Vivant – O spot deste verão para jantares com amigos e um pezinho de dança

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Com uma nova carta, o Vivant tem tudo para surpreender e encantar os paladares mais exigentes da região do Algarve.

O Algarve é daquelas regiões do país que vive muito do turismo. Afinal de contas, são milhares e milhares de portugueses que rumam a sul e passam os dias na praia a dar grandes mergulhos, enquanto noutras ocasiões aproveitam o belo do peixinho da região?

Mas o Algarve tem um problema: é sazonal. E isso faz com que a grande parte dos negócios registe as maiores afluências do ano nos dias mais quentes. É uma situação delicada para os restaurantes, que batalham diariamente o resto do ano para que consigam subsistir. Mas para o Vivant, que surgiu com toda a força em 2023, esse não é, efetivamente, um problema. E não, não é um restaurante sazonal – faz mesmo questão de estar aberto o ano todo!

Mas vamos por partes. O Vivant, que faz parte do mesmo grupo que detém os restaurantes Sem Vergonha, Descarado e YUPPIE (que já tivemos oportunidade de experimentar), começou por abrir em 2022 quase em modo secreto, tudo para testar o conceito ao mais ínfimo pormenor, mas foi apenas no ano seguinte, em 2023, que se deu esse arranque “oficial”. Localizado na Rua do Comércio, em Almancil, o restaurante, que é também uma discoteca, tem tudo aquilo que as pessoas procuram por estes dias: bom ambiente, excelente comida e gente gira e arranjada. E é o primeiro deste grupo de restauração a sul do país.

Assim que entrámos no Vivant deu-nos logo uma vibe de MöTAO, do Grupo Fullest, localizado na Marina de Albufeira, um spot que também adoramos, mas que agora perde créditos face ao Vivant. Na verdade, o Vivant é um espaço enorme – só para terem noção, são 180 lugares sentados, podendo-se considerar uma esplanada gigante -, mas a área disponível consegue “encaixar” centenas de clientes em pé, que por exemplo apenas passam por ali para uma bebida e um pezinho de dança.

O espaço é giríssimo, bem arranjado e bem organizado. Cá fora estão expostas todas as mesas, seja para casais, reuniões de família ou amigos, ou até jantares de negócios. Tudo bem dividido, até porque há uma zona de palco vazia, mas com um propósito: é a pista de dança. Ao entrarmos, a sensação que nos deu foi a de estarmos a entrar quase como se fosse num hotel, com as rececionistas a verificarem as folhas com a nossa reserva e quase a “impingir” um cartão de consumo mínimo de 50€ para a noite, mas que tinha uma razão de ser: DJ Kamala ia animar as hostes horas mais tarde. Não ficámos para a festa, até porque estávamos ainda longe de casa. Adiante.

Mas se o exterior até tem algumas obras de arte, é o interior que acaba por causar mais curiosidade, pelo menos na parte que nos toca. O interior é, por outras palavras, uma antiga escola do século XIX, convertida há mais de 60 anos para restaurante, e que agora serve de cozinha para o Vivant. Contudo, os responsáveis foram sensíveis o suficiente para preservar o legado, e quem entrar neste espaço interior encontrará um edifício que mais parece uma casa. Por exemplo, irão deparar-se com uma mui generosa garrafeira, bem como uma zona de lazer, havendo ainda uma lareira. O mais engraçado? É que, para irem ao WC, precisam de passar pelo “quarto” – sim, existe mesmo uma cama.

Mas mais que um conceito, para que tudo funcione a comida tem de ser boa. E, de facto, é magnífica, sob a alçada do chef Diogo Simões, que já passou por países como Noruega, Reino Unido e Suíça. O conceito que o chef quis fazer com o Vivant foi o de partilha, até porque advém do francês “Bon Vivant”. O Bon Vivant é aquela pessoa que viaja e que traz amigos para a sua casa, portanto, falamos de socializar, bem como criar novas experiências através da gastronomia. Quanto à questão da cama, explicaram-nos que representa, lá está, um pouco de toda a experiência de um Bon Vivant, ainda que sirva mais por estes dias para reels ou stories no Instagram.

Quanto ao menu, TODO ele foi desenhado a pensar na partilha, havendo pratos fora da caixa, isto é, com uma junção de elementos poucos comuns. Além disso, o Vivant está tão bem organizado e é um espaço tão descontraído que nem precisam de fazer o pedido logo todo de uma vez. Podem, simplesmente, partilhar o que mandaram vir com toda a tranquilidade e, quando desejarem, pedir outra opção. Não há propriamente uma ordem – é o cliente que decide.

