Moedas digitais vão ser (ainda mais) uma tendência em 2021

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É o que diz a Anchorage, uma startup com ADN português, sediada nos Estados Unidos.

Moedas digitais

Apesar de 2020 estar a ser um ano atípico, para vários mercados e em diferentes setores da sociedade, há um aspeto que pode ser considerado como certo: a digitalização continua a dar passos largos – em áreas distintas – e a moeda não foi exceção. É com essa premissa que a Anchorage, uma startup com ADN português, sediada nos Estados Unidos, revela agora aquelas que serão as próximas tendências europeias, em 2021, no universo dos ativos digitais.

Stable coins prometem estabilidade

As stable coins (em português, “moedas estáveis”) são uma clara tendência em 2020 e, de acordo com a Anchorage, continuarão a sê-lo no próximo ano. Esta nova classe de criptomoeda tenta oferecer estabilidade de preços e é apoiada pelos chamados “ativos de reserva”. As vantagens desta nova classe de moeda são, sobretudo, o processamento instantâneo nas transações e a segurança e privacidade – no geral, associadas às criptomoedas – combinados com as avaliações estáveis, sem volatilidade, das chamadas moedas FIAT, ou seja, as tradicionais, emitidas pelos Governos – como o Euro ou o Dólar.

Atualmente, uma das stable coins mais conhecidas é a Libra, anunciada pelo Facebook, que já despertou o interesse europeu e lançou a discussão à volta da regulação deste tipo de moedas.

“Proof-of-Stake”: um algoritmo de eleição

No universo das moedas digitais, a Bitcoin assume-se como uma das criptomoedas mais conhecidas, e seguramente a mais valiosa, tendo este mês ultrapassado os 19.000 dólares de valorização. Contudo, o seu algoritmo na blockchain – o chamado Proof-of-Work (em português, prova de trabalho) – requer muita energia e esforço. A alternativa, o Proof-of-Stake (prova de participação) tem vindo a ser apontada como uma solução mais vantajosa e viável, já que não utiliza o sistema de mineração (operação descentralizada de utilização de computadores de alta potência que resolvem problemas complexos de matemática computacional para aumentar a segurança), mas sim um sistema de blocos aleatórios, requerendo menos energia computacional.

Um estudo recente, realizado pela Cambridge Center for Alternative Finance, estimou que são precisas sete centrais nucleares atualmente para gerar energia suficiente que sustente o sistema de mineração das bitcoins, algo que tem preocupado a comunidade internacional.

COVID-19 trouxe mais moedas e podem vir aí novas plataformas de armazenamento

As moedas digitais permitem um meio de comunicação e transação seguro, sem depender da troca física de dinheiro. Com o aumento do trabalho remoto e a inerente dispersão geográfica, a capacidade de enviar e receber fundos sem limitações despertou o interesse mundial nestes ativos digitais. De acordo com a CoinMarketCap, existem atualmente 3847 moedas digitais – muitas delas criadas em 2020 – que representam já um mercado de 522,7 mil milhões de dólares.

Por sua vez, o número de plataformas que aceitam criptomoedas não aumentou significativamente em 2020, algo que a Anchorage prevê que se vá alterar no próximo ano, já que estão previstos novos ativos. Também a partir de 2021, os bancos americanos já estarão autorizados a armazenar criptomoedas.

A criptomoeda como transação e não como reserva de valor

À semelhança do ouro, as criptomoedas ainda são consideradas, em certa medida, como uma reserva de valor.

Mas o cenário pode alterar-se em breve. Anúncios recentes como o da PayPal – que já permite aos seus utilizadores americanos (e brevemente aos seus 300 milhões de utilizadores mundiais) movimentar criptomoedas – vieram mostrar ao público em geral que armazenar moedas digitais pode ser financeiramente interessante, tanto do ponto de vista das taxas, como também do ponto de vista operacional.

O futuro é Diem

Ainda antes de 2020 terminar, a Libra, a moeda digital anteriormente associada ao Facebook, anunciou a mudança de nome. Diem é o nome da nova moeda e da associação que a integra. A transição aconteceu numa altura em que, nomeadamente na Europa, se discute a regulação deste tipo de moeda e a utilização de dados pessoais como contrapartida à ausência de taxas nestas moedas.

De forma a demarcar-se de tudo isso, a Diem surge agora com uma estrutura e gestão independentes de qualquer organização e com o apoio de uma rede e comité técnico composto por especialistas da área, como a Anchorage, Novi, Bison Trails, Shopify ou Lyft. A Diem inclui monitorização da blockchain, do sistema de pagamentos e da Diem Reserve e utiliza um sistema de validação próprio, semelhante ao do Proof of Stake.

Para 2021, o mundo espera novos desafios, em áreas como a saúde, a economia ou o ambiente. Mas o próximo ano anseia também por soluções para diversos setores da sociedade, onde se inclui o universo das criptomoedas. Apontada, pela Anchorage, como uma tendência, a Diem trará com certeza novidades nos próximos meses e, como ela, outras moedas digitais desempenharão um importante papel à escala global.

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