TikTok Lite deixa de pagar aos utilizadores europeus

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A plataforma foi acusada de reforçar perigosamente a dependência da rede social ao pressionar os utilizadores a permanecerem ligados.

O TikTok anunciou que suspendeu, na Europa, a função da sua nova aplicação chamada de TikTok Lite que paga aos utilizadores pelo tempo gasto a assistir a vídeos. Isto segue-se às acusações da Comissão Europeia sobre a dependência que tal incentivo causa aos mais jovens.

Num breve comunicado publicado na rede social X, o TikTok informa que:

“O TikTok procura sempre envolver-se de forma construtiva com a Comissão Europeia e outros reguladores. É por isso que estamos a suspender voluntariamente os recursos de recompensa no TikTok Lite enquanto abordamos as preocupações que eles levantaram”.

O facto de a rede social afirmar ter tomado esta decisão “voluntariamente” é interessante quando sabemos que a Comissão Europeia já havia ameaçado banir o serviço. Então digamos que a plataforma preferiu antecipar.

“Os nossos filhos não são cobaias das redes sociais”, reagiu quase de imediato o comissário europeu para a área digital, Thierry Breton, que anunciou na passada segunda-feira a abertura de uma investigação na UE. Tomando nota desta decisão do TikTok, especificou que os processos instaurados contra o TikTok relativos ao “risco de dependência” da plataforma continuavam.

TikTok Lite causa preocupações de dependência

Moedas virtuais, conversíveis em cartões-presente, em troca de assistir vídeos… O TikTok, do grupo chinês ByteDance, lançou o seu polémico novo serviço em alguns mercados no final do passado mês de março. A plataforma foi acusada de reforçar perigosamente a dependência da rede social ao pressionar os utilizadores a permanecerem ligados.

O TikTok Lite recompensa os utilizadores com tokens se eles fizerem login diariamente durante 10 dias, passarem tempo a assistir a vídeos (com um limite de 60-85 minutos por dia) e realizarem determinadas ações, como gostar de vídeos e seguir criadores de conteúdo.

A Comissão Europeia, que desempenha o papel de polícia digital na UE, estimou na passada segunda-feira que o mecanismo representa “sérios riscos para a saúde mental dos utilizadores”. No entanto, a plataforma não forneceu à UE uma avaliação de risco antes do seu lançamento, segundo as suas obrigações ao abrigo da nova Lei dos Serviços Digitais (DSA).

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