Sauvage no CCB – Uma vista privilegiada sobre Lisboa… com muito sabor

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O novo espaço do grupo tem pratos únicos que abraçam a tradição portuguesa com um toque de modernidade.

Estávamos em maio de 2019 quando conhecemos o Sauvage, que se apresentava na Av. António Serpa, 9A, em Lisboa, com um conceito fine dining que aliava o sabor contemporâneo ao melhor dos petiscos tradicionais. E desde logo ficámos impressionados.

Já em 2020, precisamente um mês antes da pandemia, as feras do Sauvage tinham embarcado numa viagem para nos trazer sabores de outra parte do mundo. Ou seja, pratos favoritos foram recriados, mas sem nunca esquecer as raízes portuguesas e multiculturais. Entretanto, aconteceu tudo aquilo que nós já sabemos, pelo que não foi em 2021 que regressámos ao icónico spot, mas sim somente em abril de 2022.

Ora, quase dois anos após essa última visita, lá fomos nós ao restaurante mais selvagem da capital, mas agora com uma nova morada além da original: o Centro Cultural de Belém.

Exótico, sofisticado e original. É assim que se descreve o Sauvage CCB, localizado no piso 3 do CCB em Belém, com uma vista privilegiada sobre Lisboa, graças ao seu rooftop. É um restaurante que convida a embarcar numa jornada gastronómica dedicada à autenticidade da cozinha portuguesa, até porque conta com um menu feito com pratos únicos que abraçam a tradição portuguesa com um toque de modernidade.

“O conceito já existia, a marca já tinha solidez e credibilidade no mercado, mas já sabe como é a área da restauração: as pessoas acabam por estar atentas a espaços que estejam disponíveis. Além disso, somos um grupo jovem e quisemos arriscar, dar um passo um bocadinho maior. E um dos sócios acabou por encontrar este espaço vazio. Fizemos a visita, percebemos que o nosso conceito poderia funcionar, mesmo dando-lhe uma dimensão um bocadinho diferente. Achámos que poderia ser um projeto interessante, tendo também em conta esta ligação com o rio”, disse ao Echo Boomer o gerente da sala. “O próprio espaço, o facto de estar dentro do museu trouxe-nos algumas dificuldades, mas depois tem outras nuances que dão uma credibilidade diferente. O conceito é similar, dentro da marca Sauvage, mas com uma onda selvagem algo diferente.”

Aberto desde 30 de setembro de 2023, o Sauvage CCB já tem recebido grandes eventos, registando afluências consideráveis às sextas e sábados, bem como ao domingo ao almoço. Também tem sido visitado por turistas – mais durante a semana, com os clientes portugueses a marcarem a sua posição aos fins de semana – precisamente devido ao local onde se encontra, sendo que, quem passa pelo CCB perto da hora da refeição, acaba por escolher o Sauvage para saciar a fome. Além disso, há uma mais-valia: o Sauvage CCB também funciona apenas como bar – abertos até às 2h da manhã às sextas e 3h da manhã aos sábados -, pelo que dá sempre para beber um copo enquanto se desfruta de uma magnífica vista para a cidade.

A nível de carta, há diferenças. Quem já teve oportunidade de visitar o espaço original irá reparar que, aqui, não existem algumas opções, devidamente justificadas. “As cartas são similares, continuando a haver esse conceito de partilha de pratos. Aqui no Sauvage CCB apostamos mais numa cozinha portuguesa contemporânea, lá [espaço original] temos uma cozinha ligeiramente mais exótica”, disse-nos o funcionário com o qual trocámos algumas palavras. E é por aqui que facilmente se explica o porquê dos fabulosos Nigiris de Pato, disponíveis no restaurante original, não surgirem nesta carta do CCB.

