Históricos bares Jamaica, Tokyo e Europa mudam-se para o Cais do Gás

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É o adeus ao Cais do Sodré.

Cais do Gás

Há algum tempo que se fala da iminente saída dos históricos bares Jamaica, Tokyo e Europa da Rua Nova do Carvalho (conhecida como Rua Cor-de-Rosa), no Cais do Sodré. Pois bem, vai acontecer ainda este ano.

Com inauguração prevista para final do ano, os três clubes mudam-se para o Cais do Gás, o quarteirão atrás da Estação de Comboios do Cais do Sodré e ao lado do estação fluvial. Os novos espaços recuperam armazéns frente ao Tejo, reativando o universo noctívago de Lisboa. A era do Cais do Gás sucede à do Sodré.

A evolução resulta de um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), proprietária dos armazéns (em terreno da Administração do Porto de Lisboa). Os projetos de arquitetura e as obras são custeados exclusivamente pelos três clubes.

A este investimento na recuperação de propriedade camarária acresce o pagamento à CML de uma renda. A autarquia beneficia, em valor patrimonial e em verba, de uma cifra de 2,3 milhões de euros.

As obras arrancam em meados de março e terminam em novembro. A área bruta é de 675 metros quadrados, dividida em partes iguais (225) pelos clubes. As lotações máximas permitem 309 clientes no Jamaica, 235 no Tokyo e 322 no Europa. A inauguração está prevista para os últimos dois meses do ano, em data dependente das regras de salvaguarda da saúde pública.

Distantes de zonas habitacionais, justapostos a parques de estacionamento já existentes e a um minuto de todos os transportes, sem interferir na circulação rodoviária e sem descaraterizar a frente ribeirinha – não se aumenta a altura dos armazéns e, aliás, eliminam-se áreas que ocupavam indevidamente o espaço público –, os novos Jamaica, Tokyo e Europa no Cais do Gás respeitam os ritmos e hábitos da cidade. A própria saída da Rua Nova do Carvalho devolve tranquilidade à artéria onde funcionaram durante décadas.

No Cais do Gás tudo foi pensado para expandir o caráter único de cada clube, mantendo a relação de equilíbrio. Isso reflete-se também nos acessos (todos com controlo de segurança e múltiplas saídas de emergência).

Tokyo e Jamaica têm entrada pela Rua da Cintura do Porto de Lisboa através de um pátio murado ao ar livre. Esta área dá admissão separada aos espaços interiores. O pátio funciona também como lounge e serve iniciativas várias, culturais e promocionais. O acesso ao Europa faz-se pela via ao lado do parque de estacionamento da estação fluvial; na fachada frente ao Tejo funcionará, em períodos específicos, uma esplanada.

Jamaica

Há também mudanças na programação dos clubes. O mítico Jamaica, que em 2021 celebra 50 anos, continua a ser o lugar por excelência para dançar ao som dos grandes temas da pop, do rock e do reggae. Todos os nomes fortes da música das décadas de 60-90 (e não só) passam pelos DJs deste clube.

O acréscimo da lotação é significativo, mas a área acessível é adaptável para que, nos dias de semana com menor afluência, continue a ser o espaço acolhedor a que todos estão habituados.

A programação passa a contar com períodos dedicados às artes plásticas: em colaboração com galerias da cidade serão convidados artistas para intervirem com obras de desenho e pintura mural concebidas especificamente para o Jamaica.

Tokyo

O palco do Tokyo, maior, expansível e tecnicamente dotado do melhor equipamento de som e luz, garante um dos mais impecáveis espaços de música ao vivo em Lis- boa. A plataforma pouco elevada e a acústica cuidadosamente estudada conservam a intimidade do antigo palco com que público e bandas vibravam.

A programação continuará a destacar músicos jovens, oferecendo uma base única para se lançarem junto da audiência da cidade, e as condições físicas e técnicas permitem um cartaz de referência com nomes nacionais e internacionais, consagra- dos e emergentes, cobrindo géneros musicais distintos. A pista de dança abre após os concertos.

Europa

O Europa segue a missão de diversidade enquanto um dos clubes underground mais respeitados do continente. A pista de dança aumenta, bem como o lounge. Na esplanada acontecerão as sessões Europa Sunset (que alternarão noutros pontos da cidade).

O projeto internacional Trans Europa Express continua, consolidando o fluxo de DJs, músicos e produtores entre Portugal e outros países, nos dois sentidos. As sessões matinais Europa Sunrise regressam igualmente, na extensão do Europa no Bairro de Santos, no clube do n.o 26 do Pátio do Pinzaleiro.

Os espaços irão enriquecer o Cais do Gás, onde já existem o B.Leza desde 2012 e o Titanic Sur Mer desde 2015 (não esquecendo o pioneiro Bar do Rio, na década de 90). Poderão acompanhar todo o processo aqui.

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