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TopSpin 2K25 revitaliza com distinção esta franquia, trazendo de volta à vida um desporto adormecido no mundo dos videojogos.

TopSpin 2K25 marca o regresso triunfante para um das mais amadas franquias de ténis após um hiato de 13 anos, atualizando muitas mecânicas de jogo e muitos conteúdos, sem deixar esquecidos os elementos essenciais que fizeram de TopSpin 4 um clássico. Desenvolvido pela 2K Games e Hangar 13, este jogo conseguiu fazer o que não era feito há muito tempo: oferecer uma experiência envolvente de simulação de ténis – coisa que não aconteceu com Tennis World Tour 2 da Big Ant Studios, em 2020.

A primeira coisa que salta à vista e merece destaque em TopSpin 2K25 são mecânicas de jogo refinadas e inovadoras, ainda que transpareçam o seu “quê” de familiaridade face a jogos anteriores do género. Tenho poucas memórias do tempo que joguei TopSpin 4, mas fica a sensação que o esqueleto do jogo é aproximado, sendo que a equipa responsável por desenvolver esta nova edição da franquia caprichou, aprimorando-a com ajustes subtis, mas bastante significativos. O serviço, os volleys e a física geral do jogo foram ajustados para proporcionar uma experiência que transpira realismo e traz o seu quê de desafio. O timing e o posicionamento no campo são extremamente importantes para o decorrer do jogo, exigindo mais do que nunca de quem está a controlar o tenista para ter um bom desempenho.

Uma das características que mais me agradou foi o medidor do swing, que confere uma camada preponderante de profundidade e estratégia ao jogo. Embora a curva de aprendizagem íngreme e um pouco desafiante (mais para quem não está familiarizado com o ténis), quando se começa a perceber as mecânicas e o efeito prático dos controlos é extremamente gratificante jogar este jogo. Nota para as trocas de bola realistas e ritmo fluído, que fazem com que cada set seja único, proporcionando uma experiência de ténis dinâmica e, por sua vez, cativante.

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TopSpin 2K25 (2K Games)

Visualmente, TopSpin 2K25 é um pau de dois bicos. Considero que as animações e os detalhes dos campos muito satisfatórias, conseguindo capturar a essência do ambiente de ténis do mundo real. No entanto, a qualidade gráfica geral parece desatualizada em comparação com outros jogos desportivos. A minha maior reserva prende-se com os modelos dos tenistas, que precisam de um maior grau de polimento e otimizações. Já o design de som, em contrapartida, é ótimo. O jogo utiliza o som de forma eficaz (entre a TV e o comando) para aumentar a imersão, desde o som da bola até aos ruídos típicos da audiência e do campo. Considero que esta atenção ao detalhe auditivo é um dos pontos mais forte do jogo, sendo preponderante para a autenticidade da sensação da atmosfera de ténis.

Pode-se dizer que, ainda que limitada, é-nos oferecida uma seleção aceitável de modos de jogo. O modo MyCareer destaca-se como um dos pontos mais altos, com um sistema de progressão divertido e envolvente. Dentro dele é possível criar e desenvolver o vosso tenista ao longo do tempo, com alguns modos de jogo simples, rápidos e diretos, que nos fazem querer jogar mais um bocado. No entanto, esta linearidade e simplicidade acabam por ser um pouco restritivas e repetitivas, principalmente na progressão de carreira. Haver a possibilidade de fazer carreira com um tenista já existente era algo que deveria ser considerado para uma futura edição desta franquia.

Considero os tutoriais magníficos, porque facilmente vos levam do “não percebo nada disto” ao “até me safo“, num curto espaço de tempo. Neles vão passar por uma série de mini-desafios que vos farão experimentar e insistir nas mais diversas dinâmicas e, assim, rapidamente perceber o que podem fazer dentro de campo, em que momentos do jogo e que teclas a usar para o efeito.

Já os tenistas disponíveis deixam um sabor agridoce na boca. Isto porque, embora exista mistura de estrelas atuais e jogadores lendários, a seleção é muito limitada. O sistema de recompensas “The Center Court Pass” confere uma dimensão interessante ao jogo, mas uma maior variedade de tenistas disponíveis ia revolucionar a saga e elevá-la. Percebo que, após um hiato tão longo, e o historial de jogos do género a falharem redondamente nos últimos anos, obrigue a avançar com cautela, mas um total 25 tenistas disponíveis fica muito aquém do esperado.

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TopSpin 2K25 (2K Games)

Fica a sensação de que as componentes online de TopSpin 2K25 têm a capacidade de manter os jogadores envolvidos com jogo competitivo e cooperativo. Apesar de algumas inconsistências no desempenho online, existe uma plataforma sólida para os fãs de ténis testarem as suas habilidades contra outros jogadores. Mas acho que o sucesso destes modos está dependente de futuras atualizações e conteúdo sazonal para enriquecer ainda mais a experiência online.

TopSpin 2K25 revitaliza com distinção esta franquia, trazendo-a de volta à vida, combinando jogabilidade clássica com melhorias atuais e necessárias. Os pontos fortes residem na simulação realista de ténis, profundidade estratégica e um modo carreira leve e divertido. Em contrapartida, as falhas gráficas, um número limitado de tenistas e alguma repetitividade com o tempo de jogo diluem a excelência deste regresso. Para entusiastas de ténis e fãs de TopSpin, este é um jogo essencial que recomendo vivamente. Pois é uma experiência recompensadora e desafiante que captura o espírito do desporto através de uma jogabilidade bem desenvolvida e uma componente estratégica que exige uma maior compreensão das dinâmicas do desporto. Embora haja espaço para melhorias, nomeadamente no que toca a fidelidade visual e leque de tenistas, o jogo estabelece uma base sólida para o futuro da franquia. TopSpin 2K25 é um testemunho do apelo duradouro das simulações de ténis, provando que o rei dos jogos de ténis em vídeo está de facto de volta.

Recomendado - Echo Boomer

Cópia para análise (versão PlayStation 5) cedida pela Infocapital.

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