Requalificação do antigo Matadouro do Funchal deverá estar terminada algures no verão

- Publicidade -

Recorde-se que o investimento neste projeto é superior a quatro milhões de euros, sendo cofinanciado pelo Turismo de Portugal.

Desde 2019 que se sabe publicamente que o antigo Matadouro do Funchal, desativado e abandonado há vários anos, iria ser requalificado para dar lugar a uma comunidade criativa em cowork, oficinas de restauro e uma nova sala de espetáculos. No fundo, um novo centro cultural.

Na altura, o então Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, explicou que o projeto compreendia “uma reabilitação integral do edifício do Matadouro, com a criação de três novos espaços: uma área para cowork e instalação de uma comunidade criativa, uma outra zona com ateliers e oficinas de restauro e, por fim, um terceiro corpo, que compreende uma sala de exposições e, em especial, uma sala multiusos, com a capacidade para 375 pessoas sentadas, que dotará aquele espaço das condições necessárias para poder receber espetáculos culturais, conferências ou outro tipo de atividades”.

A obra, porém, só começou efetivamente em julho de 2020, após o lançamento do concurso e escolha da empresa responsável pela requalificação. Mas a verdade é que este centro cultural já teve alguns adiamentos.

Em novembro desse ano, após visitar a obra, o vereador Rúben Abreu, que tutela as Obras Públicas no Funchal, referia que a obra estava cada vez mais visível para os funchalenses e que todos os prazos estavam a ser cumpridos. Uns meses depois, já em julho de 2021, era dito publicamente que a recuperação do edifício deveria estar concluída no início de 2022.

Por essa altura, também o projeto sofria algumas alterações: a sala multiusos passava a ter somente uma audiência de até 300 pessoas sentadas, passando também a existir por ali uma loja de venda de produtos e, ainda, um café/restaurante de apoio. E no final do ano passado, chegava então o anúncio do primeiro adiamento: a conclusão dos trabalhos tinha sido prorrogada até 31 de março de 2022.

De acordo com o atual presidente da autarquia, Pedro Calado, o pedido foi feito pelos empreiteiros da obra devido a dificuldades no fornecimento de equipamentos. Na altura, o autarca referiu que este adiamento surgia a título excecional, desejando que a conclusão dos trabalhos ocorresse a tempo e horas. Não foi o caso.

Na semana passada, no final da reunião semanal da vereação do principal município da Madeira, a conclusão dos trabalhos voltou a ser prorrogada, novamente por mais 90 dias.

“O período de prorrogação do prazo não tem qualquer revisão de preço. É uma situação só para terminar a obra”, disse Pedro Calado no final da reunião semanal da vereação do principal município da Madeira.

O autarca explicou que esta obra, que devia ter ficado concluída em 31 de março, deve estar terminada em 24 de junho porque “os fornecedores precisam de acabar o sistema de iluminação dentro do edifício”.

Para o responsável municipal, “a obra não estava bem dimensionada desde o início”. “Isto estava ou foi mal quantificado ou planeado em termos de conclusão e, atendendo agora à grande dificuldade de fornecimento de materiais e toda a realidade que nós já conhecemos, pediram um adiantamento de 90 dias”, referiu.

Recorde-se que o investimento neste projeto é superior a quatro milhões de euros, sendo cofinanciado pelo Turismo de Portugal.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados