Um novo aeroporto serve ão só para alavancar aquilo que é a economia, e em particular o turismo, mas sobretudo para promover a coesão territorial.
Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, defendeu hoje que um aeroporto na região Centro é o que melhor defende os interesses do país, sendo a única hipótese que reforça a coesão social. As declarações foram feitas durante a sessão de abertura da 11.ª edição do IWRT – Workshop Internacional de Turismo Religioso, que decorre até amanhã em Fátima.
“O turismo é uma alavanca importante para a coesão territorial, para a fixação de pessoas no território. A decisão do novo aeroporto é fundamental para o desenvolvimento deste setor. Defendemos que essa estrutura aeroportuária deveria ser construída na região Centro, em Santarém, não só para alavancar aquilo que é a economia, e em particular o turismo, mas sobretudo para promover a coesão territorial”, considerou Anabela Freitas.
A vice-presidente da Turismo do Centro realçou também o contributo do turismo religioso para os resultados positivos da atividade turística na região. “Em 2023, a procura turística da região Centro de Portugal cresceu acima da média nacional, registando um aumento nas dormidas de 11,9%. Foram 8 milhões de dormidas, dos quais 1,5 milhões na sub-região do Médio Tejo, onde nos encontramos hoje. Este crescimento não se pode dissociar daquilo que é o efeito Fátima e a influência que tem nos números da região”, afirmou.
Pedro Machado, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal, também presente na sessão de abertura, focou também o tema aeroporto. “Fátima integra uma rede de Cidades Santuário, quase todas elas servidas por aeroportos de proximidade, à exceção desta. Não se deve construir uma nova estrutura aeroportuária onde já existe uma carga elevada de pessoas e de infraestruturas, como acontece em Lisboa, mas sim num local que contribua para o reforço da coesão territorial, como é o caso de Santarém”, afirmou.