iFixit e Samsung rompem o acordo que tinham e parceria vai por água abaixo.
A iFixit, a famosa plataforma especializada na reparação e principalmente na desmontagem adequada de dispositivos eletrónicos, acaba de encerrar a sua parceria de reparação com a Samsung após uma colaboração de sensivelmente dois anos. A empresa explica que esta parceria foi interrompida devido a negociações mal sucedidas, mas a descrição da relação entre as duas entidades sugere que o problema era um pouco mais profundo do que isso.
A iFixit pretendia criar um ecossistema favorável à reparação para empresas e consumidores independentes através do seu Samsung Repair Hub, mas este projeto encontrou vários desafios. O alto custo dos componentes tornou as reparações menos atrativas, levando os clientes a substituir os seus dispositivos. Além disso, a empresa não conseguiu fornecer peças às oficinas a preços e quantidades suficientes, tendo a Samsung limitado a venda de um máximo de sete peças por cliente durante um período de três meses, o que por vezes revelou-se insuficiente para cobrir as necessidades reais. Além disso, a gigante sul-coreana não forneceu ao especialista componentes para os modelos mais recentes, como os Galaxy S23, Z Flip5 e Z Fold5 e interrompeu as remessas após a série Galaxy S22.
A partir de junho, a iFixit deixará de ser uma distribuidora terceirizada de componentes e ferramentas para hardware da Samsung. As informações de reparação existentes permanecerão na plataforma, mas nenhum novo manual será desenvolvido em colaboração com a Samsung. A empresa planeia ainda continuar a vender peças e kits de reparação para dispositivos Samsung utilizando componentes OEM e de reposição, semelhante ao que a empresa já faz para reparações do iPhone.
iFixit vai disponibilizar componentes OEM para equipamentos Samsung
Note-se que a iFixit já havia feito parceria com a Samsung para um programa de reciclagem Galaxy Upcycling, que nunca teve sucesso. A segunda tentativa de colaboração não terá, portanto, funcionado melhor, e a deceção é palpável por parte da empresa de reparação: “É evidente que não aprendemos a lição da primeira vez e, há dois anos, deixámo-los convencer-nos de que estavam seriamente a considerar entrar no negócio de reparações”, podemos ler no blog da empresa.
