Imersão “surrealista” no regresso de Stereloab ao Porto

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Um regresso bastante feliz.

Aconteceu no passado dia 4 de novembro o reencontro dos Stereolab com a cidade do Porto. Com um álbum de compilações recentemente editado, a banda anglo-francesa atuou no Hard Club, um dia depois de ter atuado em Lisboa, no Lux. Inicialmente previsto para a sala 1 do Hard Club, o espetáculo acabou por mudar para a sala 2, a mais pequena, e, mesmo assim, sem lotar, apesar de uma plateia muito bem composta.

Foi com boa disposição que os cinco elementos da banda entraram em palco, entre sorrisos e com muita vontade de deixar a euforia fluir entre todos os presentes em sala. Adivinhavam-se bons momentos nesta sexta-feira que já ia longa.

O mote de entrada da festa deu-se com “Supah Jaianto”, do álbum Not Music, editado em 2010. Canção perfeita para agitar os corpos ansiosos pela música do grupo anglo-francês liderado por Tim Gane e Laetitia Sadier. Música essa sempre difícil de descrever, mas que nos atira para uma viagem meio surrealista com as suas influências que passam pelo Krautrock, pela música pop dos anos 60 ou até pela música brasileira. Seguiu-se “Refractions of the Plastic Pulse”, canção de longa duração que envolveu toda a plateia numa harmonia de outra dimensão, muito por culpa do casamento que as vocais iam tendo com os sintetizadores. “Miss Modular”, do álbum Dots and Loops (1997), recebeu umas das maiores ovações da noite, deixando o Hard Club com um gosto de funk e jazz. Mas ainda havia muita paisagem sonora a explorar nesta noite.

Laetita Sadier, responsável pela doçura dos vocais, ia alternando entra a guitarra e as teclas ou, por vezes, pela pandeireta, e, apesar das letras dos Stereloab não serem entoadas pelos fãs, as suas longas canções dão espaço para esta intimidade entre público e banda, que ora extravasam de braços no ar, ora dançam de olhos fechados num clima mais introspetivo.

O clímax da noite estava reservado para “French Disko” e “Simple Headphone Mind”, com os Stereolab a entregarem o que restava da sua energia neste encore, perfeitamente retribuído pelo público portuense.

Foi um regresso à cidade do Porto bastante feliz por parte da banda anglo-francesa que proporcionou uma festa aos fãs bem à sua imagem. No fim, todos saímos satisfeitos.

O cantautor espanhol Alberto Monteiro e a sua guitarra acústica ficaram responsáveis pela primeira parte do espetáculo.

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