Não posso dizer que sou propriamente novato em experimentar os jogos do Zero Latency, o centro de realidade virtual mais avançado do mundo. Na verdade, aqui com o Echo Boomer, já tive oportunidade de experimentar os dois jogos anteriores da empresa: Survival, onde temos de lidar com hordas de mortos-vivos, e Singularity, um jogo com outro nível de adrenalina e imersão.
Desta vez, o regresso ao Zero Latency fez-se para experimentar um novo título: chama-se Engineerium e é radicalmente diferente dos anteriores, sendo a experiência indicada para miúdos e graúdos.
Aqui não há armas, o que, logo à partida, faz-nos pensar que é ideal para os mais jovens. Em Engineerium, somos levados para um mundo onírico em que até oito pessoas – em simultâneo – procuram reencontrar-se com a sua tribo perdida e onde a união do grupo é várias vezes posta à prova.
O objetivo é percorrer caminhos que parecem impossíveis e que jogam com a mente e as sensações. E é aqui que está toda a génese do jogo, ou seja, a exploração.
Embora Engineerium não tenha muita liberdade – temos de ir, juntamente com os outros jogadores, até à zona pretendida, sendo que a progressão do nível só é feita assim que todos estiverem no mesmo local -, este jogo acaba por criar verdadeiras situações na nossa mente. Por exemplo, existem caminhos tombados e o nosso cérebro perceciona isso como se estivesse a acontecer na vida real, não sendo por isso, de admirar, que tenha sentido alguns desequilíbrios na sessão de jogo. Muito bom!
Esta aventura é ainda rica em detalhes, uma vez que decorre no meio da natureza e da imensidade do céu e do mar, o que torna a experiência ainda mais impressionante.
No mundo de Engineerium, existem ainda vários animais que podemos apreciar através dos nossos óculos de realidade virtual. Baleias, sapos, pequenas aves, existe alguma variedade. Só é mesmo pena é que não se consiga interagir com eles.
Portanto, à medida que vamos progredindo no jogo, a nossa plataforma é levada para novos caminhos, sempre com mais ou menos dificuldade à mistura. É bem provável que, algumas vezes, acabem por cair da área de jogo, tal é a imersão que irão sentir.
Sou honesto. Embora ache que os anteriores jogos eram bem mais frenéticos, Engineerium acaba por destacar-se dos restantes não só por ser um jogo mais calmo, mas também porque apresenta distrações e desafios que não se viam nas outras experiências. Senti-me realmente num videojogo de aventuras.
Acaba por ser fácil chegar à plataforma final, mas convém existir espírito de equipa para que todos consigam progredir no jogo sem que caiam constantemente.
Dito isto, se procuram uma experiência para ter com amigos, filhos ou até grupos de trabalho, e que será capaz de agradar a toda a gente, não precisam de procurar mais: Engineerium é a solução.
Presente em Portugal desde dezembro de 2017, o espaço Zero Latency no Dolce Vita, e único no país, ultrapassou também, este mês, a marca dos 12.000 jogos realizados no espaço de oito meses. O horário de funcionamento é de segunda a quinta-feira das 14h às 22h, e na sexta-feira das 14h às 23h. No sábado está aberto das 11h às 23h e no domingo das 11h às 22h A idade mínima para participar na experiência imersiva de realidade virtual é de 13 anos.
O preço por pessoa para jogar Engineering é de 14,95€. Em breve serão criados também pacotes em que se incluirá a experiência Engineering + Zombie Survival à semelhança do que já acontece com pacote que junta as experiências Singularity + Zombie Survival.
Além das bilheteiras no centro, será também possível comprar bilhetes online, bastando a qualquer pessoa deslocar-se ao site do Zero Latency, escolher o dia, a hora, número de pessoas e proceder ao pagamento. Sugere-se, no entanto, a reserva on-line atempada do dia e hora da sessão pretendida.