Fórmula 1 – Max Verstappen volta a vencer o Grande Prémio dos Países Baixos

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A correr em casa, Max Verstappen não desiludiu a onda laranja que se deslocou até ao circuito de Zandvoort para o Grande Prémio dos Países Baixos. Uma corrida que ficou marcada pelo excelente ritmo dos Mercedes e do McLaren de Lando Norris, onde os Silver Arrows estiveram perto de somar a primeira vitória no campeonato do mundo de 2022. Escolhas erradas fizeram com que o sete vezes campeão do mundo acabasse mesmo fora do pódio, que acabou a ser dividido por um Red Bull, um Ferrari e um Mercedes.

Com a última sessão de qualificação a contar com o pião de Sergio Pérez, que acabou por parar voltas rápidas de alguns dos pilotos que tentavam a sua sorte para garantir a pole position, foi mesmo Max Verstappen que partiu da posição mais alta da grelha, seguido dos dois Ferrari, e logo depois estava Lewis Hamilton. Se a Ferrari pensou em levar pneus de composto macio para tentar apanhar Max, a Red Bull decidiu meter pneus macios a Max para não se deixar apanhar pela Ferrari. Com as ideias dos principais adversários em mente, a Mercedes decidiu arriscar e mandou os dois pilotos com pneus de composto médio numa tentativa de ter apenas uma paragem e, assim, ganhar vantagem suficiente para tentar a sua primeira vitória no campeonato do mundo de 2022.

Com os semáforos vermelhos a apagarem, estava na hora de acelerar em direção à primeira curva de Zandvoort. Max arranca bem. Os Ferrari também. Lewis não parte assim tão bem e, na primeira curva, para recuperar o tempo que perdeu na partida com os seus médios, acabou por travar tarde e acabava por ter contacto com o Ferrari de Carlos Sainz… felizmente nenhum dos pilotos teve qualquer tipo de dano e a corrida continuava. Quem também conseguiu continuar a corrida foi Kevin Magnussen que, não muito depois, saiu largo numa curva e acabou mesmo por ter que salvar um carro num golpe digno de qualquer campeonato de Rally. Tocou na barreira, de raspão, e lá continuou… provavelmente com o coração nas mãos, já que a corrida podia ter mesmo ficado por ali.

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George Russell depressa passou o compatriota Lando Norris e pressionava Sergio Pérez, enquanto Lewis Hamilton começava a pressionar Carlos Sainz na luta pelo lugar mais baixo do pódio… isto tudo nos primeiros 20 minutos de corrida. Este Grande Prémio dos Países Baixos prometia animação até à última volta.

Para aumentar a possibilidade de animação até à última volta, parecia que os pneus de composto macio estavam a apresentar um desgaste superior ao que seria esperado pelas equipas. Tudo estava a favor da Mercedes, ou até de Lando Norris. O britânico da McLaren, embora a lutar por outro tipo de posição, também tinha começado de médios, pelo que poderia surpreender.

Foi com esta primeira ronda de paragens que surgiu o primeiro momento normal da tarde de Fórmula 1: Carlos Sainz entra na pit, para trocar de pneus, e parece que ninguém na Ferrari estava à sua espera. No meio da confusão, faltava um pneu e a pistola de apertar ditos pneus ficou lá para trás, nada bem colocada. Pérez, que também tinha parado para trocar de pneus, acabava por passar à frente de Sainz e por cima da tal pistola… portanto, a Ferrari a ser Ferrari. Nada para ver aqui.

Depois de uma boa luta entre Sebastian Vettel e Mick Schumacher, onde o alemão mais novo saiu à frente, foi a vez de Charles Leclerc parar… desta vez correu tudo bem para a equipa italiana. Max pára, muda para médios e acaba por ter uma paragem de 3.5 segundos, ainda assim um pouco mais lenta do que aquilo que seria ideal. Neste momento, mas ainda sem terem parado, eram os Mercedes que lideravam a corrida, com Lewis em primeiro e George em segundo.

Russell, quando teve necessidade de defender como Pérez defendia o ano passado, não o conseguiu fazer, e Max Verstappen depressa o passava e metia-se, assim, entre os dois carros da Mercedes, que ainda não tinham parado.