Em todo o caso, tudo começa com o Couvert, composto por uma seleção de pães – também apanhámos focaccia, que estava divinal -, manteiga com flor de sal e manteiga composta, queijo curado ou conserva do dia.

Logo abaixo no meu surge o capítulo das ostras, com quatro opções: Ostras ao Natural, Ostras Mignonette de Framboesa, Ostras Sake de Yuzu (Sake de Yuzu, fermentação de habanero e mirtilos) e Ostras com Ponzu (Ponzu de laranja do Algarve e togarashi). Fazem todo o sentido existir na carta e não duvidamos que devam ser deliciosas – nós é que não apreciamos.

Já a secção Social tem muitas opções que, certamente, quererão experimentar: Tártaro de Atum (Atum, emulsão de ponzu e tortillitas de camarão e lima), Coentrada de Pargo (Pargo da costa portuguesa marinado com creme de coentrada e ovo BT), Tártaro de Novilho (Novilho maturado com emulsão de tutano e mostarda, cogumelos crocantes e picle de nori), Churros de Queijo da Ilha (Mini churros caseiros de queijo da ilha de São Jorge com 12 meses de cura e chutney de tomate rosa), Gambas da Costa na Caçarola (Gambas da costa com manteiga de ervas e especiarias, lima e pão torrado), Lagartos de Porco Preto na Brasa (Lagartos de porco preto, panquecas asiáticas de ceboleto e aioli de coentros e wasabi), Alho Francês Assado (Alho francês assado com creme de parmesão, creme de tikka masala e demi glace de legumes), Tortilla de Batata Doce (Tortilla de batata doce com pimento assado e queijo creme fumado), Taco de Peixe (3 tortillas caseiras com dois peixes (atum e pargo), pickle de cebola roxa, tempura de abacate, molho de lima e pico de gallo), Tataki de Atum (Atum levemente curado e braseado, molho de soja com citrinos e gengibre, e emulsão de kimchi) e Cenouras Tikka Masala (Cenouras grelhadas com molho tikka masala e crumble de pistachio). Como podem constatar, há aqui uma junção algo invulgar de vários alimentos… ou pelo menos que não costuma ver por aí.

Não resistimos a mandar vir para a mesa o Tártaro de Atum, cuja proteína é marinada em ponzu, soja e citrinos, que surge acompanhado por tortillitas de camarão, com um sabor bem disfarçado graças à lima. E que bela forma de começar! A outra nossa opção recaiu nos Churros de Queijo da Ilha, que na verdade são mini churros feitos ali mesmo no Vivant. Por dentro o queijo da ilha de São Jorge com 12 meses de cura não abunda, e ainda bem, pois esteticamente nem ficava tão interessante. Tem, sim, queijo qb, e o difícil vai ser mesmo não devorar tudo e dividir com alguém… E claro, não resistimos também a mandar vir as três unidades de Taco de Peixe, numa junção de ingredientes que não tinha como falhar. Claro, as tortillas em si são feitas na casa, à base de farinha e banha de porco. E a tempura de abacate faz toda a diferença na fusão com a proteína, sendo que a qualidade do peixe é fantástica.

Já o capítulo Do Mar tem outras opções igualmente interessantes: Pargo, Batata Doce e Couve Kale (Tranche de pargo selado em manteiga caramelizada, couve kale salteada e puré de batata doce e alho francês), “Entrecôte” de Atum (Bife de atum grelhado e levemente defumado com bearnaise de cinza e alho francês), Polvo, Nduja e Escamas de Batata (Polvo chamuscado “à feira” com emulsão de Nduja e escamas de batata), Arroz Negro de Lula (Lula frita, arroz bomba fumado, tinta de sépia, aioli de wasabi e coentros) e Raia Frita em Tempura (Tempura de raia, molho de alho, coentros e limão). À semelhança da secção das Ostras, também não pedimos nenhum prato deste Do Mar, mas é bem provável que os vossos olhos se arregalem com a Raia em Tempura, que é, na verdade, uma reinterpretação do prato algarvio Raia Alhada.

