Estão a ver aquelas garrafas que pedimos a bordo dos aviões e que, depois, damos aos tripulantes de cabine para colocarem no lixo? Pois bem, neste caso, as garrafas PET são entregues a uma empresa de reciclagem, que as converte em grânulos de plástico de alta qualidade, o principal material do filamento.
As toneladas de garrafas de plástico que são retiradas todos os anos dos aviões no aeroporto Schiphol de Amesterdão são, assim, transformadas nesse filamento. Anteriormente, a KLM Royal Dutch Airlines comprava este material a fornecedores externos.
Com esta forma de atuar, a KLM é a primeira companhia aérea do mundo a reciclar garrafas PET para produzir ferramentas de reparação e manutenção das suas aeronaves. Na prática, isto significa que uma garrafa de água vazia pode acabar como parte de um equipamento impresso em 3D, poupando tempo e dinheiro à Engineering & Maintenance (E&M).
Atualmente, a E&M utiliza diariamente cerca de 1,5 kg de filamento de alta qualidade. Dado que, agora, a KLM fornece garrafas PET como matéria-prima, o custo desse filamento caiu de 60 EUR/kg para apenas 17 EUR/kg. Ao trabalhar com a empresa de reciclagem Morssinkhof Rymoplast e o fabricante de filamentos Reflow, a KLM consegue assim não ser apenas inovadora no uso da impressão 3D, mas também tornar o processo circular.
Com isto, o objetivo da companhia aérea é o de reduzir o volume dos seus resíduos em 50% em 2030 – face aos níveis de 2011.