Está previsto começar a navegar em junho de 2023.
Foi cortado esta semana o primeiro aço nos Chantiers de l’Atlantique, em Saint Nazaire, França, marcando o início oficial da construção do navio mais avançado ambientalmente da MSC Cruzeiros até ao momento. Com entrada ao serviço prevista para junho de 2023, o MSC Euribia tornar-se-á no 22º navio da frota da MSC Cruzeiros e o segundo a operar com gás natural liquefeito (GNL), o combustível marinho mais limpo disponível atualmente.
Como qualquer navio que se junta à frota da companhia, o Euribia estará equipado com algumas das tecnologias e soluções mais recentes e avançadas para minimizar o seu impacto ambiental.
O GNL é, de longe, o combustível marinho mais limpo disponível atualmente à escala e elimina virtualmente as emissões locais de poluentes atmosféricos, como óxidos de enxofre (99%), óxidos de nitrogénio (85%) e partículas (98%).
Em termos de emissões com impacto global, o GNL desempenha um papel fundamental na atenuação de alterações climáticas e os motores do MSC Euribia têm potencial para redução das emissões de CO2 em até 25% comparativamente aos combustíveis convencionais. Para além disso, com a posterior disponibilidade de formas bio e sintéticas de GNL, esta fonte de energia irá proporcionar um caminho para eventuais operações descarbonizadas.
O GNL desempenha também um papel fundamental no desenvolvimento de soluções de células de combustível para o transporte marítimo, uma vez que estas tecnologias não podem operar com combustíveis convencionais. A MSC Cruzeiros, os Chantiers de l’Atlantique e um consórcio de empresas líderes nos sectores da energia e da tecnologia estão a trabalhar no desenvolvimento de uma tecnologia piloto de células de combustível de óxido sólido movidas a GNL para navios de cruzeiro que poderiam alcançar uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa devido à maior eficiência desta tecnologia.
Tecnologias ambientais do MSC Euribia
- Motores e combustíveis: Quatro motores dual fuel Wärtsilä (12V e 16V) que funcionam de um modo geral com gás natural liquefeito (GNL), ocasionalmente com gasóleo marinho com 0,1% de enxofre (MGO), de modo a que o navio não necessite de sistemas de limpeza de gases de escape;
- Emissões atmosféricas: Sistema de redução catalítica selectiva que reduz as emissões de NOx em até 90% quando o navio opera em MGO (LNG oferece uma redução semelhante de NOx) – MSC Euribia vai de encontro aos padrões Tier III da IMO, independentemente do combustível que é utilizado; Ligação energia “shore-to-ship”, permitindo que o navio desligue os seus motores e se ligue às redes de energia locais nos portos onde esta infraestrutura se encontra disponível;
- Águas residuais: Sistema de tratamento de águas residuais avançado em conformidade com a Resolução MEPC 227 (64) da Organização Marítima Internacional de acordo com os padrões mais rigorosos a nível mundial – o denominado “Padrão Báltico”; Sistema avançado de tratamento de águas de lastro que evitará a introdução de espécies invasoras no ambiente marinho por intermédio de descargas de água de lastro, em conformidade com a Convenção de Gestão de Água de Lastro da Organização Marítima Internacional;
- Proteção da vida marinha: Sistema de gestão de ruído irradiado subaquático, com design de casco e casa de máquinas que minimizam o impacto sonoro acústico, reduzindo os seus potenciais efeitos na fauna marinha, principalmente em mamíferos marinhos e em águas circundantes.
- Eficiência energética: Em parceria com o estaleiro, o MSC Euribia estará equipado com sistemas automáticos de recolha de dados para monitorização remota de energia e análise avançada, o que permite suporte em terra em tempo real para potenciar a eficiência operacional a bordo.