Too Good To Go. Há cada vez mais utilizadores descontentes com as Magic Box de refeições

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Muitos relatos dão a entender que os restaurantes estão a aproveitar-se da aplicação.

Too Good To Go Magic Box

Foi em outubro do ano passado que chegou a Portugal uma aplicação que viria a conquistar milhares e milhares de portugueses. Falamos, claro, da Too Good To Go, app dinamarquesa presente em cada vez mais cidades e, como tal, tem cada vez mais opções, seja de restaurantes, cafés ou pastelarias.

Contudo, e apesar do sucesso da aplicação e de muitos utilizadores estarem extremamente satisfeitos, há também quem vá desistindo do conceito, chegando a desinstalar a aplicação do smartphone. O motivo? O facto de muitas Magic Box de refeições não corresponderem ao que é suposto.

Não é a primeira vez que nos debruçamos sobre isto. Em julho passado, dedicámos um artigo a esta problemática, na medida em que já tínhamos conhecimento de algumas experiência que tinham corrido mal.

A questão é que existem imensos estabelecimentos que não compreendem o objetivo fulcral. O intuito da Too Good To Go é fazer com que os utilizadores tenham direito a produtos que custam x, mas que, como são excedentes, podem ser adquiridos a preços muitíssimo atrativos. Não é difícil compreender o conceito, até porque é uma forma de os estabelecimentos conseguirem algum dinheiro (nem que seja para cobrir os custos de produção) ao invés de se mandar os excedentes para o lixo.

No final do dia, é uma decisão que irá ajudar a baixar custos de produção e a evitar o desperdício alimentar. Porém, e como tudo o que acontece na vida, existem estabelecimentos que estão a aproveitar-se, vendendo Magic Box muito longe do suposto valor original de venda do produto.

Se, antes, algumas das queixas estavam relacionadas com pastelarias, hoje em dia o principal problema está em restaurantes ou outros estabelecimentos que vendem refeições. E claro, existem sempre frutarias que vendem fruta podre. Uma coisa é vender fruta “feia” ou muito madura, outra é vender um produto impróprio para consumo.

Os grupos de Facebook dedicados à Too Good To Go estão a crescer a grande velocidade e, como tal, é nesses mesmos grupos que encontramos grande parte das queixas.

Numa das fotos da galeria, um dos estabelecimentos colocou numa caixa um crepe acabado de fazer… Se foi acabado de fazer, tal significa que não é excedente. Noutra das fotos, reparam que a Magic Box em questão traz somente um pouco de omolete, batatas fritas, arroz e um mini alfajore. A quantidade é tão pouca que o conceito de desperdício alimentar não foi claramente aplicado.

Também nos restaurantes de sushi existem problemas, com peças a serem confecionadas na hora, o que não faz muito sentido, e com os restaurantes a fornecerem pouca quantidade, aproveitando-se claramente para fazer negócio.

Também na galeria conseguem verificar uma foto onde surge uma perna de frango, um pouco de arroz e batatas palha. O utilizador em questão pagou 2,99€… por algo que supostamente custa 9€. E em sítio algum uma perna de frango e pouco acompanhamento custa esse “valor original”.

E sim, ali a última foto é de quem escreve este artigo. Ainda hoje estou para descobrir que mixórdia era aquela.

Tendo em conta estas más experiências, os feedbacks são dados, as palavras espalham-se e os restaurantes ficam numa espécie de “lista negra” para os utilizadores, que nunca mais escolhem esse estabelecimento na Too Good To Go. E claro, com estas más experiências – afinal de contas, muitas vezes temos de nos deslocar aos locais e, com isso, perdemos tempo e gastamos recursos -, vários utilizadores têm vindo a desinstalar a famosa aplicação. Também sabemos de casos que são os próprios estabelecimentos a desistirem da app.

Felizmente, e apesar destes casos, a Too Good To Go está cheia de exemplos de sucesso. Milhares de utilizadores andam viciados no conceito, muito por culpa das pastelarias, que são muito generosas no que oferecem a estes clientes.

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1 Comentário

  1. Penso que o lado positivo pesa mais na balança e esperamos que todos entendam o conceito, excedente não são restos. Quem vai comprar mais barato não está a pedir esmola e é preciso perceber que se trata de uma ação conjunta, com vários atores envolvidos. Obrigada

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