Os responsáveis dizem não ter recebido qualquer comunicação oficial do Governo quanto a uma decisão sobre a presença de público na F1.
Ontem, dia 18 de março, o Expresso publicou um artigo, tendo em conta respostas obtidas junto do Governo, onde mencionava que o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 iria realizar-se, mas sem público nas bancadas.
A informação, rapidamente veiculada noutros órgãos de comunicação social, causou surpresa junto do Turismo do Algarve, que refere não ter recebido qualquer comunicação oficial do Governo quanto a uma decisão sobre a presença de público na F1.
“O evento está a ser organizado com as medidas mais restritivas de todo o circuito da F1, nomeadamente as mesmas exigências que são impostas aos passageiros para as viagens de avião: é realizado ao ar livre e num perímetro de mais de 5 km de extensão onde serão aplicadas fortes reduções de capacidade, obrigatoriedade de realização prévia de testes para todos os espectadores, obrigatoriedade permanente do uso de máscara e imposição de distanciamento social, além de equipas em sistema de bolha, vigilância permanente e disponibilização de álcool-gel”, diz o Turismo do Algarve num comunicado em enviado às redações.
“De salientar que antes e depois do GP de Portugal, os GP de Imola (18 abril) e GP Barcelona (9 maio) estão previstos sem medidas tão restritivas e com público nas bancadas”, refere a mesma nota.
O Turismo do Algarve relembra ainda que “estes grandes eventos são estratégicos para o arranque da economia de uma região que está em concorrência direta com destinos turísticos mediterrânicos e que tem sido a mais assolada pelo desemprego”.
A título de exemplo, o impacto económico da corrida de 2020 para o Algarve e para Portugal foi superior a 30 milhões de euros e o impacto mediático superior a 60 milhões de euros, tendo alcançado 42 milhões de pessoas via televisão e 24 milhões de pessoas via redes sociais.
O Turismo do Algarve reforça ainda que o Autódromo Internacional do Algarve “tem mais de 5 km de perímetro nas bancadas e é ao ar livre”, sendo que “as medidas propostas para este evento são muito mais exigentes que qualquer outro evento em Portugal”.