Há cada vez mais queixas online sobre o setor TVDE

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Este ano, e até ver, a Uber lidera as reclamações.

O setor das empresas de transporte individual de passageiros em veículo descaracterizado (TVDE), continua a registar elevados índices de insatisfação por parte dos consumidores que denunciam vários problemas e apontam o dedo à qualidade do serviço prestado. A revelação é do Portal da Queixa, que conta com um aumento na ordem dos 25% este ano relativamente a reclamações dirigidas aos operadores TVDE face a 2022.

De acordo com a plataforma, foram registadas, entre os dias 1 de janeiro e 5 de junho, um total de 487 queixas, quando no período homólogo do ano passado, os consumidores apresentaram 391 reclamações. E só nos primeiros cinco dias de junho foram registadas mais de 30 ocorrências.

A Uber lidera o número de queixas, com 72% das reclamações. Muito longe surge a Bolt, com 25%, e depois a Free Now, com apenas 3% de reclamações, o que não admira, uma vez que a plataforma já não funciona em Portugal.

Entre os principais motivos de reclamações, destaca-se a cobrança indevida (por viagens não realizadas, débito de valores superiores e outros problemas relacionados a cobrança), com 29% das queixas. Este ano, estão a existir muito mais reclamações sobre este assunto, face a 2022.

Depois temos problemas com a faturação (faturas erradas ou não recebidas após a realização da viagem e faturas com dados incorretos) com 9% de reclamações, não comparência do motorista (casos em que o utilizador solicita o serviço, porém o condutor não vai buscar o passageiro) com 8,2% de reclamações, valor excessivo cobrado com 8,1% das reclamações, comportamento do motorista (relacionado com a má conduta dos motoristas, com foco no atendimento prestado aos passageiros) com 6% de reclamações, bloqueio/ativação da conta com 5,8% das reclamações, cancelamento de viagem (os passageiros reclamam da dificuldade em conseguir apanhar uma viatura, devido a diversos cancelamentos por parte dos motoristas) com 5,7% das ocorrências geradas, condução perigosa (referente a acidentes, condutores que ultrapassam o sinal vermelho, entre outros relacionados com a condução inadequada dos veículos) com 4,5% das reclamações e, ainda, a falta de apoio da marca (quer ao cliente, quer ao motorista) com 2,7% das queixas.

De referir que, para além do aumento de reclamações contra o setor aferida agora pelo Portal da Queixa, no final de maio, Ângela Reis, presidente da Associação Nacional Movimento TVDE, alertou para más práticas no setor, na região da Grande Lisboa. “Há algo que está a acontecer na região da Grande Lisboa, porque temos muitos motoristas vindos de países como o Bangladesh, Nepal, Paquistão, Afeganistão, que estão cá há duas semanas e já conduzem viaturas TVDE, ou seja, têm licenças que não são deles”, denunciou.

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