“Aqui temos pratos um bocadinho mais portugueses. A própria infraestrutura da cozinha permite-nos ter aqui equipamentos que não temos no outro espaço, como por exemplo os fornos Josper, a brasas, que nos acaba por diferenciar na preparação das carnes”, ou seja, aqui vive-se mais de pratos de forno. “Além disso, e graças a essa infraestrutura, conseguimos servir mais refeições… No fundo, os conceitos são similares, mas o próprio desenho das cartas teve em conta o serviço que se podia dar em cada um dos espaços.”

Portanto, o objetivo foi não descurar a marca Sauvage, até porque o público já espera um certo critério deste grupo, mas sim aprimorar, de alguma forma. E a verdade é que conseguiram!

Num restaurante bem catita por dentro, com 80 lugares sentados no interior (a contar com os do balcão) e um máximo de 40 na zona da esplanada, o desenho esquemático do Sauvage CCB faz com que seja facílimo circular pelo restaurante. Tanto que dá vontade de marcar um mega almoço de família e fazer conversa com várias pessoas em várias mesas. Está, efetivamente, muito bem conseguido.

Mas como é natural, um restaurante só consegue sobreviver se o menu não deixar a desejar. E felizmente, no Sauvage CCB tudo tem aquele toque de requinte, demarcando-se pela sua proposta culinária inspirada na riqueza da cozinha portuguesa elevada a novos patamares de criatividade.

Começando pelas entradas, há opções irresistíveis. É o caso do Brás de Leitão, para quem aprecia, naquela que é uma versão moderna e diferenciadora que inclui batata palha, tapenade e gema bt, ou então as opções que nos chegaram à mesa, como os fabulosos Croquetes Pato, com uma qualidade tremenda, servidos com compota de marmelo caramelizado e pickles de mostarda; o delicioso Rosbife de novilho, guarnecido com batata palha, queijo da ilha e aioli de mostarda; e um Tártaro de atum de comer e chorar por mais, composto ainda por compota de cebola, vinho do porto, ovas de salmão e pistachio. De tantos tártaros de atum que já devorámos, este é bem provável de estar no topo da nossa lista, pois o atum em si demarcava-se dos demais de tão saboroso e suave.

Passando para os principais, a escolha não é vasta, mas isso nem é um mau sinal – significa que os esforços estão todos concentrados na seleção dos seis pratos disponíveis. Naturalmente não provámos todos, pelo que devorar a Bochecha de Vaca, prato composto por bochecha estufada e cebolinha confeitada, acompanhado por um puré de batata aromatizado com queijo da ilha; o Arroz de Lavagante, com arroz carolino e algas, que é para ser partilhado por duas pessoas; o Arroz de pato, com pato desfiado, arroz de forno, enchidos e geleia de laranha; e o Ravioli de bacalhau, com molho aveludado de bacalhau e óleo de poejo, só numa próxima visita.

Assim, foi com enorme satisfação que recebemos na mesa o Tataki de atum, com legumes assados na brasa, molho romesco de tangerina e um viciante crocante de limão, e o Entrecôte, numa peça de novilho grelhado com cebolete grelhado, batata frita, molho de mostarda e ervas. E a verdade é que a utilização dos fornos Josper, alimentados a carvão, faz diferença. Aliás, o Entrecôte estava aqui melhor confecionado do que noutras casas ditas “especialistas” em carne, o que dá que pensar.

Foi apenas com uma nesga de espaço no estômago que ainda demos conta do Caminho de Salomão, com bolacha, natas, doce de ovo, caramelo e suspiro, que oferece um final memorável para a refeição. É como se fosse uma refeição da nossa avó, que nos remete para aqueles convívios em família, dos quais saem todos satisfeitos.

Respondendo à procura turística e à tradição local de Belém, com foco na utilização de produtos nacionais e parcerias com produtores locais, o Sauvage CCB promete não desiludir ninguém.

Aberto todos os dias, o Sauvage CCB está à vossa espera para momentos deliciosos. Para reservas, podem fazê-lo através do TheFork ou ligando para o 913366585.

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