A secção Da Terra também é muitíssimo interessante, contando com um total de oito opções: Lombo Vivant (Lombo de novilho maturado glaceado com figo e tomilho), Hambúrguer Vivant (Novilho maturado, pão brioche caseiro, escalope de foie gras, queijo scarmoza fumado, cebola camarelizada em vinho tinto e agrião fresco), Cheeseburger (Novilho maturado, pão brioche caseiro, queijo cheddar maturado, maionese umami, picke caseiro de rabanete e cebola roxa, alface romana e tomate rosa), Chateaubriand de Rubia Galega (450g de Lombo de rubia gallega maturada, bearnaise e spicy choron), Entrecôte de Rubia Gallega (500g de entrecôte de rubia gallega maturada com manteiga Café de Paris e flor de sal defumado), L-Bone (600g de vazia nacional com osso, 41 dias de maturação, manteiga Café de Paris e flor de sal defumado), Cowboy (Posta de novilho nacional com 1kg, 41 dias de maturação, manteiga Café de Paris e flor de sal defumado) e Entrecosto de Porco Preto com Ameixa e Especiarias (cozinhado a baixa temperatura com glaze de ameixa e especiarias feito a partir do remanescente da fermentação do licor caseiro “Vivancello”). Como se pode perceber, é aqui que o Vivant leva à letra o espírito de partilha, com variadas peças de carne irresistíveis.

Daqui não resistimos a pedir o Chateaubriand de Rubia Gallega, perfeitamente cozinhado, isto é, médio-mal passado como se quer, bem rosadinho por dentro. No palato é uma daquelas experiências que irão guardar para a vida, mas muito honestamente, e apesar dos seus 450g, uma pessoa com apetite dá facilmente conta deste prato… e nem terá de partilhar. Portanto, não se coíbam de pedir mais pratos de carne, caso a fome aperte. Senão podem sempre passar para a próxima secção…

Que é a das pizzas! Não é muito comum encontrar pizzas em restaurantes charmosos como é o caso do Vivant, mas lembrem-se que, aqui, o conceito é de partilha. Logo fazem sentido. E são boas! A saber: Sem Vergonha (Sapateira, pimento assado, queijo creme fumado e aioli de wasabi e coentros), Descarado (Uvas brancas, queijo scarmozza fumado, frango na brasa e vinagre balsâmico envelhecido), Vivant (Alho francês confitado, queijo da ilha de São Jorge e amêndoa do Algarve), Malandra (Camarã sriracha, manjericão thai, ovo frito e queijo creme fumado) e Duro (Nduja, cebola caramelizada e queijo provolone).

Ainda nos tentaram “vender” a Duro, mas, aqui, e dados os ingredientes, a nossa escolha foi fácil, recaindo na Descarado. E foi uma decisão mais que acertada. Honestamente, não me lembro de alguma vez ter comido uma pizza com esta junção de ingredientes, mas que combinam na perfeição. O vinagre balsâmico envelhecido é que não demos por ele, mas de resto, a qualidade estava toda lá. E atenção que não falamos de pizzas com massa alta e fofo, o chamado estilo napolitano, mas sim do estilo romano, ou seja, com uma base menos hidratada, proporcionando aquela crocância irresistível.

O menu termina com as Sobremesas, com cinco opções bem distintas: Mousse de Salame de Chocolate (com pistachio camarelizado e espuma de framboesa), Tarte de Queijo Basca (com flor de sal), Gelado de Creme Fraiche (com azeite e flor de sal), Churros de Alfarroba (com creme de figo e medronho) e Croissant Folhado Francês (recheado com creme de foie gras, compota de figo e noz pecan camarelizada com flor de sal), que neste último caso saiu da parte Social do menu para as Sobremesas, precisamente por se tratar de um croissant.

Aqui tivemos de ceder à indicação do staff e arriscar no Gelado de Creme Fraiche, que para quem não sabe, trata-se de um lacticínio proveniente de uma ligeira fermentação bacteriana de nata ou creme de leite pasteurizado. Portanto, é elaborado a partir da nata fresca da mais alta qualidade. E assim se explica a adição do azeite. Sim, azeite, que estranhamente casa muito bem. Nem é daquelas situações de “primeiro estranha-se, depois entranha-se”, pois à primeira colherada ficámos logo conquistados. Que sobremesa boa!

Também veio para a mesa a Mousse de Salame de Chocolate, com demasiada espuma de framboesa, quase a tirar o protagonismo à mousse. Felizmente, não se trata de uma mousse banal, até porque tem mesmo pedaços de salame de chocolate, algo que também não é nada habitual de se encontrar. E foram esses pedaços que fizeram toda a diferença.

No fim de tudo já não ficámos para a festa – pista de dança a funcionar até às 4h da manhã nos meses de verão – pois tínhamos ainda uma hora de viagem pela frente, mas podem ficar descansados que a carta do Vivant tem tudo para surpreender e encantar os paladares mais exigentes da região do Algarve.

Para reservas, podem enviar um email ou ligar para o 925934415/925934413.

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