Mas o plano de reestruturação não se faz apenas de cortes salariais.
Esta terça-feira, a Comissão Executiva da TAP emitiu um comunicado onde diz estar “bem consciente do esforço que é pedido a todos os trabalhadores da Companhia, nomeadamente com o corte de 25% no valor dos salários acima dos 1410 euros”.
Sem esse esforço, “não teria sido possível obter a autorização da Comissão Europeia para o plano de restruturação que permitiu a sobrevivência da TAP”, diz o mesmo documento.
No mesmo comunicado, pode ainda ler-se que os Sindicatos da TAP “acordaram com a TAP os cortes salariais mencionados, assumindo assim um compromisso que produz os seus efeitos até 2025, ano a partir do qual, cumprindo-se o plano de restruturação, a TAP estará finalmente em condições de repor os salários na íntegra”.
Mas nem só de cortes salariais se faz cumprir o plano de restruturação da companhia aérea. Na verdade, a “TAP tem reduzido custos em todas as áreas onde é possível, renegociando contratos com fornecedores e prestadores e criando maiores eficiências e continua a trabalhar diligentemente para reduzir todos os custos”.
Outro esforço, diz o comunicado da Comissão Executiva da TAP, “é o de aumento das receitas e do yield, determinantes para a rentabilidade da TAP”, relembrando que “há custos que a TAP não controla e que têm registado aumentos acentuados, nomeadamente os custos de combustível ou os decorrentes da valorização do dólar face ao euro”.