Mais de metade das “Lojas com História” em Lisboa já fecharam

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São cada vez menos os estabelecimentos que se aguentam.

O dia 16 de fevereiro de 2022 fica marcado pelo desaparecimento da histórica sapataria A Deusa. Aberta desde 1951 na Rua 1º de Dezembro, na Baixa de Lisboa, a loja foi despejada na sequência do desejo dos donos do edifício (a Rossio Place) de ali construírem um hotel de luxo.

“Hoje apareceram sem avisar a dizer-nos para entregarmos a chave, com a polícia, e que iriam mudar a fechadura e foi o que fizeram”, disse à agência Lusa o responsável José Fiandeiro.

Esta era uma loja integrada no programa Lojas com História da Câmara Municipal de Lisboa, iniciativa criada em 2015 e movida “por um sentido de urgência na preservação e dinamização deste património, sabendo que nele reside uma parte relevante da identidade e carácter da cidade e que é, ao mesmo tempo, um importante mecanismo social e económico para o seu desenvolvimento”.

Embora esta descrição seja agradável de ler, a verdade é que acaba por ter poucas consequências na prática. De acordo com a União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), já terão “fechado portas mais de metade das 300 inicialmente pré-selecionadas pela autarquia”.

Tendo isto em conta, “a direção da UACS defende que devem ser discutidos, de forma mais célere, os processos de candidatura apresentados, de molde a conceder efetiva proteção aos estabelecimentos emblemáticos da cidade que mereçam ser distinguidos como Lojas com História”.

No espaço do rés-do-chão, onde ficava a histórica sapataria, diz o JN que está previsto um restaurante e 35 quartos nos pisos superiores.

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