São 22 os municípios beneficiados.
O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou esta semana que, no primeiro trimestre de 2023, será lançado o concurso público para o projeto de reativação da Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca d’Alva.
Pedro Nuno Santos falava em Freixo de Espada à Cinta, após a apresentação dos estudos de viabilidade económica, técnica e ambiental da reativação de 28 quilómetros do troço entre Pocinho e Barca d’Alva da Linha Ferroviária do Douro, nos quais se conclui a viabilidade de projeto. No evento esteve também a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
Pedro Nuno Santos referiu que “é muito claro que a Linha do Douro tem um potencial único no mundo” e que o mesmo “deve ser aproveitado em toda a sua plenitude e por isso nós queremos que o comboio chegue à fronteira”.
A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, por sua vez, disse que o estudo representa um passo importante na reativação do troço da linha férrea do Douro que liga o Pocinho à Barca d’Alva.
Viabilidade económica, financeira, técnica e ambiental
Segundo a Ministra, este investimento de 75 milhões de euros – dos quais 60 milhões de euros serão destinados à obra de reabilitação, 3,5 milhões de euros para projetos e 11,2 milhões de euros para fiscalização e estaleiro – na reabilitação deste troço terá também benefícios muito superiores e que resultarão da atividade turística neste território.
Os benefícios totais são de 84,2 milhões de euros e o troço reaberto irá gerar importantes impactos no setor do turismo (hotelaria, restauração, transportes), permitindo mitigar a tendência de decréscimo da população residente.
O projeto tem uma dimensão regional, com impactos económicos principalmente nos municípios diretamente servidos por este troço, designadamente, Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, mas que se estendem a todo o território do Douro e a concelhos da região Centro. São 22 os municípios beneficiados.
A reabertura deste troço da Linha do Douro representa ainda uma redução do tempo de viagem em cerca de 30 minutos, quando comparado com a alternativa rodoviária existente.
Recorde-se que a Linha Ferroviária do Douro liga atualmente o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros), tendo sido desativado, em 1988, troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo).
Nota: imagem de destaque meramente ilustrativa