Novo projeto quer perceber padrões espaciais e sazonais de utilização do estuário do Tejo por parte de cetáceos

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Os trabalhos de monitorização iniciaram-se no passado mês de março.

Foi esta semana apresentado à imprensa o Observatório “Golfinhos no Tejo”, o primeiro programa de monitorização a partir de terra sobre a ocorrência de cetáceos no estuário do Tejo. Este projeto, pioneiro em Portugal, resulta de uma parceria entre a ANP|WWF e o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente com o ISPA – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, tendo por objetivo perceber padrões espaciais e sazonais de utilização do estuário por parte de cetáceos, como o golfinho comum.

O Observatório “Golfinhos no Tejo”, acolhido pela APL – Administração do Porto de Lisboa, iniciou os seus trabalhos de monitorização em março de 2022 e está instalado no Centro de Coordenação e Controlo de Tráfego Marítimo e Segurança do Porto de Lisboa (Torre VTS), em Algés – local privilegiado para detetar os golfinhos que visitam o estuário –, e conta com uma equipa de investigadores e voluntários treinados na observação marinha e registo científico.

Os investigadores e voluntários do observatório observam continuamente a zona do baixo Estuário do Tejo à procura de cetáceos, registando também as atividades humanas, as condições atmosféricas, entre outros fatores. A informação recolhida servirá para o desenvolvimento de teses académicas, artigos científicos e outros trabalhos de divulgação científica, bem como para servir de base para uma divulgação mais alargada ao público em geral, em especial junto de quem vive na Área Metropolitana de Lisboa.

O Observatório insere-se ainda no programa CETASEE Tejo, que conta com a parceria da FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para a realização de censos de barco e recolha de informação acústica.

A Iniciativa Golfinhos no Tejo pretende ainda contribuir para aproximar os cidadãos, entidades e utilizadores do estuário do Tejo à conservação marinha. Assume-se como um exemplo de boas práticas de governança, com as suas parcerias estratégicas entre ONG, comunidade científica, administração, autoridades, empresas e entidades financiadoras, para ajudar a compreender, de forma científica, quais os motivos das visitas dos golfinhos ao estuário do Tejo e para evidenciar o rico património natural que é o rio Tejo.

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