Lewis pára finalmente e mete, como seria de esperar, pneus de composto duro na tentativa de ir até ao fim com o mesmo composto. Sai da pit lane em P5 e a cinco segundos de Sergio Pérez. Depois disto, pára George Russell que desce, agora ele, para P5 atrás do seu colega de equipa. Mesmo de duros, a Mercedes ia fazendo volta mais rápida atrás de volta mais rápida, com este composto a resultar melhor nos Silver Arrows que os médios nos adversários da Red Bull e Ferrari.

Na altura em que Hamilton se preparava para ultrapassar Pérez, Vettel sai das boxes e faz um terrível trabalho, acabando por atrapalhar a luta entre Pérez e Hamilton. No fim, Hamilton conseguiu a P3, perdendo três segundos para Max, e o piloto da Aston Martin levou cinco segundos de penalização. Mais para trás, Fernando Alonso fazia uma excelente corrida na luta com Norris pela P7.

Pérez já ia em P5 quando Yuki Tsunoda troca de pneus e sai para a pista, queixando-se de seguida que uma das rodas parece não estar bem apertada. Pára o carro, mas os mecânicos dizem que está tudo bem. Com isto, Tsunoda arranca, sempre devagar, e volta à pit. A AlphaTauri troca de pneus, mesmo estando tudo bem com os outros, ajusta os cintos do piloto e lá vai ele… simplesmente para parar mais à frente porque algo estava mal… o quê? Ninguém sabia. Virtual Safety Car estava “em pista” e Verstappen pára para duros. A Mercedes volta a tentar surpreender e pára também, mas para médios.

Estava tudo em aberto… até que Valtteri Bottas tem um problema na Power Unite do seu Alfa Romeo e pára. Ali mesmo na reta da meta, na aproximação à primeira curva. Safety Car está em pista e Max aproveita para parar e meter pneus macios. Leclerc e Norris fazem o mesmo. E foi aqui que a Mercedes foi ao fundo do seu Ser para invocar o estratega da Ferrari que tem em si, permitindo que Russell parasse para mudar para macios (a pedido do piloto), numa altura em que Hamilton já não ia conseguir parar, ficando assim o sete vezes campeão do mundo na liderança da corrida, mas com pneus mais velhos e médios ao contrário de grande parte dos carros atrás de si que estavam, agora, de macios.

Lewis, como era de esperar nesta situação, foi ultrapassado por Max mal o Safety Car saiu e nada conseguiu fazer para defender o pódio. Russell acabou por passar o colega de equipa e Leclerc fez o mesmo. A tarde que, por momentos, pareceu ser da Mercedes com um possível 1-2 no Grande Prémio dos Países Baixos, acabou por ser uma tarde para esquecer para Lewis Hamilton e para quem teve que ouvir depois da corrida. Cheio de razão, Hamilton estava chateado com a equipa e desta vez não o ouvimos a agradecer aos funcionários da fábrica.

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Por fim, Sainz levou cinco segundos de penalização por unsafe release quando parou pela última vez (outro piloto com uma tarde para esquecer) e acabou por cair para P8. Uma boa corrida de Alonso que, com a penalização, acabou em P6, atrás de Pérez, mas à frente de Lando Norris. A volta mais rápida foi para Max Verstappen com 1:13.652 e o piloto do dia foi também Max Verstappen, com 22.6% dos votos contra 20.1% de Lewis Hamilton.

Depois do Grande Prémio dos Países Baixos, para a semana viajamos até ao Grande Prémio de Itália.

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 10 por pilotos

Posição Piloto Equipa Pontos
1 Max Verstappen Red Bull Racing RBPT 310
2 Charles Leclerc  Ferrari  201
3 Sergio Pérez  Red Bull Racing RBPT 201
4 George Russell  Mercedes  188
5 Carlos Sainz Ferrari 175
6 Lewis Hamilton Mercedes 158
7 Lando Norris McLaren Mercedes 82
8 Esteban Ocon Alpine Renault 66
9 Fernando Alonso Alpine Renault 59
10 Valtteri Bottas Alfa Romeo Ferrari 46

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 5 por equipas

Posição Equipa Pontos
1 Red Bull Racing RBPT 511
2 Ferrari 376
3 Mercedes 346
4 Alpine Renault 125
5 McLaren Mercedes 101

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