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Foi em véspera de Halloween que Luigi trouxe um monte de fantasmas até à minha Nintendo Switch. Mas em vez de me assustar e arrepiar, fez-me derreter de charme e magia, como só a Nintendo é capaz.

Luigi’s Mansion 3 foi o primeiro jogo da série com que tive contacto e, curiosamente, o primeiro jogo do irmão de Mario que joguei. Porém, sabia logo desde início que ia gostar, ou não fosse esta série inspirada na saga de ficção e fantasia Ghostbusters.

A premissa deste episódio é simples e fácil de seguir. Mario, Luigi, Peach, Toad e mais uns quantos amigos vão de férias para um hotel, aparentemente de luxo, o Last Resort. Das sombras e por detrás das máscaras dos funcionários e gestores, revela-se um conjunto de fantasmas e seres sobrenaturais que rapta todos os amigos de Luigi num ato de vingança planeado pelo King Boo, um dos arqui-inimigos do jovem canalizador.

Assim, com a ajuda do seu fiel companheiro Polterpup, um cão fantasma, Luigi pega na sua lanterna e procura uma maneira de salvar os seus amigos e deitar abaixo o “reinado” do King Boo.

Um lançamento simples que serve de suporte para imensas desventuras ao longo de um jogo cheio de segredos e pequenos episódios contados através de da exploração, resolução de puzzles e de diversos e variados confrontos com bosses.

Visuais em Luigi's Mansion 3

Logo desde os primeiros momentos de jogo, Luigi’s Mansion 3 deixou-me de queixo no chão e a coçar a cabeça. A primeira coisa que me saltou à vista foi, curiosamente, um aspeto menos positivo: o peso do jogo devido aos 30fps. Achei inesperado, especialmente quando outros jogos com Mario e companhia costumam ser mais fluidos. Mas rapidamente percebi o porquê deste pequeno sacrifício.

Luigi’s Mansion 3 é extremamente bonito e detalhado, tão bonito como ver um filme animado. A diferença entre cinemáticas em tempo-real e o jogo são nulas e a qualidade dos visuais e dos materiais são impecáveis. No ecrã da pequena Switch, o jogo parece mesmo um filme interativo, com passagens entre jogo e cinemáticas fluídas e as animações ricas e dinâmicas.

O controlo de Luigi é simples e orgânico e vai mudando de postura à forma que vamos navegando entre os vários espaços das dezenas andares do Last Resort. Quase todos os elementos e itens dos cenários são dinâmicos e interativos, escondendo segredos e caminhos alternativos de uma forma que puxa para a exploração e revisitação de locais, como poucos jogos hoje em dia são capazes.

Ao longo da nossa aventura, vamos ainda ter um leque de ferramentas e itens que ajudam a progredir e revisitar níveis antigos, como o aspirador Poltergust, que permite aspirar tudo, incluindo fantasmas, ou interagir com outros diferentes itens, e o recurso a uma das novidades deste jogo (introduzidas no remake do primeiro jogo na Nintendo DS), o Gooigi, um clone gelatinoso que nos permite passar entre passagens mais apertadas e caminhos secretos, que também pode ser controlado por um segundo jogador para sessões cooperativas.

Luigi’s Mansion 3 é um jogo mecanicamente denso, que, ao logo da nossa jornada, vai acumulando novas formas de jogo e de utilização do Poltergust, deixando ainda espaço para descobrirmos novas formas de usar as nossas ferramentas. Cada área de cada nível é extremamente detalhado e há quase sempre uma surpresa atrás de um objeto ou quadro mágico, que só descobrimos se usarmos a ferramenta certa.

Luigi e Gooigi em Luigi's Mansion 3

A exploração e a resolução dos puzzles estão colocadas de forma inteligente até nas batalhas com os bosses, tornando cada novo episódio, ou neste caso andar, numa aventura diferente com a sua própria história e resolução. Os bosses são, por vezes, autênticos puzzles por decifrar, com pontos fracos por explorar e que tiram partido para vitórias muito satisfatórias.

Apesar de tudo o que o jogo nos dá, por vezes não é muito fácil controlar Luigi. Algumas ações são accionadas nos botões Y/X/B/A ao mesmo tempo que temos que mover o analógico direito, como por exemplo o uso da lanterna ou o lançador de ventosas. Por vezes, a ginástica necessária para fazer uma ação dá a impressão de que estamos a lutar contra o jogo, algo que se torna bastante notório em momentos de maior ação.

Contudo, esta pequena crítica pode estar ligada à forma quase atrapalhada como Luigi se comporta, dando aquele toque de charme especial à personagem.

Luigi’s Mansion 3 é um autêntico deleito e que, para mim, foi até inesperado. Mecanicamente denso, visualmente impressionante e cheio de motivos para explorar e progredir, Luigi’s Mansion 3 é um jogo imperdível para ter na Nintendo e daqueles títulos perfeitos para jogar nesta época festiva que se aproxima.

Nota: Muito Bom - Recomendado

Luigi’s Mansion 3

Plataformas: Nintendo Switch
Este jogo foi cedido para análise pela Nintendo Portugal.

Com uma apresentação tão sólida, Luigi’s Mansion 3 é como um filme de animação interactivo, cheio de personagens adoráveis, níveis tão dinâmicos e muitos segredos por explorar.

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