GB, esses clientes ficaram com um total de 50GB de dados móveis para gastarem como bem entenderem. É um excelente boost, tendo em conta que, até aqui, do valor todo, era um tarifário que nos dava um total de 30GB.
A questão é que estes tarifários foram, na altura, substituídos pelos Yorn Z, que tinham quatro modalidades, nada vantajosas para quem dava primazia aos GB de dados móveis mensais.
Aquando desse anúncio, a Yorn tinha quatro versões diferentes, mas atualmente só três modalidades do Yorn Z estão disponíveis: uma com 20GB/mês de dados móveis, outra com 50GB/mês dados móveis e uma terceira com 75GB/mês. Isto significa que, de momento, os Yorn Z oferecem mais gigabytes de dados móveis por mês em relação aos antigos Yorn X.
Mas isso vai mudar. Numa mensagem enviada aos clientes que optaram por permanecer como Yorn X, não transitando para Yorn Z, a Yorn refere que vai dar “mais gigas para sempre”. Assim, e a partir de 1 de junho, o pacote Yorn X 50GB ganha mais 30GB, o que significa que, e sem aumento de preços, esses clientes passarão a contar com 80GB de dados móveis por mês – portanto, mais que o atual plano Yorn Z mais caro.
Já para quem ainda tem o tarifário Yorn X 30GB, essa modalidade será reforçada com mais 30GB de dados móveis por mês, ou seja, terá 60GB de dados móveis/mês para gastar.
Então, o que difere entre os Yorn X e Yorn Z?
Portanto, a partir de 1 de junho, os tarifários Yorn X, e falando na questão dos dados móveis, irão ficar praticamente iguais aos Yorn Z, que levam vantagem neste momento. Mas a partir dessa data, os Yorn X passam novamente a levar ligeira vantagem nesse campo.
Quanto a custos, o Yorn X 50GB custa atualmente 5,35€/semana, ao passo que o Yorn Z de 75GB custa 6,95€/semana – no entanto, novos clientes poderão ter acesso ao Yorn Z de 75GB por 4,50€/semana.
Ou seja, a principal diferença está, essencialmente, nos serviços de streaming oferecidos. No meu caso, que tenho Yorn X 50GB, continuo a ter subscrição oferecida do TIDAL desde 2022 – sim, ainda dura – e da HBO MAX, também desde a mesma altura. E sim, também já usufruí bastante anteriormente da subscrição da Amazon Prime. Portanto, e de momento, a grande diferença acaba por ser no TIDAL, já não oferecido no Yorn Z em detrimento do Disney+. Ou seja, quem tem Yorn X não tem Disney+, mas tem TIDAL, e quem tem Yorn Z tem Disney+, mas não tem TIDAL.
O ponto positivo no meio de tudo isto é que, de momento, a Yorn, com os seus tarifários Yorn Z, está a oferecer Disney+ e HBO+ até 31 de julho de 2024, mas estas ofertas são sempre estendidas… no máximo substituídas por outras. E é bem provável que a oferta da Amazon Prime de 6 meses possa, também, ser estendida.
Contudo, é preciso ter em atenção um ponto em particular, isto no caso da HBO Max, que vai transformar-se em breve no MAX. E dito isto, é pouco provável que a Yorn ofereça a versão mais cara do serviço de streaming, devido à diferença de preço relativamente aos valores agora praticados. Isto já acontecia com o TIDAL – nunca foi oferecida a melhor versão, mas sim a intermédia, por assim dizer. Mas de momento só existe uma subscrição do TIDAL, o que significa que esses clientes Yorn têm agora acesso ao que de melhor está disponível.
No caso da MAX, porém, os clientes Yorn vão, muito provavelmente, ficar a contar apenas com a versão Standard.
Eu quanto ao Tidal fui “enganado”. Quase me garantiram no apoio que não iam renovar o Tidal. Então eu cancelei para não ser depois cobrado. Basicamente renovaram de novo e eu lixei-me.
Hugo,
Pois, foi tal e qual o que me disseram, mas resolvi esperar porque a informação que surgia numa página da Vodafone era contraditória. E a verdade é que, afinal, continuo a usufruir. E enquanto assim for, ótimo.