Há já quem seja contra a mudança do Rock in Rio Lisboa para o Parque Tejo

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Afirmam que nem sequer foi feito um estudo do impacto ambiental.

Ontem, dia 12 de outubro, a organização do Rock in Rio Lisboa juntou imprensa, bloggers, influencers e outros convidados para anunciar grandes novidades para a edição de 2024 do festival.

Num ano em que iremos celebrar 20 anos de Rock in Rio Lisboa 2024, essa celebração começa precisamente pela mudança do recinto. No próximo ano, o evento acontecerá não no Parque da Bela Vista (para onde irá regressar em 2026), mas sim no Parque Tejo, que recentemente recebeu a Jornada Mundial da Juventude e dois dias da SAL – Semana Académica de Lisboa, evento que foi adiado devido à fraca adesão do público.

Mas cada vez que acontece uma mudança, há sempre alguém que se insurge contra. Nas redes sociais, muitos são os que contestam a mudança de local sem que uma avaliação ambiental tenha sido feita.

“Em fevereiro, defendemos na AML que, antes de aceitar que grandes eventos aconteçam no Parque Tejo, deveria fazer-se uma avaliação ambiental. A recomendação do Livre foi chumbada. E agora teremos o Rock in Rio, sem noção do impacto naquele ecossistema”, começa por dizer Isabel Mendes Lopes, deputada do Livre na Assembleia Municipal de Lisboa, no X, a rede social anteriormente conhecida por Twitter.

“Falamos do maior estuário da Europa Ocidental, onde vivem e passam mts espécies de aves, e que é um ecossistema valioso e a preservar. A Câmara Municipal de Lisboa promove que lá aconteça o Rock in Rio sem avaliação do impacto na biodiversidade ou das medidas de minimização q deveriam ser impostas”, refere a deputada na mesma rede social, aproveitando ainda para questionar “onde está o “novo pulmão verde” que Carlos Moedas prometeu no Parque Tejo?”.

Também Carlos Teixeira, do mesmo partido, alerta para as eventuais consequências da realização do Rock in Rio Lisboa 2024 no Parque Tejo. “Saberá o ex-Comissário Carlos Moedas que vários palcos a projectar milhares de decibéis para um sítio Rede Natura 2000 (Directivas Habitats e Aves), área prioritária para a conservação, pode resultar em queixa a Bruxelas e contencioso?”, começa por dizer o também biólogo no X, deixando ainda uma hiperligação para uma página do Serviço das Publicações da União Europeia, sobre Orientações para a aplicação das directivas aves e habitats em estuários e zonas costeiras.

Além destas duas figuras, muitos são os utilizadores que perguntam pelo estudo de impacto ambiental da realização de um evento de grandes dimensões. Outros opinam que se “conseguiu estragar o RiR”, uma vez que, saindo da Bela Vista, com um anfiteatro natural, se abandona um sítio com uma encosta, que possibilitava aos festivaleiros mais pequenos a visão do palco, algo que não acontece para um descampado desnivelado como é o caso do Parque Tejo.

Em todo o caso, graças à realização do Rock in Rio Lisboa no Parque Tejo Trancão, serão criadas zonas de sombra e de iluminação pública que ficarão permanentes no recinto.

O Rock in Rio Lisboa 2024 acontecerá nos dias 15, 16, 22 e 23 de junho. Para já, Ed Sheeran é o único nome cabeça de cartaz confirmado.

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